quarta-feira, 13 de abril de 2011

Um segundo turno para brincar com a dor


À tragédia que tanto sofrimento e comoção provocou no Brasil, o Ministério da Justiça reagiu propondo desarmar a população e já começa a campanha. No entender do governo, se o MJ tivesse tomado igual medida há um mês, o assassino Wellington Menezes teria ido a um posto de arrecadação do Realengo e entrado na fila para entregar seu 38 com a numeração raspada e o 32 produto de roubo. Outros bandidos, País a fora, lotariam sedes de entidades, delegacias e quartéis para passar de suas mãos leves para os braços da lei o arsenal que amedronta até a polícia.
Apesar de atrasado, o governo federal parte em busca do tempo perdido e conta com o apoio da população para levar espingardas e revólveres. A moda pegou. O governo paulista faz a semana da troca de espadas de plástico por gibis e o Congresso Nacional idealiza o segundo turno do plebiscito do desarmamento, seis anos depois de o eleitor decidir que quer desarmar os criminosos, não o cidadão de bem. Em sua pureza, essas autoridades esperam que PCC, Comando Vermelho e congêneres declarem moratória unilateral e deponham metralhadoras, fuzis, lança-mísseis, granadas.
Sendo otimistas, ingênuos, imaginemos que o governo realmente acredita que sociopatas, psicopatas, assassinos em série e outros sinônimos de monstro se apiedem das futuras vítimas. Antes da barbárie, os desumanos colaborariam com a segurança depositando abaixo de um logotipo de ONG as armas que os catapultariam dos recônditos para as manchetes. É de um surrealismo de tal forma gritante que parece conversa do coelhinho da Páscoa com a Velhinha de Taubaté.
Leia a íntegra do artigo em Um segundo turno para brincar com a dor

Demóstenes Torres é procurador de Justiça e senador (DEM/GO)
DO BLOG DO NOBLAT-GLOBO

Um comentário:

  1. OTIMO SENADOR PRIMEIRO O PODER PÚBLICO CUMPRE COM O SEU DEVER E TIRA A ARMA DO BANDIDO E O CIDADÃO ENTREGA A SUA, ESTE É UM BOM REFERENDO TODOS APROVAM E AGRADECEM.

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