quarta-feira, 13 de abril de 2011

Quando acontece uma tragédia, o governo esquece a anterior e espera a próxima

Alojamento japonês / casas pré fabricadas japonesas
Augusto Nunes - Direto ao ponto

Se antes esquecia a cada 15 anos o que acontecera nos últimos 15 anos, o Brasil passou a esquecer a cada mês o que aconteceu nos 30 dias anteriores. Tão curta quanto a memória da nação, a agenda do governo não tem espaço para mais que uma tragédia por vez. Quando acontece uma nova, a mais recente fica irremediavelmente antiga e as promessas são substituídas por outras, que serão também esquecidas assim que vier outro momento dramático.

A catástrofe na Região Serrana, que já era uma lembrança remota, parece coisa dos tempos do Império depois da chacina na escola em Realengo. De olho nos holofotes, câmeras e gravadores, a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral têm outros mortos a prantear, outras famílias a consolar e, sobretudo, outras promessas a fazer. Que também não serão cumpridas: alguma tragédia nova haverá de socorrê-los.

O dever do país que presta é impedir que se esqueça o que ocorreu e o que foi prometido ─ o esquecimento é uma segunda morte. Continue lendo aqui
DO B. DOIS EM CENA

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