As obras da Copa do Mundo não saem do papel. O Brasil vai fazer uma copa caótica, pois não há mais tempo e não há dinheiro para construir o que é preciso. Hoje, na Folha de São Paulo, José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco, sindicato dos engenheiros, lembra muito bem da roubalheira que foi o Pan-Americano. Apenas comete o equívoco de dirigir um apelo para a pessoa errada, pois era a presidente bola murcha, Dilma Rousseff, quem mandava e controlava tudo. Diz ele:
Presidente Dilma: a senhora é a única pessoa com poder decisório e de mobilizar recursos, legitimidade e autoridade em relação aos demais ocupantes de cargos públicos envolvidos com a preparação do Brasil para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. É, por isso, quem pode cobrar celeridade no desenvolvimento de bons projetos executivos de arquitetura e engenharia, que contemplam as melhores opções técnico-econômicas e definem, entre outros, os cronogramas e os custos das obras. Os projetos executivos permitem aos administradores o total controle do andamento das obras, afastando improvisações e sobrepreços comuns em empreendimentos públicos. Sem essa cobrança dos responsáveis por parte da Presidência da República, corremos cada vez mais o risco de os eventos de 2014 e de 2016 repetirem o de 2007. Não pode ser esquecida a lição dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro -quando obras orçadas inicialmente em R$ 400 milhões transformaram-se em fantásticos R$ 3,7 bilhões e, pior, gerando só alguns ""elefantes brancos" e nenhuma melhoria na infraestrutura.
Vocês sabem quem é o grande executivo que está conduzindo o projeto da Copa do Mundo? Ele mesmo, o que come tapioca com cartão corporativo e que gosta de pegar merenda de criancinha. O atraso, na verdade, faz parte do projeto. Quanto mais tarde, mais caro. Quanto mais caro, maior a participação. Desta vez, o resultado obtido não caberá em caminhão. Será preciso avião. Hércules. Búfalo. Podem anotar.
DO B. DO CEL
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