quinta-feira, abril 12, 2018
Marcelo Sereno, ex-secretário do PT, Arthur Pinheiro Machado e Milton Lyra estão entre os alvos da Operação Rizoma da Polícia Federal. Foto by Diário do Poder |
A
Polícia Federal cumpre dez mandados de prisão preventiva em mais um
desdobramento da Lava Jato, batizada de Operação Rizoma, que tem como
alvos, entre outros, Milton Lyra, citado como operador de políticos, em
Brasília; Marcelo Sereno, ex-secretário nacional de comunicação do PT, e
figura de destaque no primeiro governo Lula; e Arthur Pinheiro Machado,
apontado como operador e criador da Nova Bolsa, que recebeu aportes
financeiros dos dois fundos de pensão.
Ao
todo, 140 policiais federais atuam no cumprimento desses mandados, que
incluem 21 de busca e apreensão no Rio, São Paulo e Distrito Federal. De
acordo com o MPF, a empresa de Machado recebia dinheiro dos fundos
concomitantemente a um contrato de câmbio com empresas de fachada,
pertencente a Edward Penn, operador que trabalha nos Estados Unidos.
Arthur
Pinheiro Machado fez um contrato de câmbio para importação de softwares
das empresas americanas de Edward Penn, mas, segundo os investigadores,
essas importações eram fraudulentas. A compra seria simulada por
Machado, que enviava o dinheiro para o exterior.
A
partir da delação de um dos envolvidos, os investigadores puderam
verificar que o dinheiro das compras era remetido para fora do país,
tendo a participação dos doleiros Vinicius Claret, conhecido como Juca
Bala, e seu sócio, Cláudio Fernando Barbosa, o Tony, ambos acusados de
envolvimento em operações de lavagem de dinheiro do esquema do
ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Eles repassavam o dinheiro depois
para pessoas indicadas por Machado. A Lava-Jato aponta a conexão dos
fundos de pensão com os doleiros, Juca Bala e Toni, como sendo o elo
entre o esquema de lavagem já usado pelo grupo de Cabral
Juca e Toni usavam o mesmo esquema do ex-governador para pagar os gestores dos fundos, indicados por Machado.
Além
de Machado, Penn, Sereno e Lyra, São ainda alvos de mandado de prisão
Patrícia Iriarte, apontada como operadora do esquema junto a Machado;
Adeilson Ribeiro Telles, que nfoi chefe de gabinete do ex-presidente dos
Correios Wagner Pinheiro e Henrique Barbosa, da Postalis; Ricardo
Siqueira Rodrigues, operador financeiro; e Carlos Alberto Valadares
Pereira da Serpro.
De
acordo com as investigações, os suspeitos fazem parte do esquema
criminoso chefiado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Do site Diário do Poder
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