sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

O mundo invertido do PT

O PT acaba de soltar uma nota de Gleisi Hoffmann dizendo que Sergio Moro “desafia a Justiça e a lei mais uma vez” ao mandar prender o irmão de José Dirceu.
Também chama os métodos do juiz federal de “arbitrários, ilegais e violentos” e, claro, presta solidariedade ao “companheiro Dirceu e sua família”.
Nem é preciso lembrar que quem desafia a Justiça e a lei é o criminoso condenado em segunda instância que insiste em se candidatar. A verdade está sempre no contrário do que o PT diz.

Melhor ficar calado

Fernando Segóvia, na entrevista à Reuters, fez vários comentários inapropriados. Além de sugerir o arquivamento do inquérito contra Michel Temer, disse que o delegado responsável pela investigação pode ser “repreendido” ou “até suspenso”.
“O presidente, ao reclamar da questão das perguntas…. não houve na realidade (uma queixa), ele só externou da maneira que foram feitas as perguntas. Mas não houve nenhum tipo de formalização sobre a verificação da conduta do delegado. A gente poderia, ou pode, em tese, a gente verifica toda a conduta do policial federal porque ele tem um código de conduta.”
Segundo o diretor-geral, se o presidente questionar a conduta do delegado, isso vai passar por um processo interno administrativo que vai verificar se a conduta dele condiz com o trabalho que deve ser feito. “E ele (o delegado) pode ser repreendido, pode até ser suspenso dependendo da conduta que ele tomou em relação ao presidente.”
É até natural que um diretor indicado por Temer, com a bênção de José Sarney e Gilmar Mendes, pense coisas do gênero, como “uma mala não é prova suficiente”. O problema é quando ele passa a falar o que pensa com tamanha naturalidade.

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