sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Os encontros de Segóvia com Temer deram resultado

Como publicamos antes, Fernando Segóvia disse à Reuters que não deve dar em nada o inquérito sobre a suspeita edição do decreto dos Portos para beneficiar a Rodrimar, de um amigo de Michel Temer.
É espantoso que o diretor-geral da Polícia Federal antecipe publicamente a conclusão de uma investigação.
Mais espantoso ainda é que o diretor-geral da PF, que teve reuniões sigilosas com Temer, demonstre conhecimento detalhado dessa investigação.
Vejam só:
Frase 1: “Então, assim, os indícios são muito frágeis, na realidade, de que haja ou que houve algum tipo de influência realmente, porque em tese o decreto não foi feito para beneficiar aquela empresa.”
Frase 2: “No final a gente pode até concluir que não houve crime. Porque ali, em tese, o que a gente tem visto, nos depoimentos as pessoas têm reiteradamente confirmado que não houve nenhum tipo de corrupção, não há indícios de realmente de qualquer tipo de recurso ou dinheiro envolvidos. Há muitas conversas e poucas afirmações que levem realmente a que haja um crime.”
Frase 3: “Então o inquérito (arquivado) na verdade não se demonstra aproveitável para qualquer tipo de questionamento. Até porque o que está sendo apurado e que o Supremo está investigando e tem autorização é justamente a questão da corrupção na construção desse decreto.”

Segóvia sugere arquivamento de investigação contra Temer no caso dos portos

Em entrevista à agência Reuters, Fernando Segóvia disse que a tendência da Polícia Federal é recomendar o arquivamento da investigação contra Michel Temer no inquérito dos portos.
De acordo com o diretor-geral da PF, até o momento as investigações não comprovaram que representantes da Rodrimar pagaram propina para a edição do decreto que prorrogava contratos de concessão portuários, assinado por Temer em maio de 2017.
Requerida pelo então PGR Rodrigo Janot, essa é a única apuração formal contra o presidente ainda em curso no STF.

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