sábado, 10 de fevereiro de 2018

Fachin antecipou Quarta-Feira de Cinzas de Lula


A Quarta-feira de Cinzas chegou mais cedo para Lula. O condenado do PT paga o preço por ter sambado sobre os processos da Lava Jato, entoando um samba-enredo sem nexo. Lula e seus advogados confundiram defesa técnica com lero-lero político. Esse tipo de tática é ótima para animar palanques. Mas vem se revelando inútil nos tribunais. Ao negar a liminar pedida pela defesa, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, manteve Lula perto da cadeia e distante da urna.
Considerando-se os aspectos técnicos, a defesa de Lula portou-se como se estivesse desesperada. Pediu ao STF um habeas corpus preventivo para tentar impedir a prisão de Lula. Ora, esse mesmo pedido já tinha sido feito no STJ, que negou a liminar, mas não julgou o mérito. E há uma súmula do Supremo que impede seus ministros de tomarem conhecimento de processos que ainda estão pendentes de julgamento em outro tribunal superior.
A defesa de Lula alegou que a eventual prisão do pajé do PT ''terá inevitáveis desdobramentos no processo democrático do país.'' Ora, Lula foi condenado em 2ª instância por corrupção. De duas uma: ou pune-se o condenado ou desmoraliza-se o Judiciário. Dias atrás, a ministra Cármen Lúcia disse que mudar a regra da prisão agora seria “apequenar” o Supremo. Ao negar a liminar pedida por Lula, Fachin enviou o julgamento do mérito para o plenário do tribunal. Logo saberemos qual é o tamanho da Suprema Corte brasileira.
Josias de Souza

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