Josias de Souza
Sejamos
claros: O governo de Michel Temer mudou de patamar. Antes, o presidente
era chantageado no escurinho. Hoje, a extorsão ocorre à luz do dia.
O centrão deseja virar um centrãozão. O bloco que inclui partidos como
PR, PP, PRB, PSC e um constrangedor etcétera exige que o presidente lhe
entregue pelo menos dois dos quatro ministérios do PSDB. Temer faz
beicinho. E seus pseudo-aliados ameaçam enviar ao freezer medidas
provisórias e projetos relacionados ao ajuste fiscal.
Sejamos diretos: Temer não se recusa a pagar o preço por sua fragilidade. Apenas tenta adiar o resgate para o comecinho de abril. É quando, pela lei, os ministros-candidatos terão de deixar seus cargos. Mais de 15 trocarão a Esplanada pelos palanques. A rendição de Temer pareceria menos constrangedora. Mas o centrãozão já não se contenta com cheques pré-datados. Exige pagamento à vista.
Sejamos didáticos: o que está em jogo no momento não é a reforma da Previdência. Essa já foi para o saco, como se diz. Dono de algo em torno de 200 votos, o centrãzão sonega a Temer o apoio à aprovação do pacote de austeridade que inclui azedumes como o adiamento de reajustes salariais de servidores. Coisa indispensável para manter o déficit de 2018 nos já pornográficos R$ 159 bilhões. Após salvar o presidente de um par de investigações criminais, o rebotalho do Congresso exige nada menos do que dar as cartas.
Está em andamento o projeto centrãozão de Poder. Consiste em condicionar qualquer ideia de avanço à satisfação dos apetites do atraso. Vem sendo assim desde a redemocratização. A diferença é que a chantagem saiu do cantinho escuro. Agora, a coisa toda é feita na frente das crianças.
Sejamos diretos: Temer não se recusa a pagar o preço por sua fragilidade. Apenas tenta adiar o resgate para o comecinho de abril. É quando, pela lei, os ministros-candidatos terão de deixar seus cargos. Mais de 15 trocarão a Esplanada pelos palanques. A rendição de Temer pareceria menos constrangedora. Mas o centrãozão já não se contenta com cheques pré-datados. Exige pagamento à vista.
Sejamos didáticos: o que está em jogo no momento não é a reforma da Previdência. Essa já foi para o saco, como se diz. Dono de algo em torno de 200 votos, o centrãzão sonega a Temer o apoio à aprovação do pacote de austeridade que inclui azedumes como o adiamento de reajustes salariais de servidores. Coisa indispensável para manter o déficit de 2018 nos já pornográficos R$ 159 bilhões. Após salvar o presidente de um par de investigações criminais, o rebotalho do Congresso exige nada menos do que dar as cartas.
Está em andamento o projeto centrãozão de Poder. Consiste em condicionar qualquer ideia de avanço à satisfação dos apetites do atraso. Vem sendo assim desde a redemocratização. A diferença é que a chantagem saiu do cantinho escuro. Agora, a coisa toda é feita na frente das crianças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário