Segundo aliados de Temer, o presidente cobrou do titular do Esporte ajuda para pressionar Zveiter a favor do governo durante o processo da denúncia na CCJ.
Procurado pelo Blog, Zveiter disse conhecer Picciani, mas rechaçou a possibilidade de ceder a pressões: "chance zero".
"Conheço Leonardo, como toda a bancada. Ele era líder do PMDB. Mas assim como nunca interferi no trabalho dele como ministro, a chance é zero de ele interferir no meu. Não há possibilidade alguma de me pressionar. Vou ouvir todo mundo, mas vou trabalhar de acordo com a Constituição e com a minha consciência no processo", disse o relator da denúncia.
Leonardo Picciani é filho de Jorge Picciani, cacique do PMDB fluminense e presidente da Assembleia Legislativa do Rio.
Procurado pelo Blog, o ministro do Esporte confirmou o encontro com o presidente da República e com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, na noite desta terça.
Picciani negou que Temer tenha pedido ajuda para pressionar Zveiter. Segundo ele, o presidente quer garantir apoio da bancada do PMDB contra a denúncia.
"Estamos conversando, buscando apoio", ressaltou o ministro.
O PMDB é o partido de Temer. Embora Zveiter seja do PMDB, o nome dele não agradou ao Planalto.
Temer ficou irritado com a escolha. Ele disse a interlocutores que o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), havia sinalizado ao líder do partido, Baleia Rossi (SP), que indicaria um outro deputado da bancada, com perfil mais alinhado ao governo.
Zveiter é visto como independente no Planalto, o que preocupa o governo. DO G1
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