Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Sabe quem era a advogada/consultora
do cartel que pagou pelo menos R$ 260
milhões em propina a políticos e funcionários públicos para impedir que
empresas de ônibus fossem alvos de fiscalização? O nome dela é Adriana Alcelmo,
ex-primeira-dama do Estado do Rio de Janeiro, que tem chance de deixar sua
confortável prisão domiciliar de luxo. A versão carioca da Operação Lava Jato
aperta o cerco ao esquema em que o ex-governador Sérgio Cabral Filho (alvo de
12 processos) desponta como “poderoso chefão”.
A operação “Ponto Final” mira na
cúpula do setor de transportes intermunicipais no Rio de Janeiro. Atinge em
cheio a “empresa” que reúne os principais sindicatos patronais de empresas de
ônibus: a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio
de Janeiro (Fetranpor). Também mexe com a autarquia estadual que sempre
facilitou, por ação ou omissão, a corrupção milionária no setor: o Departamento
de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro).
O esquema foi dedurado pelo
ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Jonas Lopes, e
pelo doleiro Álvaro Novis. O esquema de empresários de ônibus é investigado
pela Polícia Federal por ter pago centenas de milhões em propinas ao grupo
liderado pelo ex-governador Cabral. A contrapartida de propinas eram vantagens
ilícitas, como reajustes injustificados de tarifas, retenção irregular de
créditos do Riocard e prevaricação dos agentes encarregados de fiscalizar o
setor que fingiam não ver nada de errado nas empresas e suas operações.
A conta da corrupção era
indiretamente paga pelos cidadãos - quase 2 milhões de passageiros, em média,
transportados diariamente por uma frota de 9,5 mil veículos, distribuída por
1.212 linhas e operada por 90 empresas. Os empresários de ônibus recebem
mensalmente R$ 28,3 milhões em subsídios do falido governo fluminense. As
empresas operavam em regime precário, na condição de permissionários de
serviço, porque nunca se fazia licitação porque o cartel impedia, distribuindo
propinas a rodo.
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara
Federal Criminal no Rio de Janeiro, determinou a prisão dos empresários Jacob
Barata Filho, José Carlos Reis Lavouras, Amaury Andrade, Marcelo Traça
Gonçalves, Lélis Marcos Teixeira (presidente da Federação das Empresas de
Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro - Fetranspor), e Rogério
Onofre (presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro
- Detro).
Nos bastidores da politicagem do Rio
de Janeiro, já se dá como certo que a operação Ponto Final também pode render
problemas para os ex-governadores Antony Garotinho e Rosinha Garotinho – que
também seriam alvos de investigações pela versão carioca da Lava Jato. Outro
alvo é o presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Picciani, apontado como
organizador dos pagamentos de propinas pelo ex-conselheiro Jonas Lopes.
Embora o alvo seja o setor
intermunicipal, o cartel do ônibus também controla as empresas de ônibus da
cidade do Rio de Janeiro e de outros municípios, o que pode dar dor de cabeça
para muitos prefeitos ou ex-prefeitos e seus filhos ilustres. Agora presos, os
empresários (conhecidos como “os portugueses”) terão muito a revelar.
Meu avô Nilton Machado - que sempre
tentou, sem sucesso, denunciar falcatruas no setor de transportes do Rio de
Janeiro – deve estar lavando a alma lá no céu, com esta operação “Ponto
final”...
É por isso que quem está próximo de
corruptos deve tentar se distanciar... O problema é se a Polícia Federal vai
deixar...
Retrato Fatal
Retrato Fatal
Lula e a falecida Marisa, donos do sítio que não era deles,
posam para uma foto com os empregados, que não eram deles. Cozinheira, copeira,
motorista usam uniformes, seguindo normas de casas das "Elites
opressoras" que ambos diziam combater.
Releia o artigo de sábado: Crime Institucionalizado mata Lava Jato
Reveja o de domingo: Enquanto houver bambu, a rima é outra...
Terrorismo político
Privilégio
Unidos venceremos
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