Chama Patmos, a ação da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da
República que nesta quinta-feira, 18, cercou o senador Aécio Neves
(PSDB-MG), prendeu sua irmã Andrea e seu primo Fred
Chama Operação Patmos, a ação da Polícia Federal e da
Procuradoria-Geral da República que nesta quinta-feira, 18, cercou o
senador Aécio Neves (PSDB-MG), prendeu sua irmã Andrea e seu primo Fred.
Patmos é uma pequena ilha da Grécia no mar Egeu. É conhecida
por seu o local para onde o apóstolo João foi exilado, segundo o livro
bíblico de Apocalipse. Ali, João recebeu as revelações do apocalipse.
Com Patmos, a Procuradoria-Geral da República anuncia o apocalipse político.
Dono do maior grupo de produção de proteína animal do mundo,
Joesley gravou o presidente Michel Temer dando aval para a compra do
silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele disse à
Procuradoria-Geral da República (PGR) que fazia pagamentos para evitar
que o ex-deputado falasse o que sabe a investigadores.
A revelação foi feita pelo colunista Lauro Jardim, do jornal
O Globo e confirmada pelo Estado. O empresário também teria gravado
Aécio lhe pedindo R$ 2 milhões.
O valor teria sido entregue a um primo do senador, em espécie, que
teria levado as notas para uma empresa do senador Zezé Perrella
(PMDB-MG).
A Polícia Federal cumpre mandados judiciais nas casas e nos
gabinetes dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Zezé Perrella (PMDB-MG),
além de endereços de várias pessoas a eles ligadas, entre elas a irmã
do tucano, Andréa Neves, e o filho do peemedebista, Gustavo Perrella.
As medidas foram autorizadas pelo ministro Edson Fachin,
relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A operação mira
citados na delação do empresário Joesley Batista, da JBS, e de outros
empresários do grupo.
Além do gabinete no Senado, os policiais estão nos
apartamentos de Aécio em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, além da
fazenda dele, em Cláudio (MG). Também há medidas judiciais sendo
cumpridas contra Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador,
apontado por Joesley como intermediàrio para o pagamento de R$ 2 milhões ao congressista.
Há ainda mandados sendo cumpridos no gabinete em Brasília,
na casa e no escritório de Zezé Perrella em Belo Horizonte, fora
endereços de um contador e de empresas ligadas a ele. A PF vasculha
também a casa do doleiro Gaby Amine Toufic, em Belo Horizonte, e de
funcionários do peemedebista, incluindo o assessor Mendherson Souza. DO ESTADÃO
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