Presidente foi gravado pelo empresário Joesley Batista, da JBS
Por Carolina Brígido
O Globo
Michel Temer: pronunciamento às 16h Ueslei Marcelino / REUTERS
BRASÍLIA
- O ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal
Federal (STF), abriu inquérito para investigar o presidente Michel
Temer. O empresário Joesley Batista, dono da JBS, entregou ao Ministério
Público (MP) gravação em que o presidente dá aval para o empresário
comprar, com mesadas, o silêncio do ex-presidente da Câmara, o deputado
cassado Eduardo Cunha. O pedido de abertura de inquérito foi feito a partir da delação premiada dos donos do grupo JBS. Eles revelaram que Temer deu aval para a propina paga ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – que, em troca, não revelaria nada em delação.
Pela Constituição, o presidente da República não pode ser responsabilizado por atos cometidos antes do exercício do mandato. Como os fatos delatados teriam ocorrido depois de Temer ter assumido a presidência da República, não haveria impedimento legal para o início das investigações.
FACHIN NEGA PRISÃO DE AÉCIO
Em decisão nesta quinta-feira, Fachin negou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para prender o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Ao contrário da expectativa que se criou nesta quinta-feira, o caso não deverá ser levado ao plenário do tribunal.
Na mesma decisão, o ministro afastou o parlamentar de suas funções, mas o manteve no cargo. Ou seja, o tucano poderá frequentar o Congresso Nacional, mas não está autorizado a votar, por exemplo.18/05/2017 DO R.DEMOCRATICA
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