Já comentei aqui
que esse papo de “pós-verdade” não passa de desespero da esquerda por
ter perdido o monopólio da mentira. Ou alguém acha mesmo que Trump mente
para vencer enquanto Obama falava a verdade? Ou alguém acha que Hillary
Clinton, logo ela, é uma pessoa confiável e honesta?
Logo, todo esse bafafá sobre
“pós-verdade” não passa de uma desculpa para atacar a direita, que vem
crescendo no mundo. A esquerda, mentirosa até o último fio de cabelo,
precisa criar a ideia de que “algo” mudou, e que está perdendo espaço
porque vivemos na era das mentiras, ou da “pós-verdade”, como se antes,
quando essa mesma esquerda mentirosa chegara ao poder, a política fosse
um ambiente de muita honestidade.
Como desdobramento dessa conversa fiada,
a grande imprensa tem feito reportagens sobre a disseminação crescente
de mentiras nas redes sociais, e o Facebook, do democrata Mark
Zuckerberg, entrou na onda, criando mecanismos (suspeitos) de filtro
para apontar as supostas mentiras. Tudo balela, claro.
Eis o que esse esforço todo pretende
esconder: o fato de que a mais mentirosa de todas é a própria grande
imprensa, cuja cobertura das eleições americanas foi lamentável,
patética, absurda, pois faltou análise e sobrou muita torcida. Leandro
Ruschel coloca o dedo na ferida:
A grande mídia americana lançou a
campanha sobre “noticias falsas” como uma cortina de fumaça. Eles
fizeram a cobertura jornalística mais fraudulenta e desonesta da
história dos EUA, demonizando Trump e tratando a criminosa Hillary como
uma grande líder. Mais que isso, o Wikileaks revelou que 68 jornalistas
dessa grande imprensa trabalhavam ativamente na campanha da democrata,
chegando ao ponto de deixar o próprio comitê democrata editar matérias e
passando perguntas de debates para Hillary com antecedência. Com
as revelações do embuste e derrota completa, acusam os seus adversários
de fazer exatamente o que eles fizeram. Lênin continua vivo e forte.
Nunca antes na história deste planeta a
grande imprensa teve credibilidade tão frágil. E ela está chamuscada por
culpa da própria mídia, desses “jornalistas” que mais parecem cheerleaders dos “progressistas”, que vivem numa bolha confundindo suas crenças pessoais com a realidade.
Ninguém vai negar que há muita porcaria
nas redes sociais, claro. É ambiente livre em que qualquer um pode falar
o que quiser, e por isso circula um monte de “notícia” falsa, de
opinião radical, pura baboseira. Mas eis o ponto: em meio a essa enorme
quantidade de lixo, há também muita análise séria, muita informação
válida, e muita opinião corajosa, independente, realista.
Coisas que, infelizmente, vemos cada vez
menos na grande imprensa. Por isso mesmo mais e mais gente migra para
as redes sociais em busca de opiniões alternativas, para fugir de uma
imprensa torcedora, enviesada, esquerdista. A mídia mainstream tem
cavado sua própria cova. Se não mudar de postura, vai afundar.
E aproveito para perguntar: onde está a Fox News do Brasil?
Rodrigo Constantino
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