1) Calendário do Tribunal de Contas da União (TCU), com base em informações da Folha de S. Paulo:
a) 11 de setembro: governo entrega supostas explicações para irregularidades nas contas de 2014 e 2015;
b) Área técnica do tribunal tem uma semana para desfazer a mentirada;
c) Augusto Nardes tem mais uma, para elaborar relatório;
d) Demais ministros tem outra, para analisá-lo;
e) 7 de outubro: julgamento.
2) As duas irregularidades apontadas pelo procurador
Julio Marcelo ao TCU envolvem Dilma diretamente. As outras 13, só o
governo, que o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, finge não ser
dela.
3) Bruno Dantas, um dos três ministros do TCU
indicados pelo cúmplice do PT Renan Calheiros, estaria fora do país se o
julgamento fosse em setembro. Seu substituto, Augusto Scherman, era
tido por “duríssimo” pelo governo, que, com o prazo de mais 15 dias para
explicações, garantiu que o “renanzista” Bruno terá voltado de viagem a
tempo.
4) Luciana Lóssio, uma das advogadas de Dilma no
TSE, disse a colegas que vai devolver o processo ao tribunal em duas
semanas, segundo a Folha. Favor conferirem todas as páginas.
5) O julgamento no TSE, onde o processo deve levar
mais de 6 meses, está previsto para 2016, se o Brasil ainda existir na
ocasião. Ou seja: os ministros do TCU não podem amarelar.
6) O ministro Luiz Fux, do TSE, sugeriu reunir as
quatro ações abertas contra a campanha de Dilma em uma só e, para
alegria do governo, entregá-la à ministra petista Maria Thereza de
Assis, atropelando o “severo” corregedor João Otávio Noronha, relator de
duas. O nome disso é golpe. Mais um do governo do PT contra as
instituições brasileiras.
7) Noronha tem até o fim de setembro para emitir seu
voto sobre as duas ações que lhe cabem. Depois, voltará ao STJ e as
ações ficarão a cargo de Maria Thereza. #JulgaLogoNoronha!
8) Após Janot usurpar papéis que não são dele
ao pedir o arquivamento da investigação da gráfica fantasma VTPB, que
recebeu R$ 23 milhões da campanha de Dilma, as reações foram as
seguintes:
a) Gilmar Mendes disse
que “o procurador deveria se ater a cuidar da Procuradoria Geral da
República e procurar não atuar como advogado da presidente Dilma”.
b) A oposição também criticou Janot, afirmando ser
“fundamental que todos cumpram o que lhes cabe, com equilíbrio e
isenção” e “inconveniente seria se não o fizessem”.
c) O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) disse que Janot
pareceu querer dar “lições de moral” à oposição, o que “não cabe na pena
de um procurador-geral, cuja função é investigar indícios de crimes”.
A assessoria do Ministério Público então divulgou uma nota de cinismo
exemplar, segundo a qual o parecer “foi estritamente técnico”. Mais
petista, impossível.
9) A Folha apurou que o vice-presidente Michel Temer
“não quer neste momento passar a imagem de conspirador e golpista mesmo
nos bastidores”. Mas o jornal também apurou que, em jantar promovido
por Eduardo Cunha, houve um compromisso entre aliados e líderes dos
principais partidos de oposição de que os próximos passos
pró-impeachment seriam dados em sigilo. Queremos crer – cegamente – que
Temer esteja apenas cumprindo a sua parte.
10) Em novo comercial do PMDB, o anúncio
de Temer lhe passa a imagem de futuro presidente: “O Brasil é um só, e
sempre vai ser maior e mais importante do que qualquer governo”. Outro
comercial, protagonizado por Moreira Franco, ainda diz: “A nação quer
mudar, a nação deve mudar, a nação vai mudar”. Então tá.
11) Folha: “No jantar, aliados de Cunha que
articulam uma frente suprapartidária pelo impeachment contabilizaram o
apoio atual de ao menos 200 deputados pelo afastamento.” Faltam 57 para a
“maioria simples” da Câmara abrir o processo, por meio da manobra de
que falei aqui. Para derrubar Dilma depois, serão necessários os votos
de 352 dos 513 deputados federais. Não é fácil, mas, especialmente com a
reprovação das contas, a conspiração silenciosa pode avançar.
12) Cunha tem até o dia 10 de setembro para
apresentar sua defesa no Supremo Tribunal Federal contra a denúncia de
Rodrigo Janot. O STF decidirá se rejeita ou aceita a denúncia, o que
tornaria Cunha réu no processo e desencadearia maior pressão pela sua
saída do cargo na Câmara. O plano B para o impeachment de Dilma é tão
sigiloso, parece, que talvez só apareça em 2018.
P.S. (para escapar do 13): Após reunião com ministros, Dilma desistiu de recriar a CPMF, em vez de desistir do mandato. DO FELIPEMOURABRASIL-REV VEJA
PAZ AMOR E VIDA NA TERRA " De tanto ver triunfar as nulidades, De tanto ver crescer as injustiças, De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". [Ruy Barbosa]
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Cunha é taxativo: “Não passa pela minha cabeça nenhuma pauta de afronta à liberdade de expressão”
Por lucianohenrique on
O ceticismo às vezes falha. Comi mosca e
deixei passar batido a menção a Eduardo Cunha no projeto de censura na
Internet para beneficiar políticos em post de alguns minutos atrás. De qualquer modo, aproveito a oportunidade para pedir desculpas a Cunha, pois o Congresso em Foco aparentemente inventou que ele apoiava o projeto. E eu fui na onda. Matéria do UOL a respeito mostra que as coisas não são bem assim:
Sendo assim, ponto para Cunha. E ponto negativo para os que seguem apoiando o projeto. Censura na Internet é meu ovo! DO CETISCISMOPOLITICOO presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou sua conta no Twitter para se posicionar contra um suposto projeto de lei que prevê a punição de pessoas que criam páginas ofensivas e difamatórias contra parlamentares na internet. “Não passa pela minha cabeça nenhuma pauta de afronta à liberdade de expressão”, escreveu Cunha. “Isso é o absurdo dos absurdos. Todos conhecem minha posição a favor da liberdade de expressão”.Os posts do presidente da Câmara fazem referência a uma matéria do site “Congresso em Foco” que afirma que o procurador parlamentar, deputado Cláudio Cajado (DEM-BA), pretende apresentar em setembro um projeto de lei para acelerar a identificação e a punição de quem falar mal de políticos na Internet, além de responsabilizar criminalmente os provedores, portais e redes sociais que hospedam esses sites. De acordo com a matéria, a proposta possui o aval de Cunha.“Colocam as suposições como se fossem fatos e ainda tem gente que acredita e fica me cobrando. É um absurdo”, afirmou Cunha, no Twitter. “Como sempre falei, não posso impedir que projetos sejam apresentados. Os deputados têm a prerrogativa, daí a concordar é outra coisa”.Cunha, que participou em viagem oficial de evento nas Nações Unidas (ONU) na sexta-feira (28), passa o fim de semana livre em Nova York.
domingo, 30 de agosto de 2015
Valentina de Botas: O jeca merece cadeia; Dilma, o impeachment; e o PT, a extinção
VALENTINA DE BOTAS
Entre o Brasil de Marco Antonio Villa onde as instituições não estão funcionando e o de J.R. Guzzo, descrito no memorável Aqui Entre Nós da última terça feira, em que o estado de direito democrático se anaboliza pela conduta de Sérgio Moro na Lava Jato, qual vigora? Talvez ambos que, sem ser só esses, são o mesmo. As realidades coexistem nesta Macondo tanto mais real quanto inverossímil, lambendo-se e repelindo-se.
Em magnífico artigo na edição passada de VEJA, Guzzo constata um Brasil que nunca houve, simbolizado não só nas prisões de certa elite econômica, mas sobretudo na impotência dos poderosos perante a lei – a melhor tradução do estado de direito que a todos iguala e se consolida, em essencial ciclo virtuoso. O amargo da celebração de tão boa nova se adensa na também acertada constatação de Villa quanto às sucessivas patifarias que motivaram, precisamente, a prisão dos empreiteiros e que amontoam indícios colossais, diluvianos, hiperbólicos, incontornáveis, incessantes do protagonismo do jeca e da respectiva criatura na fundação da república do pixuleco para assaltar o Estado.
Como quase 70% da população brasileira, quero a abreviação do mandato de Dilma – mesmo sem mandato para votar no eventual processo de impeachment de Dilma, continuo livre para querer o impeachment de Dilma –, não por capricho, mas porque a presidente está sitiada pelas leis, do código penal à legislação eleitoral. E não há salvação fora delas que preveem, inclusive, o impeachment. Ah, mas o instituto nasceu para não ser usado porque é traumático, enseja males desconhecidos, vai se banalizar e tal. Ora, a ser assim, fica estabelecido que os presidentes delinquam com tal volúpia até se imunizarem contra a punição que, traumática, existe para não ser aplicada: um estado de direito jabuticaba.
Se a Lava Jato não é culpada pela queda do PIB, e ela não é culpada pela queda do PIB, o impeachment também não poderia ser responsável por males adivinhados. Pois o mal maior não é exatamente o rio que banha as vastas solidões da porção da Macondo que Villa denuncia, no curso do qual uns se pretendem acima de todos os outros e da lei? O jeca merece cadeia; Dilma, o impeachment; e o PT, a extinção. Ou restará a sina de avançarmos para trás e o revigorado estado de direito, em que os mandantes se safam pela colossal magnitude das delinquências deles no paradoxo da jabuticaba, frutificará em outra de nossas singularidades indesejadas.
Se o Brasil continuar um país onde vagarão livres os fantasmas dos chefes da escória que o terão esbulhado por 16 anos custando 50, o menos traumático será o injusto sacrifício inevitável de pagarmos o que o dinheiro compra, pois para todo o resto existe nossa esperança que, entre os brasileiros decentes, há muito não é profissão, mas um bico para sobreviver no país adiado, essa promessa grávida de frustração interrompendo o Brasil nunca havido para que vigore a Macondo pixuleca: o anticlímax do estado de direito.
DO A.NUNES
Entre o Brasil de Marco Antonio Villa onde as instituições não estão funcionando e o de J.R. Guzzo, descrito no memorável Aqui Entre Nós da última terça feira, em que o estado de direito democrático se anaboliza pela conduta de Sérgio Moro na Lava Jato, qual vigora? Talvez ambos que, sem ser só esses, são o mesmo. As realidades coexistem nesta Macondo tanto mais real quanto inverossímil, lambendo-se e repelindo-se.
Em magnífico artigo na edição passada de VEJA, Guzzo constata um Brasil que nunca houve, simbolizado não só nas prisões de certa elite econômica, mas sobretudo na impotência dos poderosos perante a lei – a melhor tradução do estado de direito que a todos iguala e se consolida, em essencial ciclo virtuoso. O amargo da celebração de tão boa nova se adensa na também acertada constatação de Villa quanto às sucessivas patifarias que motivaram, precisamente, a prisão dos empreiteiros e que amontoam indícios colossais, diluvianos, hiperbólicos, incontornáveis, incessantes do protagonismo do jeca e da respectiva criatura na fundação da república do pixuleco para assaltar o Estado.
Como quase 70% da população brasileira, quero a abreviação do mandato de Dilma – mesmo sem mandato para votar no eventual processo de impeachment de Dilma, continuo livre para querer o impeachment de Dilma –, não por capricho, mas porque a presidente está sitiada pelas leis, do código penal à legislação eleitoral. E não há salvação fora delas que preveem, inclusive, o impeachment. Ah, mas o instituto nasceu para não ser usado porque é traumático, enseja males desconhecidos, vai se banalizar e tal. Ora, a ser assim, fica estabelecido que os presidentes delinquam com tal volúpia até se imunizarem contra a punição que, traumática, existe para não ser aplicada: um estado de direito jabuticaba.
Se a Lava Jato não é culpada pela queda do PIB, e ela não é culpada pela queda do PIB, o impeachment também não poderia ser responsável por males adivinhados. Pois o mal maior não é exatamente o rio que banha as vastas solidões da porção da Macondo que Villa denuncia, no curso do qual uns se pretendem acima de todos os outros e da lei? O jeca merece cadeia; Dilma, o impeachment; e o PT, a extinção. Ou restará a sina de avançarmos para trás e o revigorado estado de direito, em que os mandantes se safam pela colossal magnitude das delinquências deles no paradoxo da jabuticaba, frutificará em outra de nossas singularidades indesejadas.
Se o Brasil continuar um país onde vagarão livres os fantasmas dos chefes da escória que o terão esbulhado por 16 anos custando 50, o menos traumático será o injusto sacrifício inevitável de pagarmos o que o dinheiro compra, pois para todo o resto existe nossa esperança que, entre os brasileiros decentes, há muito não é profissão, mas um bico para sobreviver no país adiado, essa promessa grávida de frustração interrompendo o Brasil nunca havido para que vigore a Macondo pixuleca: o anticlímax do estado de direito.
DO A.NUNES
sábado, 29 de agosto de 2015
“Vou cassar o mandato de Dilma” afirmou o Ministro do TSE Gilmar Mendes
28/08/2015
Anotem este nome – Gilmar Ferreira Mendes. Sua carreira é impressionante, tendo sido aprovado em três concursos públicos simultâneos, no ano de 1984, quando fez Mestrado e tirou primeiro lugar na disputa para professor da Universidade de Brasília, onde ensina Direito Constitucional.
A briga e o corre corre agora
é pra ver quem derruba a Presidente Dilma primeiro. Com tantos fatos em
evidencias para sua cassação, o ministro Gilmar Mendes também disse
que irá cassar seu mandato. Na Câmara dos deputados Eduardo Cunha usa o
mesmo discurso.
Portanto, não é nenhum Dias Toffoli e já
era respeitado como jurista de notório saber quando foi nomeado pelo
presidente Fernando Henrique Cardoso para o Supremo Tribunal Federal, em
2002, na vaga do ministro Néri da Silveira.
Agora. quis o destino
que Gilmar Mendes voltasse ao Tribunal Superior Eleitoral em fevereiro
de 2014, com mandato de dois anos, na condição de vice-presidente, e
tenha se tornado relator da prestação de contas do PT na última eleição.
E agora, com uma simples caneta na mão, ele está mostrando ao país que a
atuação solitária de um simples ministro pode mudar os destinos da nação, ao devassar o que houve na última eleição presidencial.
COM RESSALVAS
A primeira providência de Mendes para
sanear a eleição de 2014, alvo de uma saraivada de denúncias de fraude,
foi fazer com que a aprovação das contas do PT fosse feita com
ressalvas. E mais: mandou preservar a documentação para posterior exame.
A segunda providência, depois que se agravaram as denúncias da Lava Jato sobre uso de recursos
ilícitos na campanha de Dilma, foi desmontar o golpe da relatora da
ação do PSDB para cassação de Dilma Rousseff, ministra Maria Thereza
Rocha de Assis Moura, que arquivara a petição sem abrir ação e depois
arquivara o recurso do PSDB.
Há duas semanas, no julgamento do
recurso do PSDB, Mendes destruiu a credibilidade da ministra Maria
Thereza, uma simples advogada do tipo Toffoli, de currículo
inexpressivo, que chegou ao Superior Tribunal de Justiça sem méritos
próprios, exclusivamente por obra e graça da presidente Dilma.
ERROS GROTESCOS
Com precisão cirúrgica, Mendes apontou
uma série de erros jurídicos primários que a ministra cometera no afã de
arquivar o processo contra a amiga Dilma. Sem a menor contemplação,
Mendes humilhou-a perante os outros seis integrantes do TSE, numa cena
verdadeiramente constrangedora, e a ministra sequer se defendeu.
Depois de desmontar o parecer de Maria
Thereza, Mendes votou contra o arquivamento da ação para cassar Dilma e
foi seguido pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, João Otávio de
Noronha, que é um dos mais respeitados ministros do STJ.
Esta semana, o ministro Luiz Fux, que
apoiara as críticas de Fux à posição da relatora, votou a favor do
prosseguimento da ação, e pediu vistas dos autos e foi acompanhado pelo
ministro Henrique Neves, que garantia maioria. O julgamento só não
terminou, porque a ministra Luciana Lóssio pediu vistas e a falta o
ministro Dias Toffoli votar.
Detalhe importante: Luciana Lóssio é
outra ministra tipo Toffoli, sem notório saber e que chegou ao TSE por
nomeação de Dilma Rousseff, recompensando-a por ter sido advogada do PT
na campanha de 2010.
A CASSAÇÃO VEM AÍ
Com o prosseguimento da ação do PSDB, a
cassação da chapa Dilma/Temer passa a ser praticamente certa. É apenas
uma questão de tempo, porque o ministro-relator Gilmar Mendes está
conduzindo com muita precisão os trabalhos, mandando investigar
múltiplos podres da campanha do PT, que teve empresas irregulares como
fornecedoras e recebeu doações ilegais das empreiteiras, conforme já
denunciou o empresário Ricardo Pessoa, em delação premiada na Lava Jato.
Nas mãos de Gilmar Mendes, o mandato de Dilma não vale uma nota de três dólares. Querem apostar?
Fonte: Tribuna da Internet - DO PENSA BRASIL
Quase 3 meses sem aulas na “Pátria Educadora”
A destruição das federais
Mais de 80 dias de greve. Milhares de alunos sem aulas, e tudo bem? Dinheiro público pode ser assim tratado?
A atual greve dos docentes das federais já passou dos 80 dias — e não há nem sinal de que vá terminar. O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, reclama que os sindicatos de docentes iniciaram a paralisação antes de qualquer conversa. Os sindicatos reclamam que o ministro sequer recebe os grevistas.Grevistas costumam culpar a imprensa por deixar de lado o noticiário a respeito. Engano. O assunto desaparece também das esferas políticas. Não é prioridade do governo federal, sequer do Ministério da Educação. E olha que os sindicatos de docentes estão no campo da esquerda, onde supostamente se encontram com pelo menos parte do governo Dilma. DO GNPAISDASMARAVILHAS
Época comprova que Lula fez tráfico de influência para Odebrecht por obras em Cuba.
Para ler os documentos secretos clique aqui.
(Época) No dia 31 de maio de 2011, meses após deixar o Palácio do Planalto, o petista Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Cuba pela primeira vez como ex-presidente, ao lado de José Dirceu. O presidente Raúl Castro, autoridade máxima da ditadura cubana
desde que seu irmão Fidel vergara-se à velhice, recebeu Lula
efusivamente. O ex-presidente estava entre companheiros.
Em seus dois
mandatos, Lula, com ajuda de Dirceu, fizera de tudo para aproximar o
Brasil de Cuba – um esforço diplomático e, sobretudo, comercial. Com dinheiro público do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, o Brasil passara a investir centenas de milhões de dólares nas obras do Porto de Mariel, tocadas pela Odebrecht.
Um mês antes da visita, Lula começara a receber dinheiro da empreiteira
para dar palestras – e apenas palestras, segundo mantém até hoje.
Naquele dia, porém, Lula pousava em Havana não somente como ex-presidente. Pousava como lobista informal da Odebrecht. Pousava como o único homem que detinha aquilo que a empreiteira brasileira mais precisava naquele momento: acesso privilegiado tanto ao governo de sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff, quanto no governo dos irmãos Castro. Somente o uso desse acesso poderia assegurar os lucrativos negócios da Odebrecht em Cuba. Para que o dinheiro do BNDES continuasse irrigando as obras da empreiteira, era preciso mover as canetas certas no Brasil e em Cuba.
A visita de Lula aos irmãos Castro, naquele dia 31 de maio de 2011, é de conhecimento público. O que eles conversaram, não – e, se dependesse do governo de Dilma Rousseff, permaneceria em sigilo até 2029. Nas últimas semanas, contudo, ÉPOCA investigou os bastidores da atuação de Lula como lobista da Odebrecht em Havana, o país em que a empreiteira faturou US$ 898 milhões, o correspondente a 98% dos financiamentos do BNDES em Cuba.
Naquele dia, porém, Lula pousava em Havana não somente como ex-presidente. Pousava como lobista informal da Odebrecht. Pousava como o único homem que detinha aquilo que a empreiteira brasileira mais precisava naquele momento: acesso privilegiado tanto ao governo de sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff, quanto no governo dos irmãos Castro. Somente o uso desse acesso poderia assegurar os lucrativos negócios da Odebrecht em Cuba. Para que o dinheiro do BNDES continuasse irrigando as obras da empreiteira, era preciso mover as canetas certas no Brasil e em Cuba.
A visita de Lula aos irmãos Castro, naquele dia 31 de maio de 2011, é de conhecimento público. O que eles conversaram, não – e, se dependesse do governo de Dilma Rousseff, permaneceria em sigilo até 2029. Nas últimas semanas, contudo, ÉPOCA investigou os bastidores da atuação de Lula como lobista da Odebrecht em Havana, o país em que a empreiteira faturou US$ 898 milhões, o correspondente a 98% dos financiamentos do BNDES em Cuba.
A reportagem obteve telegramas secretos do Itamaraty,
cujos diplomatas acompanhavam boa parte das conversas reservadas do
ex-presidente em Havana, e documentos confidenciais do governo
brasileiro, em que burocratas descrevem as condições camaradas dos
empréstimos do BNDES às obras da Odebrecht em Cuba. A papelada, e
entrevistas reservadas com fontes envolvidas, confirma que, sim, Lula
intermediou negócios para a Odebrecht em Cuba. E demonstra, em detalhes,
como Lula fez isso: usava até o nome da presidente Dilma. Chegava a
discutir, em reuniões com executivos da Odebrecht e Raúl Castro,
minúcias dos projetos da empreiteira em Cuba, como os tipos de garantia
que poderiam ser aceitas pelo BNDES para investir nas obras.
Parte expressiva dos documentos obtidos com exclusividade por ÉPOCA foi classificada como secreta pelo governo Dilma. Isso significa que só viriam a público em 15 anos. A maioria deles, porém, foi entregue ao Ministério Público Federal, em inquéritos em que se apuram irregularidades nos financiamentos do BNDES às obras em Mariel. Num outro inquérito, revelado por ÉPOCA em abril, Lula é investigado pelos procuradores pela suspeita de ter praticado o crime de tráfico de influência internacional (Artigos 332 e 337 do Código Penal), ao usar seu prestígio para unir BNDES, governos amigos na América Latina e na África e projetos de interesse da Odebrecht.
Parte expressiva dos documentos obtidos com exclusividade por ÉPOCA foi classificada como secreta pelo governo Dilma. Isso significa que só viriam a público em 15 anos. A maioria deles, porém, foi entregue ao Ministério Público Federal, em inquéritos em que se apuram irregularidades nos financiamentos do BNDES às obras em Mariel. Num outro inquérito, revelado por ÉPOCA em abril, Lula é investigado pelos procuradores pela suspeita de ter praticado o crime de tráfico de influência internacional (Artigos 332 e 337 do Código Penal), ao usar seu prestígio para unir BNDES, governos amigos na América Latina e na África e projetos de interesse da Odebrecht.
Sempre que Lula se encontrava com um presidente amigo, a
Odebrecht obtinha mais dinheiro do BNDES para obras contratadas pelo
governo visitado pelo petista. O MPF investiga se a sincronia de
pagamentos é coincidência – ou obra da influência de Lula. Na ocasião,
por meio do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o
ex-presidente negou que suas viagens fossem lobby em favor da Odebrecht e
que prestasse consultoria à empresa. Segundo Lula, suas palestras
tinham como objetivo “cooperar para o desenvolvimento da África e apoiar
a integração latino-americana”.
Procurado, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, afirma que, no período em que exerceu o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, “não atuou em favor de empresas,
nem tampouco a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. Diz o
texto que várias empresas brasileiras participaram de consulta do
governo uruguaio sobre o Porto de Rocha e o governo não atuou em favor
de nenhuma das empresas.
A Odebrecht afirma em nota que o ex-presidente não teve “qualquer influência”
nas suas duas obras em Cuba, o Aeroporto de Havana e o Porto de Mariel.
A empresa diz que as discussões sobre bioenergia com o governo cubano
não avançaram, mas ainda estuda oportunidades nesse setor em Cuba, a
partir da reformulação da Lei de Investimento Estrangeiro. A Odebrecht
diz que a empresa na qual trabalha o ex-ministro Silas Rondeau foi uma
das contratadas como parceira de estudos na área de energia.
Em nota, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou desconhecer o conteúdo dos documentos aos quais ÉPOCA teve acesso. Contudo, o Planalto destaca a importância estratégica do projeto de Porto de Mariel para as relações de Brasil e Cuba. “A possibilidade crescente de abertura econômica de Cuba e a recente reaproximação entre Cuba e Estados Unidos vão impulsionar ainda mais o potencial econômico de exportação para empresas brasileiras.” O BNDES afirma que a Odebrecht é a construtora brasileira com maior presença em Cuba, portanto faz sentido que a maior parcela das exportações para aquele país financiadas pelo banco seja realizada pela empresa.
Em nota, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou desconhecer o conteúdo dos documentos aos quais ÉPOCA teve acesso. Contudo, o Planalto destaca a importância estratégica do projeto de Porto de Mariel para as relações de Brasil e Cuba. “A possibilidade crescente de abertura econômica de Cuba e a recente reaproximação entre Cuba e Estados Unidos vão impulsionar ainda mais o potencial econômico de exportação para empresas brasileiras.” O BNDES afirma que a Odebrecht é a construtora brasileira com maior presença em Cuba, portanto faz sentido que a maior parcela das exportações para aquele país financiadas pelo banco seja realizada pela empresa.
Diz ainda que
mantém com a Odebrecht relacionamento rigorosamente igual a qualquer outra empresa.
O BNDES nega que esteja financiando projetos envolvendo direta ou
indiretamente a Odebrecht no setor de energia, bioenergia ou
sucroalcooleiro em Cuba. Sobre entendimento para financiamento de um
porto no Uruguai, como indicou o então ministro Pimentel, o BNDES disse
que não há nenhuma tratativa referente ao projeto em curso no Banco.
Procurado por ÉPOCA, o ex-presidente Lula não quis se manifestar.
Em depoimento à CPI do BNDES, o presidente do banco, Luciano Coutinho, disse que Lula jamais interferiu em qualquer projeto de financiamento. Os documentos obtidos por ÉPOCA mostram uma versão diferente. Caberá ao MPF e à PF apurar os fatos.
Em depoimento à CPI do BNDES, o presidente do banco, Luciano Coutinho, disse que Lula jamais interferiu em qualquer projeto de financiamento. Os documentos obtidos por ÉPOCA mostram uma versão diferente. Caberá ao MPF e à PF apurar os fatos.
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
PIB recua 1,9% no 2º trimestre, e país entra em recessão técnica
Investimentos tiveram a maior queda desde o primeiro trimestre de 1996.
Anay Cury e Cristiane Caoli
Do G1, em São Paulo e no Rio
Essa retração de 1,9% é a maior desde o primeiro trimestre de 2009, quando a economia também registrou recuo de 1,9%.
Neste trimestre, contribuíram para o desempenho negativo da economia a queeda dos investimentos e do consumo e o aumento dos gastos do governo.
Em relação ao segundo trimestre de 2014, a baixa foi ainda mais profunda, de 2,6%, a maior desde o primeiro trimestre de 2009, quando o recuo também foi de 2,6%. Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre do ano alcançou R$ 1,43 trilhão.
Neste trimestre, frente ao anterior, todos os setores registraram queda, puxada pela indústria, que teve retração de 4,3%, pela agropecuária, de 2,7% e pelos serviços, de 0,7%.
Recessão técnica
O Brasil voltou a ter dois trimestres seguidos de queda no PIB e, por isso, entrou em “recessão técnica”. Na prática, essa classificação serve como uma espécie de “termômetro” para medir o desempenho da economia. Isso porque, de acordo com economistas, não são apenas dois resultados negativos seguidos que indicam a recessão, mas sim um conjunto de indicadores negativos, como aumento do desemprego, queda na produção e falência de empresas.
O Brasil também havia registrado uma recessão técnica no último trimestre de 2008 e primeiro de 2009, durante a crise econômica mundial.
“Várias coisas voltam lá para 2009. Na época, em 2008 e 2009, o consumo das famílias não tinha sido tão afetado [pela crise], existiam medidas para tentar reduzir o efeito [sobre o consumo das famílias]. São momentos um pouco diferentes [2015 e 2009], mas ambos com turbulências internacionais. Isso é um fato similar, no caso. Agora, obviamente que a turbulência tanto política quanto econômica está afetando todas as atividades. É um movimento que está afetando a economia toda”, analisou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Rocque Palis.
O que aconteceu em cada setor
De acordo com o IBGE, a queda registrada na indústria - frente ao primeiro trimestre - foi puxada principalmente pelo desempenho negativo da construção civil, que recuou 8,4%. Na sequência, a aparece a indústria de transformação, que também sofreu forte queda de 3,7%.
“Tanto pela ótica da produção quanto pela da despesa, a gente tem que os três principais setores do PIB apresentaram queda em relação ao trimestre anterior”, apontou Rebeca.
Já na comparação com o segundo trimestre de 2014, a agropecuária cresceu 1,8%, puxada pela produção de soja, milho, arroz e mandioca.
A indústria recuou 5,2%, puxada pela indústria de transformação, que caiu mais de 8%.
Os serviços recuaram 1,4%, com destaque para a baixa de 7,2% do comércio (atacadista e varejista) e de 6,0% de transporte.
Consumo e investimentos
No segundo trimestre, em relação ao primeiro, os investimentos registraram o oitavo trimestre seguido de baixa, chegando a 8,1% e arrastando o PIB para baixo, assim como a despesa de consumo das famílias, que recuou 2,1%, pelo segundo trimestre seguido. Já a despesa de consumo do governo cresceu 0,7% na mesma base de comparação.
Na comparação com o segundo trimestre de 2014, os investimentos sofreram uma queda ainda maior, de 11,9% - a maior desde o primeiro trimestre de 1996, quando o indicador recuou 12,7%.
"Este recuo é justificado, principalmente, pela queda das importações e da produção interna de bens de capital, e também pelo desempenho negativo da construção civil."
Nessa base de comparação, a despesa de consumo do governo caiu 1,1%, e os gastos das famílias, que também entram no cálculo do PIB, recuaram 2,7% - a segunda baixa seguida.
"O resultado pode ser explicado pela deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do período", informou o IBGE.
Também entram no cálculo do PIB as exportações de bens e serviços, bem como as importações feitas pelo país. Nesse caso, as vendas tiveram expansão de 7,5%, e as compras caíram 11,7%, "ambas influenciadas pela desvalorização cambial de 38% registrada no período".
Poupança e taxa de investimento
No segundo trimestre, a taxa de investimento foi de 17,8% do PIB. No segundo trimestre de 2014, o índice havia atingido percentual maior, de 19,5%.
Expectativas negativas confirmadas
A expectativa do Banco Central era de que o PIB tivesse mesmo recuado de abril a junho deste ano. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que é uma espécie de "prévia do PIB", indicava uma retração de 1,89% no segundo trimestre deste ano, frente aos três meses anteriores. Com isso, quando foram divulgados, em meados de agosto, os números já apontavam que a economia brasileira entraria em recessão técnica.
Já a estimativa do mercado financeiro para o ano todo, apresentada no início da semana pelo boletim Focus do Banco Central, indicava que a economia deverá ter uma retração de 2,06%, seguida por uma queda de 0,24% em 2016.
Dois anos seguidos de recessão
A expectativa dos economistas dos bancos é que a queda do PIB neste ano seja seguida por uma retração em 2016, de 0,24%.
Se confirmada a previsão, será a primeira vez que o país registrará dois anos seguidos de contração na economia, pela série do IBGE iniciada em 1948. Todas as seis vezes em que o país fechou o ano com PIB negativo foram sucedidas por uma rápida recuperação nos anos seguintes.
Como um país sai de uma recessão?
O fim de uma recessão só é constatado quando existe um movimento consistente de retomada em todos os indicadores econômicos, segundo o economista da FGV/IBRE Paulo Picchetti. Dados como taxa de desemprego, vendas no comércio, produção industrial e outros precisam mostrar de forma clara e conjunta que estão em recuperação. DO G1
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
A CNI demorou para perceber
O presidente da CNI, Robson Andrade, considerou um "absurdo" reintroduzir a CPMF:
"É mais um imposto para a sociedade pagar, enquanto o caminho ideal seria o governo promover uma redução de gastos públicos para deixar a economia se recuperar. Estamos totalmente na contramão do mundo. Enquanto outros países estão com juros baixos e reduzindo a carga tributária para impulsionar suas economias, aqui estamos vendo a cada dia uma nova proposta de aumento de imposto e a taxa de juros está nas alturas".
Robson Andrade demorou para perceber isso.
Durante a campanha eleitoral, ele elogiou muito Dilma Rousseff:
“É mais uma prova do empenho com que Vossa Excelência se dedica ao diálogo com o setor privado, e a indústria brasileira em particular, em favor do benefício do país”.
Duas semanas atrás, ele rejeitou o impeachment:
"Não sou a favor. Não acho que simplesmente o impeachment resolverá".
Agora pague, Robson Andrade. Assim como todos nós.
DO O ANTAGONISTA
"É mais um imposto para a sociedade pagar, enquanto o caminho ideal seria o governo promover uma redução de gastos públicos para deixar a economia se recuperar. Estamos totalmente na contramão do mundo. Enquanto outros países estão com juros baixos e reduzindo a carga tributária para impulsionar suas economias, aqui estamos vendo a cada dia uma nova proposta de aumento de imposto e a taxa de juros está nas alturas".
Robson Andrade demorou para perceber isso.
Durante a campanha eleitoral, ele elogiou muito Dilma Rousseff:
“É mais uma prova do empenho com que Vossa Excelência se dedica ao diálogo com o setor privado, e a indústria brasileira em particular, em favor do benefício do país”.
Duas semanas atrás, ele rejeitou o impeachment:
"Não sou a favor. Não acho que simplesmente o impeachment resolverá".
Agora pague, Robson Andrade. Assim como todos nós.
DO O ANTAGONISTA
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
“A PRAÇA PÚBLICA É MAIOR QUE AS URNAS” (Ulysses Guimarães) - Maria Lucia Victor Barbosa
Na
atualidade a palavra impeachment tornou-se o veredito das multidões que
encheram as ruas do Brasil no histórico dia 16 de agosto. Foi o maior
julgamento popular de um presidente da República, no caso, da presidente
Dilma Rousseff.
O
movimento, como os dois anteriores foi espontâneo, consciente,
apartidário, ordeiro, pacífico, com objetivo claro e definido: Fora
Dilma. Fora Lula. Fora PT. Grandes faixas com a palavra impeachment
exibiram a tônica do “plebiscito”, pedindo a saída da governante que
quebrou o País e jogou a conta nas costas do povo depois de tê-lo
enganado nas eleições com mentiras.
Emblematicamente,
em Brasília, o gigantesco balão com a cara de Lula da Silva, vestido de
presidiário e com o número dos Irmãos Metralha no peito, indicava que o
presidente de fato já não passa de um Pixuleco das falcatruas.
Neste cenário soou falso o discurso do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, que do alto do seu pomposo e inútil cargo acusou o povo de intolerante e pediu otimismo. O ministro esqueceu que as pessoas costumam ir aos supermercados onde a realidade da inflação e da queda de renda é inequívoca.
Edinho Silva também mandou recado para a oposição, que nunca existiu, declarando numa linguagem lulesca: “Só esperamos que, quando os interesses são do País, que, em vez de ficarmos cultivando questões partidárias, a gente possa enxergar aquilo que é do interesse nacional”.
Neste cenário soou falso o discurso do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, que do alto do seu pomposo e inútil cargo acusou o povo de intolerante e pediu otimismo. O ministro esqueceu que as pessoas costumam ir aos supermercados onde a realidade da inflação e da queda de renda é inequívoca.
Edinho Silva também mandou recado para a oposição, que nunca existiu, declarando numa linguagem lulesca: “Só esperamos que, quando os interesses são do País, que, em vez de ficarmos cultivando questões partidárias, a gente possa enxergar aquilo que é do interesse nacional”.
Portanto,
o ministro pede aos outros o que nunca foi feito por seu partido, o PT
e, ao mesmo tempo, não tem noção de um fato básico: Não tem governo que
resiste quando a economia vai mal. Tampouco, Edinho Silva leu “O
Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, onde está escrito: “Os homens esquecem
mais facilmente a morte do pai do que a perda do patrimônio”. Mas ler,
ainda mais “O Príncipe”, seria pedir demais ao ministro.
Sobre
a oposição, que na linguagem petista significa PSDB, o PT pode ficar
sossegado. O ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, sempre foi o
maior defensor de Lula e do PT, no que foi seguido por seus
correligionários. Aguentou oito anos ouvindo “Fora FHC” e, depois de ter
entregado ao recém-eleito presidente Lula um governo sem inflação, seus
melhores quadros e políticas sociais que o PT imitou, ouviu por mais 12
anos indo para 13 que sua herança era maldita. E tem mais: em agosto de
1999, Lula da Silva disse: “Renúncia é um gesto de grandeza e FHC não
tem essa grandeza”. O pedido de renúncia depois pareceu pouco e o PT
passou também a encampar uma campanha pelo impeachment de Fernando
Henrique Cardoso. Naquela ocasião não era golpe.
Agora
foi dito que FHC unificou o PSDB em torno do pedido de renúncia da
Presidente. Um mimo dado a Rousseff, que jamais irá renunciar. E assim,
entre impeachment, novas eleições ou cassação de Rousseff, o PSDB
aceitou, por enquanto, que pedir a impossível renúncia da presidente é
melhor. E se Eduardo Cunha, a única oposição real pedir o impeachment,
os tucanos aprovam. Pelo menos é o que é dito agora. Se bem que os
tucanos já estão com a bandeja pronta para entregar a cabeça de Cunha
depois que o Procurador-geral, Rodrigo Janot, o denunciou.
Enquanto
isso, a classe dirigente petista conta com Renan Calheiros para salvar a
pele da presidente e, é claro, a sua própria, no tapetão institucional.
Também aumentam as performances da presidente diante de públicos
selecionados que a aplaudem. E não poderia faltar um contra-ataque dos
ditos movimentos sociais sustentados pelo governo e que foram realizados
dia 20 deste a favor de Rousseff e, paradoxalmente, contra o ajuste
fiscal e a Agenda Brasil.
Os “exércitos” de Stédile, Boulos e da CUT, com exceção de São Paulo onde houve mais gente, nas demais capitais não passaram de grupelhos do pixuleco. Mesmo porque, os manifestantes chapa-branca fazem parte dos 8% que apoiam Rousseff contra os 70,1% da população, uma quantidade descomunal de coxinhas, de conservadores da classe média de direita e, como disse Lula da Silva, de nazistas.
Os “exércitos” de Stédile, Boulos e da CUT, com exceção de São Paulo onde houve mais gente, nas demais capitais não passaram de grupelhos do pixuleco. Mesmo porque, os manifestantes chapa-branca fazem parte dos 8% que apoiam Rousseff contra os 70,1% da população, uma quantidade descomunal de coxinhas, de conservadores da classe média de direita e, como disse Lula da Silva, de nazistas.
O
PT, que também participou do impeachment do ex-presidente Collor, hoje
chama de golpistas os que querem se ver livre do pior governo
presidencial de nossa história. Isso lembra uma entrevista de Ulysses
Guimarães antes da queda de Collor.
Disse
o deputado, que a praça pública era maior que as ruas e que Collor não
era mais presidente. Teria este se tornado um fantasma, mas um fantasma
que provocava inflação, desemprego, queda da bolsa e que devia ser
exorcizado. O cidadão havia votado em Collor, mas acordara e estava nas
ruas. Na Câmara, se não votassem o impeachment seriam considerados
cúmplices.
Agora
não temos governo, mas um fantasma que provoca um cortejo de desgraças
para o País. Os cidadãos acordaram. É hora do Congresso relembrar que a
praça pública é maior que as urnas. Caso contrário, os parlamentares
serão cúmplices.DO HORACIOCB
A grande resposta da professora das filhas de Veríssimo ao cachorrinho de madame que virou pitbull de quadrilheiro
Neste
20 de agosto, o jornal gaúcho ZH publicou a crônica em que Luis
Fernando Verissimo informa que não vê diferenças entre manifestações de
rua contra o governo e matilhas de vira-latas. No mesmo dia, a leitora
Rosália Saraiva, que foi professora das filhas do patriarca dos
humoristas estatizados, encaminhou ao blog do jornalista Políbio Braga
uma carta endereçada ao pai das ex-alunas. A resposta, merecidíssima, é
de envergonhar até quem perdeu a vergonha de vez.
O rosnado de Verissimo nasceu do medo. O fim da era lulopetista pode custar-lhe a liderança que ocupa no ranking dos autores mais didáticos do Ministério da Educação. Esse possível rebaixamento na lista dos escritores federais oferece motivos de sobra — milhões de motivos — para que um cachorrinho de madame vire candidato a pitbull de quadrilha. Talvez sossegue algum tempo depois do troco, reprisado abaixo, que uma valente professora lhe aplicou no fígado. Confira. (AN)
Prezado LF Verissimo:
Na crônica com o título ‘O Vácuo’, comparaste os manifestantes contra o governo aos cachorros vira-latas que, no passado, corriam atrás dos carros, latindo indignados. Dizes que nunca ficou claro o que os cães fariam quando alcançassem um carro, por ser uma raiva sem planejamento. E que os cães de hoje se modernizaram, convenceram-se de seu próprio ridículo, renderam-se ao domínio do automóvel.
Na tua infeliz e triste comparação, os manifestantes de hoje são vira-latas obsoletos sitiando um governo que mais se parece com um Fusca indefeso, que sabem o que NÃO querem – Dilma, Lula, PT – mas não pensaram bem NO QUE querem no seu lugar. Como um velho e obsoleto cachorro vira-lata, quero te latir (não sei se entendes a linguagem de cachorros) algumas coisas:
1. Independentemente das motivações de cada um, tenho certeza de que todos os cachorros na rua correm em busca dos sonhos perdidos, que, em 13 anos, foram sendo atropelados não por um Fusca indefeso, mas por um Land Rover de corrupção, imoralidades, mentiras, alianças políticas espúrias, compras de pessoas, impunidade, incitação à luta de classes, compra de votos com o Bolsa Família , desrespeito e banalização da vida pela falta de segurança e de atendimento digno à saúde, justiça falha, etc, etc.
2. Se os cachorros se modernizaram e pararam de correr atrás do carro, não foi por se convencerem do próprio ridículo. Foi porque não conseguiram nunca alcançar os carros e isso os desmotivou. Falta de planejamento, concordo. Mas os cachorros de agora aprenderam que se correrem juntos, unidos, latindo bastante atrás do carro, cada vez mais e mais, de novo e de novo, chegará uma hora em que o motor vai fundir. Eles vão alcançar o carro. O motorista vai ter que descer do carro e outro assumirá. Pior do que está não vai ficar, embora o conserto vá demorar muito. Não vai ser fácil, mas os vira-latas vão conseguir se organizar, pelo voto. Não pela ditadura.
3. Não é verdade que o latido mais alto entre os cachorros foi o de um chamado Bolsonaro. Acho que estavas na França gozando das delícias de um croissant na beira do Sena (enquanto os vira-latas daqui corriam atrás do osso perdido) e não viste os vídeos das manifestações. Se bem que a TV Globo e o Datafolha também não enxergaram nada. O que mais cresceu na manifestação foi uma certeza, a certeza que vai fazer esse país mudar: com essa Land Rover desgovernada não dá mais. Os cachorros com seus latidos unidos jamais serão vencidos. E sabem que mais dia, menos dia, esse carro vai parar. É assim que começa, pena que eles não acreditem. Não vai ter mais dinheiro pra comprar brioches para o povo. E o número de vira-latas vai aumentar muito. Quem comandará a corrida? Não sei, só sei que prefiro ser um vira-lata à moda antiga do que um vira-lata moderninho que se rende a uma Land Rover.
4. Te enganas quando dizes que os cachorros de antes corriam atrás dos carros porque a luta era outra. Não, a luta é a mesma, o contexto é diferente. Os cachorros não querem um passaporte bolivariano. O vácuo vai ser preenchido, não te preocupes. Por quem for necessário e aceito, desde que não seja pelo exército do Stédile.
5. Em tempo: essa vira-lata que te fala foi professora das tuas filhas no antigo e admirável Instituto de Educação. Lá aprendi que é importante latir não por latir, mas para defender os sonhos possíveis. E tuas filhas devem ter aprendido muita coisa com os meus latidos. Continuo latindo, agora na rua, para derrubar o que acredito ser um mal nesta nação arrasada: a corrupção e, mais do que isso, um governo corrupto, que perdeu totalmente a vergonha. Eles criaram um “vácuo” de imoralidade e de incompetência que vai ser difícil de recuperar. Mas, vamos conseguir!
Atenciosamente, auauau.
ROSÁLIA SARAIVA
DO AUGUSTONUNES-REV VEJA
O rosnado de Verissimo nasceu do medo. O fim da era lulopetista pode custar-lhe a liderança que ocupa no ranking dos autores mais didáticos do Ministério da Educação. Esse possível rebaixamento na lista dos escritores federais oferece motivos de sobra — milhões de motivos — para que um cachorrinho de madame vire candidato a pitbull de quadrilha. Talvez sossegue algum tempo depois do troco, reprisado abaixo, que uma valente professora lhe aplicou no fígado. Confira. (AN)
Prezado LF Verissimo:
Na crônica com o título ‘O Vácuo’, comparaste os manifestantes contra o governo aos cachorros vira-latas que, no passado, corriam atrás dos carros, latindo indignados. Dizes que nunca ficou claro o que os cães fariam quando alcançassem um carro, por ser uma raiva sem planejamento. E que os cães de hoje se modernizaram, convenceram-se de seu próprio ridículo, renderam-se ao domínio do automóvel.
Na tua infeliz e triste comparação, os manifestantes de hoje são vira-latas obsoletos sitiando um governo que mais se parece com um Fusca indefeso, que sabem o que NÃO querem – Dilma, Lula, PT – mas não pensaram bem NO QUE querem no seu lugar. Como um velho e obsoleto cachorro vira-lata, quero te latir (não sei se entendes a linguagem de cachorros) algumas coisas:
1. Independentemente das motivações de cada um, tenho certeza de que todos os cachorros na rua correm em busca dos sonhos perdidos, que, em 13 anos, foram sendo atropelados não por um Fusca indefeso, mas por um Land Rover de corrupção, imoralidades, mentiras, alianças políticas espúrias, compras de pessoas, impunidade, incitação à luta de classes, compra de votos com o Bolsa Família , desrespeito e banalização da vida pela falta de segurança e de atendimento digno à saúde, justiça falha, etc, etc.
2. Se os cachorros se modernizaram e pararam de correr atrás do carro, não foi por se convencerem do próprio ridículo. Foi porque não conseguiram nunca alcançar os carros e isso os desmotivou. Falta de planejamento, concordo. Mas os cachorros de agora aprenderam que se correrem juntos, unidos, latindo bastante atrás do carro, cada vez mais e mais, de novo e de novo, chegará uma hora em que o motor vai fundir. Eles vão alcançar o carro. O motorista vai ter que descer do carro e outro assumirá. Pior do que está não vai ficar, embora o conserto vá demorar muito. Não vai ser fácil, mas os vira-latas vão conseguir se organizar, pelo voto. Não pela ditadura.
3. Não é verdade que o latido mais alto entre os cachorros foi o de um chamado Bolsonaro. Acho que estavas na França gozando das delícias de um croissant na beira do Sena (enquanto os vira-latas daqui corriam atrás do osso perdido) e não viste os vídeos das manifestações. Se bem que a TV Globo e o Datafolha também não enxergaram nada. O que mais cresceu na manifestação foi uma certeza, a certeza que vai fazer esse país mudar: com essa Land Rover desgovernada não dá mais. Os cachorros com seus latidos unidos jamais serão vencidos. E sabem que mais dia, menos dia, esse carro vai parar. É assim que começa, pena que eles não acreditem. Não vai ter mais dinheiro pra comprar brioches para o povo. E o número de vira-latas vai aumentar muito. Quem comandará a corrida? Não sei, só sei que prefiro ser um vira-lata à moda antiga do que um vira-lata moderninho que se rende a uma Land Rover.
4. Te enganas quando dizes que os cachorros de antes corriam atrás dos carros porque a luta era outra. Não, a luta é a mesma, o contexto é diferente. Os cachorros não querem um passaporte bolivariano. O vácuo vai ser preenchido, não te preocupes. Por quem for necessário e aceito, desde que não seja pelo exército do Stédile.
5. Em tempo: essa vira-lata que te fala foi professora das tuas filhas no antigo e admirável Instituto de Educação. Lá aprendi que é importante latir não por latir, mas para defender os sonhos possíveis. E tuas filhas devem ter aprendido muita coisa com os meus latidos. Continuo latindo, agora na rua, para derrubar o que acredito ser um mal nesta nação arrasada: a corrupção e, mais do que isso, um governo corrupto, que perdeu totalmente a vergonha. Eles criaram um “vácuo” de imoralidade e de incompetência que vai ser difícil de recuperar. Mas, vamos conseguir!
Atenciosamente, auauau.
ROSÁLIA SARAIVA
DO AUGUSTONUNES-REV VEJA
domingo, 23 de agosto de 2015
Pixuleko: Cheguei longe, mas perdi gás
Se me
perguntassem antes como seria estrondosa minha passagem por Brasília, teria de
responder: eu não sabia
PIXULEKO, O BONECO DO LULA EM DEPOIMENTO A
SÉRGIO GARCIA
21/08/2015
Perdoe minha imodéstia, mas você conseguiria segurar a onda se
vivesse o que vivo agora? Estou convencido de que sou um caso raríssimo de quem
ganhou fama instantânea sem participar de reality show. Entrei para o panteão
das celebridades. Minha imagem corre o Brasil e o mundo. Minha notoriedade foi
meteórica – surgiu assim que ganhei corpo na manifestação contra a corrupção, em 16 de agosto,
em Brasília. E que corpanzil. Peso 100 quilos e tenho 15 metros de altura.
Imponente como sou, pude ver de cima a enxurrada de camisas amarelas que tomou
a Esplanada dos Ministérios. Fiquei entre emocionado e atônito com a ovação que
recebi. Quem viu a cena sabe que não é exagero: parecia um gol da Seleção
Brasileira.
O REINO DO PIXULEKO O boneco na Esplanada, no protesto do dia 16. Ele provocou resposta do
Instituto Lula (Foto: Ailton de Freitas/AgÍncia O Globo)
Nunca antes na história deste país um boneco se
tornou tão rapidamente símbolo de um protesto nacional. Virei meme, bombei,
quer glória maior? Fizeram montagens em que apareço ao lado de grandes
personalidades, como protagonista de momentos históricos, dentro de filmes e
desenhos animados clássicos. Houve quem criasse nas redes sociais páginas
batizadas de “Lula inflado”, só para me exaltar. Aproveito a ocasião para
esclarecer: “Lula inflado” foi como os manifestantes e a imprensa se referiram
a mim de início. Meu nome é Pixuleko, assim mesmo, com “k”, numa referência ao
apelido dado à propina no escândalo do petrolão. Só fui batizado oficialmente
na terça-feira da semana passada. Chegou a correr na internet um movimento para
a escolha do nome. Cogitaram também “Luleco”, mas desistiram. Soaria como nome
de brinquedo de criança.
Como quase todo mundo, fui concebido entre quatro paredes. Comecei a ganhar vida há dois meses, numa reunião da seccional de Maceió do Movimento Brasil, uma associação de cidadãos críticos do governo. Ali surgiu a ideia de fazer algo diferente na manifestação do dia 16 de agosto. No protesto anterior, essa mesma turma havia levado às ruas um bandeirão de 30 metros pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Precisavam de um novo apetrecho para surpreender. Um dos presentes àquele encontro revelou detalhes da minha origem. É sempre bom conhecer nossas raízes. Nasci com um único objetivo: jogar o ex-presidente Lula no caldeirão das ruas.
Sabe como é, filho bonito tem vários pais. Não se sabe ao certo quem foi o sábio que sugeriu fazer um boneco, mas o certo é que a aprovação se deu por unanimidade. A partir desse momento, tudo passou a ser altamente sigiloso. Minha gestação, que durou dois meses, foi envolta em mistério. Apenas seis pessoas sabiam detalhes do projeto. Esse grupo começou a buscar na internet uma fábrica que me moldasse. O primeiro orçamento feito quase levou a abortar a história: pediram R$ 96 mil. Depois de muita pesquisa, meus pais conseguiram alguém em São Paulo que se comprometeu a me criar por R$ 12 mil. Para bancar a despesa, o grupo fez uma vaquinha. O teor do texto de convocação era enigmático. Falava de uma “grande ação que não podia ser divulgada”. Quando atingiram R$ 6 mil, metade do valor total, veio o sinal verde. Se eu fosse um simples boneco de posto de gasolina, aquele tipo banal, certamente a missão seria mais fácil (e eu, provavelmente, ganharia o apelido de “Lava Jato”). Mas meus pais queriam que eu viesse ao mundo para fazer história.
Sou fruto de uma criação coletiva, daí que desisti de tentar descobrir o autor da ideia de me vestir com uniforme zebrado de presidiário, de número 13-171, e pôr uma bola de ferro em meus pés. Deve ter partido de algum publicitário do Movimento Brasil. Lá tem de tudo: profissionais liberais, estudantes, donas de casa, todos voluntários. O lugar onde fui parido também é um segredo difícil de desvendar. Não há delação premiada que dê jeito. Argumentam que é para preservá-lo de retaliações. Minha gestação foi tensa. Ninguém sabia exatamente que bicho ia dar até que o fabricante mandou minha foto todo inflado – inclusive o ego, é do meu DNA. Foi um alívio geral para a turma que me gerou ver seu devaneio se materializar. Se me perguntam se, naquele momento, eu imaginava aonde chegaria e o sucesso que viria a fazer, respondo: eu não sabia. Não sabia, não sabia de nada mesmo.
Como quase todo mundo, fui concebido entre quatro paredes. Comecei a ganhar vida há dois meses, numa reunião da seccional de Maceió do Movimento Brasil, uma associação de cidadãos críticos do governo. Ali surgiu a ideia de fazer algo diferente na manifestação do dia 16 de agosto. No protesto anterior, essa mesma turma havia levado às ruas um bandeirão de 30 metros pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Precisavam de um novo apetrecho para surpreender. Um dos presentes àquele encontro revelou detalhes da minha origem. É sempre bom conhecer nossas raízes. Nasci com um único objetivo: jogar o ex-presidente Lula no caldeirão das ruas.
Sabe como é, filho bonito tem vários pais. Não se sabe ao certo quem foi o sábio que sugeriu fazer um boneco, mas o certo é que a aprovação se deu por unanimidade. A partir desse momento, tudo passou a ser altamente sigiloso. Minha gestação, que durou dois meses, foi envolta em mistério. Apenas seis pessoas sabiam detalhes do projeto. Esse grupo começou a buscar na internet uma fábrica que me moldasse. O primeiro orçamento feito quase levou a abortar a história: pediram R$ 96 mil. Depois de muita pesquisa, meus pais conseguiram alguém em São Paulo que se comprometeu a me criar por R$ 12 mil. Para bancar a despesa, o grupo fez uma vaquinha. O teor do texto de convocação era enigmático. Falava de uma “grande ação que não podia ser divulgada”. Quando atingiram R$ 6 mil, metade do valor total, veio o sinal verde. Se eu fosse um simples boneco de posto de gasolina, aquele tipo banal, certamente a missão seria mais fácil (e eu, provavelmente, ganharia o apelido de “Lava Jato”). Mas meus pais queriam que eu viesse ao mundo para fazer história.
Sou fruto de uma criação coletiva, daí que desisti de tentar descobrir o autor da ideia de me vestir com uniforme zebrado de presidiário, de número 13-171, e pôr uma bola de ferro em meus pés. Deve ter partido de algum publicitário do Movimento Brasil. Lá tem de tudo: profissionais liberais, estudantes, donas de casa, todos voluntários. O lugar onde fui parido também é um segredo difícil de desvendar. Não há delação premiada que dê jeito. Argumentam que é para preservá-lo de retaliações. Minha gestação foi tensa. Ninguém sabia exatamente que bicho ia dar até que o fabricante mandou minha foto todo inflado – inclusive o ego, é do meu DNA. Foi um alívio geral para a turma que me gerou ver seu devaneio se materializar. Se me perguntam se, naquele momento, eu imaginava aonde chegaria e o sucesso que viria a fazer, respondo: eu não sabia. Não sabia, não sabia de nada mesmo.
PASSEATA Protesto no dia 16. Em São Paulo, houve críticas a Lula na marcha anti-PT
e um ato em defesa dele (Foto: Tiago M. Chiaravalloti/Frame)
Tem uma máxima que diz “baiano não nasce, estreia”.
Foi assim comigo. Havia consenso que minha primeira aparição tinha de ser
apoteótica. A escolha recaiu sobre um palco nobre: a capital da República. Foi
preciso uma intrincada logística para que eu viajasse de São Paulo a Brasília.
Acomodado num pacote de 1,5 metro por 1 metro, embarquei num caminhão de
transporte de carga e cheguei ao Distrito Federal quatro dias antes da grande
manifestação. Numa operação discreta, fui recebido por um grupo da União dos
Movimentos de Brasília. Fiquei hospedado, sem alarde, na casa do analista de
sistemas aposentado Ricardo Honorato, que não contou nada sobre o embrulho, nem
mesmo para a mulher.
A contagem regressiva até o domingo suscitou uma enorme ansiedade. Chegou-se a pensar em antecipar minha aparição para a véspera do grande dia, mas a proposta não vingou. Às 6 horas da manhã de domingo, fui levado no carro do Honorato ao ponto de concentração. Alugaram um gerador para acionar os dois propulsores de ar que carrego acoplados. Foi tenso. Assim que comecei a inflar, uma ventania rasgou a costura ao lado do meu pescoço. Corre daqui, corre de lá, recebi primeiros socorros, com uma fita adesiva larga o bastante para fazer o remendo. Àquela altura, os manifestantes se aproximavam, torcendo para que eu alcançasse as dimensões que o destino me reservou. Deu certo. Às 9h30, eu assomava na multidão, estimada em 25 mil pessoas pela Polícia Militar. Deu-se, então, a epifania. Fui solto das hastes que me fixavam ao chão e flutuei sobre a galera. Nunca esquecerei a consagração nos braços do povo.
A contagem regressiva até o domingo suscitou uma enorme ansiedade. Chegou-se a pensar em antecipar minha aparição para a véspera do grande dia, mas a proposta não vingou. Às 6 horas da manhã de domingo, fui levado no carro do Honorato ao ponto de concentração. Alugaram um gerador para acionar os dois propulsores de ar que carrego acoplados. Foi tenso. Assim que comecei a inflar, uma ventania rasgou a costura ao lado do meu pescoço. Corre daqui, corre de lá, recebi primeiros socorros, com uma fita adesiva larga o bastante para fazer o remendo. Àquela altura, os manifestantes se aproximavam, torcendo para que eu alcançasse as dimensões que o destino me reservou. Deu certo. Às 9h30, eu assomava na multidão, estimada em 25 mil pessoas pela Polícia Militar. Deu-se, então, a epifania. Fui solto das hastes que me fixavam ao chão e flutuei sobre a galera. Nunca esquecerei a consagração nos braços do povo.
Pediram meu comparecimento em outras cidades. Querem fazer de mim
bonequinhos e chaveiros
Virei astro, e um astro incômodo, como prova a
resposta soturna do Instituto Lula à provocação. Nos dias que se seguiram,
Honorato e o microempresário Alessandro Gusmão, dois de meus colaboradores,
receberam mais de 100 ligações solicitando meu comparecimento a outras cidades.
Choveram pedidos de autorização para me reproduzir em bonecos menores e
chaveiros. Honorato e Gusmão não colocaram obstáculo. Diante do sucesso, vão
encomendar um clone meu. Já vi que vida de astro não é mole. Dois dias após a
festa, embarquei num caminhão de volta para São Paulo, a fim de fazer no
pescoço uma cirurgia “plástica” (pegou?). Se convalescer a tempo, é bem
provável que apareça em algum ponto do país – quiçá na capital paulista. De
agora em diante, a exemplo dos grandes artistas, terei uma agenda lotada de
exibições pelo Brasil. Contarei também com um esquema especial de segurança,
pois tenho ciência de que passei a ser um indivíduo visado. Mas não vou
esconder de vocês, não: ser famoso é bom demais. - DO LILICARABINA
O piti do Edinho, o ministro tesoureiro.
Edinho Silva, ministro da Secom, foi o tesoureiro da campanha da Dilma
em 2014. E teve um piti quando Gilmar Mendes decidiu que as contas de
campanha da presidente devem ser investigadas, haja vista o número de
irregularidades: uso da máquina pública, uso de fornecedores
inexistentes, dinheiro do petrolão pagando despesas e mais outros
crimes. Edinho Silva diz que o Governo vai questionar a decisão de
Gilmar Mendes. Questionar o quê, cara pálida de medo? Vai proibir o TSE
de analisar as notas fiscais frias e as doações do petrolão tornadas
quentes, conforme inúmeras delações da Lava Jato já aceitas pelo STF?
Edinho diz que na democracia deve-se aceitar o resultado das urnas. Não,
ministro tesoureiro. Na democracia devemos seguir as leis e não usar
táticas criminosas para vencer eleições. Pode berrar, cabrito. Vai ser
investigado e se o Brasil for um país honesto as contas serão reprovadas
e a presidente vai perder o mandato. E você vai passar uma temporada em
Curitiba, que é o seu lugar, ao lado do Vaccari. - DO CELEAKS...
BUNDALELÊ GERAL E IRRESTRITO: A REPÚBLICA DOS PIXULECOS E DOS MACONHEIROS.
Vitima da "engenharia social" queimando um baseado de maconha. Cigarro comum, nem pensar. (Foto: Diário do Poder) |
O
Supremo Tribunal Federal, que já condenou às masmorras o cigarro comum,
decide agora se é crime manter um bocado de maconha para “consumo
próprio”. O primeiro voto, favorável à droga, pode indicar a tendência
de descriminalizar, garantindo judicialmente clientela para o
traficante. E fica combinado: neste País da piada pronta, será permitido
se drogar, mas segue proibido vender droga. E fumar cigarro comum.
No
debate sobre descriminalização, ignora-se convenientemente a palavra da
ciência: maconha é mais prejudicial à saúde que o cigarro.
Para os
“politicamente corretos”, essencial não é o mal à saúde, mas o
“direito” do viciado – negado com cara de nojo ao fumante de cigarro.
Alguns
dos defensores apaixonados da descriminalização querem só comprar seu
suprimento de drogas sem se preocupar com a polícia. Da Coluna do Cláudio Humberto/Diário do Poder
O ESTADO GERAL BUNDALELÊ
MEU COMENTÁRIO: Muito
bem Cláudio Humberto. É isso aí! Chega dessa militância antitabagista
cretina e idiota, quando se sabe que o cigarro comum, de tabaco, não
altera jamais o comportamento do usuário, não deixa o sujeito sob efeito
alucinógeno, doidão ou ainda preguiçoso e vadio. A maior desgraça da
humanidade são esses semoventes servos da "engenharia social" levada a
efeito principalmente por meio da mídia a promover a destruição dos
valores morais e da boa ética em favor da libertinagem, do consumo de
drogas alucionógenas, da imoralidade e da indecência geral e
irrestrita.
Não
há um dia sequer que a grande mídia não reverbere as ordens dos
'engenheiros sociais' decididos a "mudar o mundo". Esqueceram de
perguntar se as pessoas desejam mudar o mundo para esse estado bundalelê
onde impera a imoralidade de toda ordem, onde os marginais criminosos e
assassinos são abençoados; onde os terror islâmico degola centenas de
pessoas diariamente sem que haja um pingo de censura à essa insanidade
desvairada; onde a escalada delirante, que chega a ser "non sense",
desses tarados ideológicos que pregam um "outro mundo possível",
persevera na destruição dos mais caros valores que deram vida à
civilização ocidental. Valores esses vazados no Estado laico, no direito
racional e na liberdade individual. Os vagabundos das redações
relativizam tudo, até mesmo a adoção da sharia, a lei islâmica. Aliás, o
jornal bundalelê Folha de S. Paulo possui um blog dedicado a
relativizar o assassinato em massa de pessoas pelo tal "estado
islâmico". Baseados demais? Pode ser.
Os
principais difusores dessa praga, que começou a proibição do uso do
cigarro de tabaco dentro das aeronaves, depois no aeroporto e, depois,
no lado de fora debaixo das marquises, são os jornalistas. E eu digo
isso porque os conheço muito bem. Tenho mais de 40 anos de jornalismo.
E, como advogado que também sou, há mais de uma década resolvi fazer o
mestrado em Direito. Fui até o fim, conclui com a defesa da dissertação
que foi publicada em livro. E isso foi muito bom porque cheguei à
seguinte conclusão: dois ambientes em que existem mais idiotas, vadios,
diletantes, maconheiros e assemelhados, são as redações dos veículos de
mídia (onde trabalhei por quase duas décadas) e os cursos de
pós-gradução na área das ditas "Ciências Humanas". Tirante o curso de
Direito que é essencial, já que não se vislumbra nenhum tipo de
grupamento humano sem o Direito, o resto desses cursos dessas pretensas
"ciências" podem ser fechados já que não haverá nenhum prejuízo para a
sociedade. Pelo contrário, uma vez que constituem o locus por excelência
para a lavagem cerebral dos jovens.
Retomando
o caso da perseguição do cigarro de tabaco é bom notar que a
"engenharia social" serviu-se da execração desse hábito, exercido por
uma minoria, como teste comportamental para avançar depois na usurpação
de outros direitos individuais. Já pararam para pensar quanto do nosso
direito individual foi para o vinagre? Os vagabundos agora tentam
inclusive definir qual deve ser o cardápio dos comensais em casa ou nos
restaurantes. Já editaram a lei que proíbe o 'foie gras'. Isto é o
início de uma nova escalada de proibições que os boçais das redações
reverberarão 'ad nauseam'.
Esses cretinos todos
não me curvarão jamais! E espero que não ousem me admoestar pelo hábito
de fumar cigarros comuns. Quem fizer isso comigo jamais terá a minha
atenção. Passarei a ignorá-lo. Comentários aqui no blog condenando o
cigarro de tabaco e defendendo a maconha e drogas análogas, serão
deletados.
E, para concluir: no
momento em que o Brasil e os brasileiros são seviciados pelos ladravazes
do Foro de São Paulo ou a eles acumpliciados, é um troço surrealista
ver os Ministros do Supremo Tribunal Federal gastarem horas de discussão
para liberar o uso de um entorpecente.
O Estado Geral
Bundalelê chegou à Suprema Corte de Justiça! É a carnavalização do
Direito, a esculhambação geral e irrestrita, algo típico de uma
República dos Pixulecos. ALUIZIOAMORIM
sábado, 22 de agosto de 2015
"ENTRE MITOS E BANDIDOS"
Carlos José Marques
diretor editoria
IstoÉ
Aconteceu há poucos dias, sem reprimendas.
O líder da CUT, Vagner Freitas, tal qual um criminoso que não teme infringir a lei e que já invadiu prédios e repartições do Estado, enxergou o Palácio do Planalto como um bunker e dali, em uma cerimônia ao lado da maior autoridade da Nação, lançou suas ameaças.
O que fazer nessa situação?
Para um governo que alimenta com dinheiro público o movimento sindical em busca de apoio e solidariedade, omitir-se pareceu a melhor tática. Nada mais enganoso.
Perplexos, os brasileiros esperavam um repúdio veemente a tal comportamento. Desencantados, estão cada vez mais protestando. Por todos os estados. Em centenas de cidades. Por três vezes, no intervalo de cinco meses, tomaram às ruas. Passaram recados claros. E precisam ser ouvidos.
A imoralidade que campeia o Partido dos Trabalhadores, o Governo Dilma e o líder maior da patota petista, Lula, tem causado repulsa generalizada.
Um boneco inflável do ex-presidente vestido como presidiário pontificou como símbolo da desconstrução de um mito. Lula perdeu a primazia dos movimentos populares. Perdeu até a credibilidade do seu discurso do “nós contra eles”.
Quem são eles?
Perguntaria a esmagadora massa de desassistidos Brasil afora. Do alto de sua fortuna de ao menos R$ 27 milhões, obtida com palestras e consultorias regiamente pagas pelas mesmas empresas que ele combate em público e se beneficia nos acertos privados, Lula deixou para trás o figurino de retirante sindicalista.
Virou a elite que tanto critica. Viajando em jatinhos particulares, bebericando vinhos Romanée Conti, de US$ 6 mil a garrafa, e com ternos sempre das melhores grifes, o ex-presidente está mais para barão de cartola do que para metalúrgico sem eira nem beira.
Beneficiou-se fartamente da classe “A”.
Usou e abusou das regalias de quem ocupa um lugar de destaque no topo da hierarquia social. E agora, entre o discurso e a prática, não consegue mais vender a mensagem de combate aos privilégios.
Como ele, o dirigente da CUT, Vagner Freitas, também gosta de esbravejar contra a “burguesia”, mas não se furta de usar camisas francesas Lacoste e relógio Rolex quando toma o microfone para disparar seus impropérios.
Os mitos, as elites e os bandidos – no conceito difuso dessa turma – parecem ter distinções muito pouco claras. Variam ao sabor das circunstâncias e conveniências deles mesmos. Com um único fim: manter a boquinha.
22.Ago.15- DO R.DEMOCRATICA
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
O País do Carnaval assombra o mundo com o Movimento Pró-Corrupção
Nesta quinta-feira, 20 de agosto, o País do Carnaval surpreendeu o mundo com outra brasileirice assombrosa: o Movimento Pró-Corrupção, criado para apoiar a corrupção e a incompetência. Oficialmente, os atos organizados pelo PT, pela CUT, pelo MST e por outras entidades sustentadas por mesadas federais foram concebidos para “defender a democracia do golpe tramado pela oposição”. Conversa de 171, constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA.
Só cretinos fundamentais e portadores de miopia cafajeste conseguem enxergar golpistas nas multidões de democratas que clamam pelo despejo do bando que faz o que pode para liquidar o Brasil. O que a seita lulopetista quer é libertar os josés dirceus, prender juízes como Sérgio Moro, revogar a independência do Ministério Público, eternizar-se no poder e prolongar por tempo indeterminado a crise que Lula pariu e Dilma amamenta; fora o resto.
Se os moradores dos locais incluídos no mapa do cinismo tivessem gritado em coro “olha o camburão!”, as passeatas dos fora da lei acabariam sem ter começado. Como o segundo mandato da presidente que não diz coisa com coisa. DO AUGUSTO NUNES
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Dilma manda vender parte da Petrobras para cobrir rombo da corrupção.
25% DA PETROBRAS SERÁ VENDIDA. DILMA DA AVAL PARA A NEGOCIAÇÃO COM A
FINALIDADE DE COBRIR OS ROMBOS DA CORRUPÇÃO.
A
Petrobras quer vender US$ 15,1 bilhões em ativos até o final de 2016 para
ajudar a reduzir o montante de US$ 132 bilhões de dívida, a maior de qualquer
petroleira.
O Conselho da Petrobras
aprovou, com voto contrário de seu presidente, a venda de ao menos 25% da BR
Distribuidora, unidade de distribuição combustíveis da estatal, segundo ata de
reunião publicada na noite de segunda-feira (17). A venda é esperada para a
partir do final do ano e tem o Aval da Presidente da Republica.
A Petrobras quer vender US$ 15,1 bilhões em ativos até o
final de 2016 para ajudar a reduzir o montante de US$ 132 bilhões de dívida, a
maior de qualquer petroleira.
O Conselho aprovou em 8 de agosto o plano para buscar
aprovação da CVM para a venda, que pode ser ampliada para além de 25% com a
venda de lote suplementar e lote adicional, segundo a ata.
O presidente do
Conselho, Murilo Ferreira, e o conselheiro que representa os funcionários da
Petrobras, Deyvid Bacelar, votaram contra.
Ferreira foi
contra a venda alegando que decisões adicionais precisam ser tomadas, incluindo
a contratação de profissionais com experiência em vendas no varejo e a aprovação de um plano de
negócios para a BR Distribuidora, antes que qualquer venda possa ser formatada,
segundo a ata.
Bacelar
se opôs à proposta dizendo que as condições de mercado não são propícias para uma venda e que
a BR Distribuidora pode dar retornos melhores à Petrobras se o Conselho melhorar a
governança ou buscar parcerias em vez de abrir o capital da empresa.
A BR Distribuidora recentemente foi avaliada em cerca de US$
10 bilhões por analistas da UBS Securities.
*Via PensaBrasil.com -DO MARIOFORTES
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Governador de MT, Pedro Taques se filia ao PSDB
Pedro Taques (dir) acertou com Aécio Neves sua filiação ao PSDB
(Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
O senador Aécio Neves anuncia nesta terça-feira (18) a filiação do governador de Mato Grosso, Pedro Taques, ao PSDB.O governador deixou o PDT no início de agosto, insatisfeito com a proximidade do partido com o governo Dilma Rousseff. Apesar de ter rompido na Câmara, a sigla segue à frente do Ministério do Trabalho.
Na semana passada, o presidente do partido, Carlos Lupi, ficou de reavaliar a saída da base.
Na carta de desfiliação enviada ao PDT, Taques lembrou que “sempre demonstrou descontentamento com a direção da legenda pelo apoio ao governo”.
Com a filiação de Taques, o PSDB passa a comandar seis Estados do país.- DA FOLHA
Danilo Gentili, o "pretenso humorista", responde ao "Instituto" Lula
O Antagonista abre espaço para Danilo Gentili responder ao Instituto Lula:
"Um pretenso instituto publicou uma nota cobrando de mim (um pretenso comediante segundo eles) esclarecimentos a respeito de uma piadinha no twitter sobre um pretenso atentado a bomba na sede do "instituto" que teve como consequência gravíssima um furinho no portão. Mesmo sendo do conhecimento de todos que me seguem nas redes sociais que sou humorista e que, através dessas plataformas, utilizo exageros, nonsense e outros recursos sempre com a intenção de brincar, reforço que levar a sério o que eu escrevo lá é tão racional quanto tentar prender a Cássia Kiss (não a Leila) por ter matado a Beatriz Segall (não a Odete Roitman). Ou tão irracional quanto dizer que não existe uma meta, mas que, quando atingida a meta, essa meta será dobrada.Comediantes fazem P-I-A-D-A-S. E isso (ainda) não é crime.
Mas cabe uma reflexão: a dificuldade de alguns em compreender isso estaria diretamente relacionada ao declínio da educação no país? Afinal, o Brasil ocupa o 60º lugar entre 76 países listados no ranking de educação, ficando atrás de Irã e Cazaquistão, e o pretenso governo responsável por tal índice adotou o slogan “Pátria Educadora” (atenção: essa piada não é minha). Sendo assim, não é de se espantar que a todo momento um humorista precise vir a público explicar que geralmente quando fala absurdos é com a intenção de brincar.
Só para ilustrar, outro dia mesmo, assisti a um pessoalzinho escandalizado com uma piadinha no twitter e, logo depois, vi essas mesmas pessoas defendendo o Zé Dirceu como herói, apesar da comprovação de seus crimes. Tudo leva a crer que a péssima qualidade do ensino realmente comprometeu a capacidade cognitiva de alguns. Ou, então, teremos de admitir que vivemos em um ambiente extremamente hostil à liberdade de expressão. Que o diga Larry Rohter! Por essas e outras, não me assusta mais saber que vivemos em um tempo no qual uma twittada é vista como algo mais grave do que o roubo de dinheiro público, que afeta principalmente a população mais carente - a qual essas mesmas pessoas dizem defender.
Porém, o que me surpreendeu nessa história toda foi a grande importância atribuída a mim, um (pretenso) humorista por uma “instituição" como essa. E, se conseguirem coagir um humorista que declaradamente pede para não ser levado a sério, irão atrás de quem na sequência? Caso seja verdade que o pretenso instituto apresentou medida judicial, responderei em juízo o que me foi perguntado.Sabendo agora, no entanto, que entre todas as suas importantíssimas atividades o “instituto" também se dedica a pedir esclarecimentos públicos sobre assuntos de relevância nacional, como brincadeiras no twitter, aproveito a oportunidade neste espaço privilegiado, para pedir que ajudem também a responder a outras seis questões, certamente bem menos graves do que as minhas piadinhas:
1 - Conforme noticiado recentemente, um número de telefone desse pretenso instituto proporcionou uma ligação entre Lula e Alexandrino Alencar (preso na Lava Jato). Quando o Estadão pediu maiores esclarecimentos, negaram-se a dar. Poderiam esclarecer agora as relações de Lula com as empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato?
2- O “instituto" pode esclarecer se tem Zé Dirceu como herói nacional ou o considera um criminoso, tal qual reconheceu o Supremo Tribunal Federal?
3 - O pretenso instituto poderia ajudar a esclarecer o enriquecimento do filho do ex-presidente que lhe empresta o nome
4 - O pretenso instituto confirma o relatório do COAF (Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Fazenda), que considera a movimentação da empresa de Lula incompatível com seu faturamento?
5 - O pretenso instituto poderia pressionar os órgãos competentes para ajudar a esclarecer melhor o assassinato de Celso Daniel e pessoas que tiveram contato com ele? 6- Além de pedir esclarecimentos sobre piadinhas de twitter e lançar nota de repúdio contra um boneco gigante do Lula presidiário nas manifestações do último domingo, para que mais serve o “Instituto" Lula?
Agradecendo ao pretenso instituto que me proporcionou esse maravilhoso palanque, me despeço anunciando que quem quiser ler novas piadinhas pode me seguir no twitter @danilogentili."
Danilo Gentili
"Comediantes fazem P-I-A-D-A-S" DO O ANTAGONISTA
"Um pretenso instituto publicou uma nota cobrando de mim (um pretenso comediante segundo eles) esclarecimentos a respeito de uma piadinha no twitter sobre um pretenso atentado a bomba na sede do "instituto" que teve como consequência gravíssima um furinho no portão. Mesmo sendo do conhecimento de todos que me seguem nas redes sociais que sou humorista e que, através dessas plataformas, utilizo exageros, nonsense e outros recursos sempre com a intenção de brincar, reforço que levar a sério o que eu escrevo lá é tão racional quanto tentar prender a Cássia Kiss (não a Leila) por ter matado a Beatriz Segall (não a Odete Roitman). Ou tão irracional quanto dizer que não existe uma meta, mas que, quando atingida a meta, essa meta será dobrada.Comediantes fazem P-I-A-D-A-S. E isso (ainda) não é crime.
Mas cabe uma reflexão: a dificuldade de alguns em compreender isso estaria diretamente relacionada ao declínio da educação no país? Afinal, o Brasil ocupa o 60º lugar entre 76 países listados no ranking de educação, ficando atrás de Irã e Cazaquistão, e o pretenso governo responsável por tal índice adotou o slogan “Pátria Educadora” (atenção: essa piada não é minha). Sendo assim, não é de se espantar que a todo momento um humorista precise vir a público explicar que geralmente quando fala absurdos é com a intenção de brincar.
Só para ilustrar, outro dia mesmo, assisti a um pessoalzinho escandalizado com uma piadinha no twitter e, logo depois, vi essas mesmas pessoas defendendo o Zé Dirceu como herói, apesar da comprovação de seus crimes. Tudo leva a crer que a péssima qualidade do ensino realmente comprometeu a capacidade cognitiva de alguns. Ou, então, teremos de admitir que vivemos em um ambiente extremamente hostil à liberdade de expressão. Que o diga Larry Rohter! Por essas e outras, não me assusta mais saber que vivemos em um tempo no qual uma twittada é vista como algo mais grave do que o roubo de dinheiro público, que afeta principalmente a população mais carente - a qual essas mesmas pessoas dizem defender.
Porém, o que me surpreendeu nessa história toda foi a grande importância atribuída a mim, um (pretenso) humorista por uma “instituição" como essa. E, se conseguirem coagir um humorista que declaradamente pede para não ser levado a sério, irão atrás de quem na sequência? Caso seja verdade que o pretenso instituto apresentou medida judicial, responderei em juízo o que me foi perguntado.Sabendo agora, no entanto, que entre todas as suas importantíssimas atividades o “instituto" também se dedica a pedir esclarecimentos públicos sobre assuntos de relevância nacional, como brincadeiras no twitter, aproveito a oportunidade neste espaço privilegiado, para pedir que ajudem também a responder a outras seis questões, certamente bem menos graves do que as minhas piadinhas:
1 - Conforme noticiado recentemente, um número de telefone desse pretenso instituto proporcionou uma ligação entre Lula e Alexandrino Alencar (preso na Lava Jato). Quando o Estadão pediu maiores esclarecimentos, negaram-se a dar. Poderiam esclarecer agora as relações de Lula com as empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato?
2- O “instituto" pode esclarecer se tem Zé Dirceu como herói nacional ou o considera um criminoso, tal qual reconheceu o Supremo Tribunal Federal?
3 - O pretenso instituto poderia ajudar a esclarecer o enriquecimento do filho do ex-presidente que lhe empresta o nome
4 - O pretenso instituto confirma o relatório do COAF (Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Fazenda), que considera a movimentação da empresa de Lula incompatível com seu faturamento?
5 - O pretenso instituto poderia pressionar os órgãos competentes para ajudar a esclarecer melhor o assassinato de Celso Daniel e pessoas que tiveram contato com ele? 6- Além de pedir esclarecimentos sobre piadinhas de twitter e lançar nota de repúdio contra um boneco gigante do Lula presidiário nas manifestações do último domingo, para que mais serve o “Instituto" Lula?
Agradecendo ao pretenso instituto que me proporcionou esse maravilhoso palanque, me despeço anunciando que quem quiser ler novas piadinhas pode me seguir no twitter @danilogentili."
Danilo Gentili
"Comediantes fazem P-I-A-D-A-S" DO O ANTAGONISTA
Ministro da Justiça não tem moral para cobrar investigação sobre vazamento de informações de Lula
Órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda, o Coaf produziu um relatório que foi divulgado na mais recente edição da revista Veja, que também publicou a lista de clientes do petista e indicou que o faturamento da sua empresa que leva a as iniciais de seu nome chegou a R$ 27 milhões em 4 anos.
Ainda de acordo com a reportagem, do total, R$ 9,8 milhões teriam sido de empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato. A “L.I.L.S.” é a empresa que o ex-presidente usa para receber recursos de palestras, uma das atividades às quais se dedicou após deixar o Palácio do Planalto. Cardozo já tinha solicitado à PF para investigar também um suposto ataque à sede do Instituto Lula na semana retrasada.
O Coaf elaborou três relatórios que apontam movimentação atípica da empresa do petista e que foram remetidos para Ministério Público no Distrito Federal, Rio de Janeiro e Paraná.
Em junho, o juiz federal Sérgio Fernando Moro, responsável na primeira instância do Judiciário pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato, afirmou em despacho que o ex-presidente não estava sendo investigado, porém, conforme investigadores ouvidos pelo Estado, isso não significa que movimentações de sua empresa não tenham sido alvo de apurações.
A Polícia Federal gravou conversa entre Alexandrino de Salles Ramos Alencar, executivo da Odebrecht, e Lula, em junho, apenas quatro dias antes de o empresário ser preso.
Conforme relatório da PF, no diálogo, o ex-presidente afirma estar preocupado com “assuntos BNDES”. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é alvo de uma CPI que visa investigar a política de financiamentos a grandes empresas nos governos petistas.
O Instituto Lula se pronunciou sobre o vazamento: “Todas as palestras e atividades do ex-presidente foram legais com os impostos devidamente recolhidos”.
Face lenhosa
As leis vigentes no País devem ser cumpridas de forma implacável e sem qualquer privilégio a quem quer que seja, mas o governo do PT não tem moral para cobrar a abertura de investigação para apurar quebra de sigilo fiscal. Para quem não se recorda, Antonio Palocci Filho, ministro da Fazenda no governo Lula, ordenou a quebra do sigilo bancário de Francenildo Costa, o caseiro Nildo, que denunciou o esquema de corrupção que reinava em uma casa do Lago Sul, em Brasília, onde funcionava a chamada “República de Ribeirão Preto”.
Então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff autorizou o vazamento dos gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. A decisão, que fere a legislação brasileira, serviu para estocar o PSDB, que à época fazia pressão sobre o Palácio do Planalto no vácuo do Mensalão do PT.
Mais recentemente, na eleição presidencial de 2010, o PT quebrou o sigilo fiscal de José Serra e da filha e do genro do tucano, que na ocasião concorria ao Palácio do Planalto pelo PSDB. Naquele ano, José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça, era um dos coordenadores da campanha de Dilma, ao lado de Antonio Palocci e José Eduardo Dutra. O trio ficou conhecido como “Três Porquinhos”. (Danielle Cabral Távora com Ucho Haddad) - DO UCHO.INFO
Na mesma pizzaria: Caiado aplaudido e petista vaiado
No mesmo restaurante onde foi vaiado Alexandre Padilha, ex-ministro de Lula e Dilma e atualmente secretário de Haddad, o senador oposicionista Ronaldo Caiado (DEM/GO) foi aplaudido.
Kindle
Os tempos são mesmo outros. Confira trecho da nota de Murilo Ramos, no Expresso da Época:
“Ontem, depois da manifestação na Avenida Paulista, o senador goiano Ronaldo Caiado (DEM) deu um pulo numa pizzaria na região Oeste de São Paulo com a mulher e os filhos. Foi ovacionado. Alguns frequentadores do restaurante ainda disseram que Caiado os representava no Congresso Nacional. Diferentemente do publicado mais cedo, não foi no mesmo local onde o ex-ministro da Saúde e secretário de relações governamentais da prefeitura paulistana Alexandre Padilha foi hostilizado por um cliente.”
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