Na
atualidade a palavra impeachment tornou-se o veredito das multidões que
encheram as ruas do Brasil no histórico dia 16 de agosto. Foi o maior
julgamento popular de um presidente da República, no caso, da presidente
Dilma Rousseff.
O
movimento, como os dois anteriores foi espontâneo, consciente,
apartidário, ordeiro, pacífico, com objetivo claro e definido: Fora
Dilma. Fora Lula. Fora PT. Grandes faixas com a palavra impeachment
exibiram a tônica do “plebiscito”, pedindo a saída da governante que
quebrou o País e jogou a conta nas costas do povo depois de tê-lo
enganado nas eleições com mentiras.
Emblematicamente,
em Brasília, o gigantesco balão com a cara de Lula da Silva, vestido de
presidiário e com o número dos Irmãos Metralha no peito, indicava que o
presidente de fato já não passa de um Pixuleco das falcatruas.
Neste cenário soou falso o discurso do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, que do alto do seu pomposo e inútil cargo acusou o povo de intolerante e pediu otimismo. O ministro esqueceu que as pessoas costumam ir aos supermercados onde a realidade da inflação e da queda de renda é inequívoca.
Edinho Silva também mandou recado para a oposição, que nunca existiu, declarando numa linguagem lulesca: “Só esperamos que, quando os interesses são do País, que, em vez de ficarmos cultivando questões partidárias, a gente possa enxergar aquilo que é do interesse nacional”.
Neste cenário soou falso o discurso do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, que do alto do seu pomposo e inútil cargo acusou o povo de intolerante e pediu otimismo. O ministro esqueceu que as pessoas costumam ir aos supermercados onde a realidade da inflação e da queda de renda é inequívoca.
Edinho Silva também mandou recado para a oposição, que nunca existiu, declarando numa linguagem lulesca: “Só esperamos que, quando os interesses são do País, que, em vez de ficarmos cultivando questões partidárias, a gente possa enxergar aquilo que é do interesse nacional”.
Portanto,
o ministro pede aos outros o que nunca foi feito por seu partido, o PT
e, ao mesmo tempo, não tem noção de um fato básico: Não tem governo que
resiste quando a economia vai mal. Tampouco, Edinho Silva leu “O
Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, onde está escrito: “Os homens esquecem
mais facilmente a morte do pai do que a perda do patrimônio”. Mas ler,
ainda mais “O Príncipe”, seria pedir demais ao ministro.
Sobre
a oposição, que na linguagem petista significa PSDB, o PT pode ficar
sossegado. O ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, sempre foi o
maior defensor de Lula e do PT, no que foi seguido por seus
correligionários. Aguentou oito anos ouvindo “Fora FHC” e, depois de ter
entregado ao recém-eleito presidente Lula um governo sem inflação, seus
melhores quadros e políticas sociais que o PT imitou, ouviu por mais 12
anos indo para 13 que sua herança era maldita. E tem mais: em agosto de
1999, Lula da Silva disse: “Renúncia é um gesto de grandeza e FHC não
tem essa grandeza”. O pedido de renúncia depois pareceu pouco e o PT
passou também a encampar uma campanha pelo impeachment de Fernando
Henrique Cardoso. Naquela ocasião não era golpe.
Agora
foi dito que FHC unificou o PSDB em torno do pedido de renúncia da
Presidente. Um mimo dado a Rousseff, que jamais irá renunciar. E assim,
entre impeachment, novas eleições ou cassação de Rousseff, o PSDB
aceitou, por enquanto, que pedir a impossível renúncia da presidente é
melhor. E se Eduardo Cunha, a única oposição real pedir o impeachment,
os tucanos aprovam. Pelo menos é o que é dito agora. Se bem que os
tucanos já estão com a bandeja pronta para entregar a cabeça de Cunha
depois que o Procurador-geral, Rodrigo Janot, o denunciou.
Enquanto
isso, a classe dirigente petista conta com Renan Calheiros para salvar a
pele da presidente e, é claro, a sua própria, no tapetão institucional.
Também aumentam as performances da presidente diante de públicos
selecionados que a aplaudem. E não poderia faltar um contra-ataque dos
ditos movimentos sociais sustentados pelo governo e que foram realizados
dia 20 deste a favor de Rousseff e, paradoxalmente, contra o ajuste
fiscal e a Agenda Brasil.
Os “exércitos” de Stédile, Boulos e da CUT, com exceção de São Paulo onde houve mais gente, nas demais capitais não passaram de grupelhos do pixuleco. Mesmo porque, os manifestantes chapa-branca fazem parte dos 8% que apoiam Rousseff contra os 70,1% da população, uma quantidade descomunal de coxinhas, de conservadores da classe média de direita e, como disse Lula da Silva, de nazistas.
Os “exércitos” de Stédile, Boulos e da CUT, com exceção de São Paulo onde houve mais gente, nas demais capitais não passaram de grupelhos do pixuleco. Mesmo porque, os manifestantes chapa-branca fazem parte dos 8% que apoiam Rousseff contra os 70,1% da população, uma quantidade descomunal de coxinhas, de conservadores da classe média de direita e, como disse Lula da Silva, de nazistas.
O
PT, que também participou do impeachment do ex-presidente Collor, hoje
chama de golpistas os que querem se ver livre do pior governo
presidencial de nossa história. Isso lembra uma entrevista de Ulysses
Guimarães antes da queda de Collor.
Disse
o deputado, que a praça pública era maior que as ruas e que Collor não
era mais presidente. Teria este se tornado um fantasma, mas um fantasma
que provocava inflação, desemprego, queda da bolsa e que devia ser
exorcizado. O cidadão havia votado em Collor, mas acordara e estava nas
ruas. Na Câmara, se não votassem o impeachment seriam considerados
cúmplices.
Agora
não temos governo, mas um fantasma que provoca um cortejo de desgraças
para o País. Os cidadãos acordaram. É hora do Congresso relembrar que a
praça pública é maior que as urnas. Caso contrário, os parlamentares
serão cúmplices.DO HORACIOCB
Nenhum comentário:
Postar um comentário