Fraudar uma CPI é fraudar a vontade popular.
Fraudar uma CPI é fraudar a democracia.
Fraudar uma CPI é fraudar a República.
Fraudar uma CPI é atentar contra o estado de direito.
Fraudar uma CPI é cometer um crime para tentar esconder crimes antigos.
Fraudar uma CPI é fraudar a democracia.
Fraudar uma CPI é fraudar a República.
Fraudar uma CPI é atentar contra o estado de direito.
Fraudar uma CPI é cometer um crime para tentar esconder crimes antigos.
Infelizmente,
o governo e o PT fizeram tudo isso quando se organizaram para repassar
com antecedência aos depoentes da CPI da Petrobras as perguntas que
seriam feitas pelos senadores — perguntas, pasmem vocês!, que já vinham
com as respostas, com o gabarito, conforme demonstrou reportagem de capa
da VEJA desta semana. No comando da operação, políticos, altos
funcionários da Petrobras e servidores de pedigree. E Dilma Rousseff?
Nesta
segunda, a presidente diz não ter nada com isso e afirmou ser esse um
problema do Congresso. Não é, não! A chefe da nação estaria errada se
não estivesse apenas empregando a tática dos despiste. Só para lembrar: o
relator da CPI da Petrobras no Senado, José Pimentel (PT-CE), apelou a
Graça Foster, presidente da Petrobras, e ao petista José Eduardo Dutra,
diretor da estatal, para passar adiante as perguntas que seriam feitas a
depoentes da comissão — entre eles José Sérgio Gabrielli, Nestor
Cerveró e a própria Graça.
Estrelam
ainda a tramoia o senador Delcídio Amaral (PT-MS); Paulo Argenta,
assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais; Marcos
Rogério de Souza, assessor da liderança do governo no Senado; Carlos
Hetzel, assessor da liderança do PT na Casa; o chefe do escritório da
Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas; Leonan Calderado
Filho, que responde pelo departamento jurídico desse escritório e não
havia sido ainda identificado, e Bruno Ferreira, advogado da empresa.
Sim,
trata-se de pessoas da cúpula da estatal, indicadas por Dilma, e de
figuras do escalão superior do petismo. Mais: Argenta, peça-chave da
tramoia, é braço direito de Ricardo Berzoini, ministro das Relações
Institucionais, nomeado pela presidente com a tarefa de “controlar” o
caso Petrobras. Estamos vendo como.
Depois do
mensalão, essa é a mais grave agressão institucional praticada pelo
petismo contra o Poder Legislativo. As oposições devem entrar hoje com
representações na Comissão de Ética do Senado, na Comissão de Ética da
Presidência e na Procuradoria-Geral da República.
Dilma está
tentando ser a Valesca Popozuda do política, achando que pode dar um
“beijinho no ombro” e sair altiva pelo salão. Não pode! E os
funcionários que estão sob o seu comando e, comprovadamente — porque há a
prova — se envolveram numa fraude contra o Congresso? O que vai
acontecer com eles? Sem contar, é bom destacar, que uma CPI também tem
poderes de polícia. Estamos diante de um crime de estado.
E, para
arremate dos males, note-se: Dilma tentou dar nesta segunda o tal
“beijinho no ombro” numa visita que fez a uma Unidade Básica de Saúde em
Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, que recebeu
profissionais do Mais Médicos. Era agenda de candidata, não de
presidente, embora tudo tenha sido organizado com dinheiro público —
viagem a São Paulo, deslocamento de assessores, mobilização de
seguranças etc. Sem contar que a dita “presidenta” estava em horário de
expediente! E como a gente sabe que se tratava de campanha? Uma equipe
de João Santana, seu marqueteiro, estava presente para registrar tudo.
Acompanhava Dilma em sua campanha eleitoral com dinheiro público o
ministro da Saúde, Arthur Chioro. Ilegalidade praticada pela chefe.
Ilegalidade praticada pelo subordinado.
Eles acham que podem tudo. Até quando?
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