“Eu,
você, todo mundo e a torcida do Flamengo sabemos o que é ‘santinha do
pau oco’”, opina Neil Ferreira (Foto: Ernesto Rodrigues/Agência Estado)
Artigo de Neil pecador Ferreira, publicado no Jornal do Comércio, de São Paulo
Santa Marina Cheia de Graça, santinha do pau oco, os otários estão
convosco entre as duas mulheres, garantidos os votos pela tragédia,
amém.
Às duas mulheres, atiro uma das mais nocivas pragas judaicas: “—Que
cada uma engula a outra e que as duas se engasguem”. Tenho um livro, “As
Melhores Pragas Judaicas”, que é uma preciosidade.
Uma das Bruxas de Eastwick, ela disse que “o povo saberá” dissociá-la
do PT. É impossível dissociar tal figura do ninho paterno. O petismo é
incurável: uma vez petista, petista e pelo resto da vida.
A santinha do pau oco é petista de coração há mais de 30 anos e foi
Ministra do Lula da Çilva por 5 anos no auge do Mensalão. Não viu nada,
não escutou nada, não abriu o santo biquinho pra nada e fez de conta que
não havia o que houve e estava havendo.
Agora, quando seu correligionário Tião Viana despachou uma turma de
haitianos pra outros estados, como se fossem lixo humano, ela também não
viu nada, não escutou nada, e não abriu o santo biquinho. Não era com
ela.
Na eleição presidencial de 2010, teve absurdos e surpreendentes 20
milhões de votos e chegou em 3º lugar. No seu estado, seu reduto
eleitoral, perdeu para o Serra e para a Dilma. Os eleitores sabiam de
quem se tratava e deram-lhe a merecida surra.
Quando saiu do governo, escreveu uma carta ao Da Çilva, distribuída à
imprensa pra que todo mundo soubesse o que estava acontecendo.
A carta está esquecida; Santa Marina está mandando “recados ao
Mercado”, tentando acalmar as forças da Economia, do mesmo jeito com que
Da Çilva fez na famosa “Carta aos Brasileiros”.
Os barões do capital imediatamente acreditaram, porque queriam
acreditar; adotaram Da Çilva como seu amuleto, seu operário “in
residence”.
Fizeram alegres e refinadas sessões de charutos importados, talvez os famosos Cohibas cubanos, de 30 dólares cada.
Poucos anos depois, para comprovar que já era um deles, Da Çilva
disse a eles que “—Nunca os senhores ganharam tanto como no meu
governo”.
Ganharam mesmo, os balanços dos bancos explodiam de alegria. O nosso
operário, sabotado pela zelite segundo ele acusava, virou milionário.
Até a Lei de Responsabilidade Fiscal, que o PT foi à Justiça para
impedir sua votação e aprovação, a santinha deu a entender que
respeitaria. Ela quer enganar milhões de bobos na casca do ovo.
Marina aceitou oficialmente ser a candidata à Presidência da
República. Não sei se notaram que no velório de Eduardo Campos, o caixão
virou palanque.
Marina recebia os pêsames como a viúva política que era, no lugar da
viúva real, Renata, mãe dos 5 filhos do candidato que nos deixou
prematuramente e de imediato foi canonizado, até o seu petismo histórico
e a nomeação da sua mãe ao TCU foram esquecidos. No seu enterro houve
foguetório, onde já se viu.
Estava escrito na sua carta de “despedida” do PT e aqui vale o que
estava escrito: “—Saio da nossa casa, mas continuamos no mesmo bairro”
(sic).
Pra bom entendedor, um pingo é letra e ela fez uma declaração que não
deixa dúvida e então ela me vem e fala dessa “dissociação”. Nem eu nem
você somos otários, mas, como todo petista, ela quer é nos fazer de
trouxas.
Você está vendo que o meu voto é aberto: Aécio, Serra e Alckmin, não
tenho nada a esconder. Apenas quero repartir o que sei e as razões pelas
quais estou escrevendo essas recordações.
Se a Marina for para o 2º turno, sabemos que o PSDB tapa o nariz e
vai votar nela, para supostamente derrotar Da Çilva ao derrotar Dilma.
Puro engano.
Se Aécio for para o 2º turno, eu sei – tenho certeza — que Marina vai
descarregar na Dilma os votos que puder, dos que recebeu. Isso está
mais do que explicado naquela frase da carta de “despedida” que mandou
ao Da Çilva, “—(…) continuamos no mesmo bairro.”(sic).
O recente DataFalha, deu Marina com 21%, Aécio com 20% (como no outro
DataFalha) e Dilma, que caiu para 35% mas sua aprovação subiu 6%, vá a
gente entender. Num 2º turno, Marina venceria Dilma que venceria Aécio.
Mas estou com Carlinhos Sensitivo, que previu que Aécio ganha, apertado
mas ganha.
Quem está neste momento escolhendo a Marina, está pensando que ela é
ambientalista, que foi pé descalço que venceu a pobreza, que foi aliada
do Chico Mendes.
Pode ter sido tudo isso e mais ainda, e a admiro se realmente foi.
Mas quem foi, foi; como Eduardo Campos que infelizmente e tragicamente
se foi.
Eu, você, todo mundo e a torcida do Flamengo sabemos o que é
“santinha do pau oco”. Na minha cidadezinha, “santinha do pau oco” era a
menina sapequinha que aprontava muito além da conta; era o sonho de
consumo da meninada, mas que não perdia missa e comunhão aos domingos.
Fumava escondida do papai e da mamãe e chupava bala de hortelã pra
disfarçar o bafo do cigarro e nas brincadeiras dançantes bebia copinhos
de cerveja no toalete com outras amiguinhas, então ditas “da pá-virada”.
Eram as mais populares, os meninos viviam atrás delas; não perdiam
dança e iriam às matinês do cinema nos domingo com um bando de meninos
sentados atrás e dos lados dela; não enganavam ninguém, só o papai e a
mamãe.
Marina é um perigo para a democracia. Eleita, não entraremos numa Era
Evangélica. Continuaremos no petismo que cada vez mais se aproxima dos
70 anos do PRI mexicano. Ela precisa ser derrotada, tanto quanto a Dilma
e isso só depende de nós: Seu voto sua arma. Atire para matar.
Marina é Lula. No 2º turno, Marina é Dilma. Marina é o Ouro dos Tolos.
DO R.SETTI- REV VEJA