Vamos lá meninos e meninas, pombinhos e pombinhas, "bônus" e "regalos".
Decidi
abrir aqui um post com um texto de José Goldembrg. Físico renomado,
professor da USP, formador de opinião, enfim, alguém importante e com
capacidade plena de ver reverbnerada a sua opinião.
Mas o que desejo é mais.
Quero
a opinião do eleitor anônimo. Aquele que pode ter importância em sua
comunidade, na empresa que trabalha, no grupo que frequenta e que, mesmo
sendo importante em sua área, não desfruta da mídia para ver sua opnião
replicada em sites importantes de grandes jornais, nem blogs de
colunistas famosos e nem nas reportagens de rádio e TV.
Após o texto de Goldemberg, faço a pergunta para você.
PS.: Os comentários serão publicados no corpo do texto e não na área devida.
A experiência em vez da ideologia
José Goldemberg*
A
cidade de São Paulo é muito grande. Atender as exigências de uma
população de mais de 10 milhões de habitantes é uma tarefa complexa. É
preciso pensar na coleta de lixo, na construção de gigantescos túneis,
nas previdências a adotar para melhorar a qualidade do ar, entre tantas
outras coisas. Como escolher um prefeito que comande essas tarefas?
Talvez a história possa nos dar
algumas respostas. Ao longo dos anos, São Paulo teve prefeitos de todos
os tipos. Desde o talentoso engenheiro Prestes Maia até políticos sem
maiores qualificações, como administradores que usaram a prefeitura como
trampolim para a conquista de posições mais elevadas no cenário
nacional.
É claro que é natural que um bom
prefeito como Mario Covas tivesse a aspiração de se tornar governador,
como de fato ocorreu. Entretanto, enquanto o político for prefeito, é
importante que ele tenha como objetivo principal o sucesso na resolução
dos problemas da cidade.
O critério básico para a escolha
de prefeitos é, portanto, a demonstração de competência em seu trabalho.
Ou seja, visões abrangentes e ideológicas são importantes, mas numa
prefeitura o que é primordial é a capacidade fazer acontecer.
A história está cheia de exemplos
de líderes com grandes visões que fracassaram em torná-las realidade.
Outros tantos eram líderes medíocres e tiveram sucesso em fazer tais
visões avançarem.
Essa situação não é apenas paulistana. Ela parece
estar ocorrendo também nas eleições para presidente dos Estados Unidos,
que acontecerão em novembro.
Por um lado, o atual presidente
Barack Obama, democrata, consegue transmitir muito bem a sua visão sobre
um futuro melhor para o seu país e para o mundo, mas é criticado por
não conseguir converter em realidade tais intenções.
Por outro lado, seu opositor
republicano Mitt Romney se apresenta como um homem prático, que foi um
excelente governador do seu Estado, Massachusetts.
Estamos diante de uma situação parecida na escolha do próximo prefeito de São Paulo.
Por um lado, temos um candidato do
PT, Fernando Haddad, ex-ministro da Educação. Ele tem visões populistas
discutíveis, características do partido politico a que pertence, como
cotas raciais para as universidades federais (e presumivelmente outras
áreas). Seu partido sofre ainda com outros problemas, como o fato de
vários dos seus líderes estarem em julgamento no Supremo Tribunal
Federal.
Além disso, a gestão de Haddad no
Ministério de Educação deixou sérias dúvidas sobre a sua capacidade
administrativa. Isso foi exemplificado pelas dificuldades em realizar
até vestibulares para as universidades federais através do Enem -a USP
realiza provas de seleção assim há mais de 40 anos, sem qualquer
problema.
O outro candidato, José Serra, é
ex-prefeito, ex-ministro e ex-governador de São Paulo -tem ampla
experiência administrativa, com sucesso demonstrado em várias áreas. Um
grande exemplo foi a introdução de genéricos dos produtos farmacêuticos,
que trouxeram grandes benefícios para a população mais carente.
Na área ambiental, teve a coragem
de apoiar a introdução da Politica Estadual de Mudanças Climáticas e a
inspeção veicular para melhorar a qualidade do ar em São Paulo -que
Haddad propôs eliminar.
Na área de parques e espaços
públicos, sua administração teve o excelente secretario do Verde Eduardo
Jorge, prestigiado pelo prefeito Gilberto Kassab.
Não me parece, portanto, difícil
escolher em quem votar na eleição do próximo domingo: Serra que tem
melhores condições que Haddad para realizar o que se espera de um
prefeito da cidade de São Paulo.
(*) José Goldenberg é físico e professor, ex-reitor da
Universidade de São Paulo (USP) e ex-ministro da Educação. (Artigo
publicado originalmente na "Folha de S. Paulo")
Agora a pergunta é para você:
POR QUE VOTAR EM SERRA?
Data da adição: 26/10/2012 16:37
Comentário do autor: jayme l guedes
Texto do comentário: Manoel,
resposta curta e grossa. "Experiência em vez de ideologia" significa
escolha inteligente. Logo, não é coisa nossa. Tivesse meios faria uma
pesquisa entre os eleitores do Haddad indagando se voariam com um piloto
que jamais viu um avião de perto ou se deixariam operar de um câncer no
cérebro pelo açougueiro da esquina. Arrisco-me a dizer que a resposta
seria negativa para mais de 98% dos entrevistados. No entanto, é isso o
que estão fazendo na eleição. No brasuca eu não aposto nem R$1,99.
Data da adição: 26/10/2012 15:52
Comentário do autor: Marília
Texto do comentário: Votar em Serra significa votar no mais competente e que não ficará refém de partido corrupto.
DO GENTE DECENTE
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