quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Quanto mais Lewandowsky intriga e demora, mais sangram o PT e Lula

- Muitos jornalistas, advogados e políticos ligados à oposição, reclamam da demora do julgamento do Mensalão. Há demora, sim, como nunca aconteceu antes neste País, mas também nunca um julgamento colocou nos bancos dos réus tantos potentados da república - e com viés de condenações em massa. O editor não considera que a demora no julgamento é proposital e visa beneficiar os réus. É até possível que o ministro Ricardo Lewandowsky obtenha êxito nas suas já manjadas tentativas de beneficiar os réus petistas, sobretudo Zé Dirceu, procrastinando o quanto pode o julgamento, criando intrigas com o relator, sabotando o trabalho da Corte, mas a cada dia que passa, mais sangram o PT e Lula, o que é um benefício político sem precedentes, já que eles são expostos à execração pública todos os dias, algo fatal em período de campanha eleitoral, como demonstram as pesquisas. A seguir, leia uma análise dos novos incidentes produzidos ontem no STF pelo melífluo ministro Lewandowsky, o amigo in pectore de Lula e do PT.
* Clipping O Globo
O revisor heterodoxo
Graças à reação imediata do relator Joaquim Barbosa, não prosperou ontem a insinuação do revisor Ricardo Lewandowski de que o julgamento do mensalão estaria se desenrolando de uma maneira “pouco ortodoxa”.
Como se sabe, essa é a nova versão que os petistas ligados ao ex-ministro José Dirceu estão espalhando, já para justificar uma condenação que ele próprio parece estar aguardando, segundo reportagem da “Folha de S.Paulo”.
Ironicamente, foi o próprio Lewandowski que introduziu no julgamento prova hetedoroxa para justificar sua decisão de absolver a ré Geiza Dias dos Santos: uma entrevista recente do delegado Luís Flávio Zampronha, que presidiu o inquérito policial que resultou na Ação Penal 470.
Joaquim Barbosa irritou-se, chamando de “bizarra” a situação, afirmando que o delegado deveria ter sido “suspenso”. E o ministro Gilmar Mendes disse que existiam provas suficientes nos autos para formar convencimento “sem que seja preciso avocar ‘provas’ em entrevistas à imprensa”. Ambos classificaram de “heterodoxa” a posição do revisor.
Foi então que Lewandowski comentou que “este não é o julgamento mais ortodoxo já realizado nesta Corte”. O novo bate-boca teve origem, portanto, em uma provocação de Lewandowski, que, não recebendo apoio de qualquer dos membros do plenário, tratou de recuar e voltou aos seus longos votos, que ele insiste que está reduzindo.
DO POLIBIO BRAGA

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