Lula,
cujos faro e habilidade política são sempre exaltados, e com razão!,
tem cometido erros em série. O petismo os engole porque se criou o mito
de sua infalibilidade. A do papa já foi contestada faz tempo. A do
ApeDELTA, jamais! Mas cresce nos bastidores o bochicho de que ele anda
um tanto descolado da realidade e que começou a ser também um peso.
A sua
decisão de criar a CPI do Cachoeira com o propósito de pegar a oposição,
o Supremo, a Procuradoria-Geral da República e, claro!, a imprensa
nunca foi uma unanimidade no partido. Tampouco contou com o apoio
entusiasmado dos aliados. O próprio governo Dilma considerou, desde
sempre, que se tratava de uma turbulência inútil. Queria que tivessem
curso as investigações da Polícia Federal e a punição dos políticos
envolvidos com o esquema Cachoeira no âmbito do Congresso.
Mas Lula e
José Dirceu estavam com a faca nos dentes e sangue nos olhos. Daí os
vazamentos e, sobretudo, as mentiras em série plantados nos blogs sujos
para tentar comprometer o jornalismo independente, o procurador-geral da
República e ao menos um ministro do Supremo. Não se esqueçam de que as
acusações infundadas contra Gilmar Mendes passaram a frequentar a
esgotosfera.
Mas deu tudo
errado. O procurador não se intimidou. Um ministro chantageado teve o
descortino de comunicar a absurda abordagem de que foi objeto, e a
imprensa que não foi alugada pelas verbas oficiais continuou a fazer o
seu trabalho. Sim, em nove anos de governo, essa foi a vez em que se
assistiu à ação mais virulenta, mais agressiva, mais boçal contra o
jornalismo independente. E, a exemplo de outras vezes, deu tudo errado. A
imprensa que se preza segue fazendo o seu trabalho e não se intimida.
Lula já
deveria saber disso. Ele é cria da liberdade de imprensa, não o
contrário. Ela não existe para servi-lo, mas ele a ela, já que se trata
de um fundamento das democracias de direito.
Fim da linha para o golpismo lulista!
Texto publicado originalmente às 4h38
RE VEJA
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