Não
tenho bola de cristal e não sei, portanto, se o petista Fernando Haddad
será ou não eleito prefeito de São Paulo. Ninguém tem o direito de
duvidar se sua eleição seria do meu gosto. Como não recorro aos métodos
do JEG ou da BESTA, jamais apelo à mentira. Lido apenas com as verdades
que dizem respeito a Haddad — e a qualquer outro — e digo o que penso a
respeito.
Anteontem,
veio a público uma nova pesquisa eleitoral, desta vez do Ibope. O
petista aparece com 3% dos votos — e 12% de rejeição. Os petistas estão
enfrentando algumas dificuldades para fazer alianças. Haddad faz de tudo
para ser notícia. Uma de suas práticas consiste em ser judicioso sobre
programas da Prefeitura que estão em curso. Tem valido de tudo para
conseguir título em jornal. Vejam o que se lê agora no Estadão Online. Volto em seguida.
Por Daiene Cardoso:
O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, informou nesta sexta-feira, 11, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará disponível para entrar em sua campanha a partir da próxima terça-feira, 15. Nesta semana, Lula encontrou-se com Haddad e com o marqueteiro João Santana para pedir que eles produzam um cronograma de atividades conjuntas. “Ele nos deu autorização para que nós elaborássemos uma programação conjunta”, contou Haddad, durante visita à região da Casa Verde, na zona norte da Capital.
O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, informou nesta sexta-feira, 11, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará disponível para entrar em sua campanha a partir da próxima terça-feira, 15. Nesta semana, Lula encontrou-se com Haddad e com o marqueteiro João Santana para pedir que eles produzam um cronograma de atividades conjuntas. “Ele nos deu autorização para que nós elaborássemos uma programação conjunta”, contou Haddad, durante visita à região da Casa Verde, na zona norte da Capital.
Segundo
Haddad, Lula recebeu o aval da equipe médica responsável por seu
tratamento de combate a um câncer na laringe para que ampliasse sua
agenda de atividades. Além das atividades de campanha, Haddad afirmou
que Lula quer a sua presença também em eventos de sua agenda pessoal. “O
presidente terá algumas atividades e ele já pediu a minha presença”,
frisou.
O
pré-candidato petista confirmou que paralelamente às negociações do PT
municipal com partidos aliados do governo Dilma Rousseff, Lula se
dedicará nos próximos dias a fechar negociações com os diretórios
nacionais dessas legendas, dentre elas PSB, PCdoB e PR. “O presidente
vai manter conversações com os partidos e nós vamos falar com os
presidentes municipais desses partidos”, afirmou.
(…)
Voltei
Sabem o que mais me impressiona nesse rapaz — além da comprovada incompetência demonstrada no Ministério da Educação? Ele não tem a menor independência e faz questão de demonstrar isso. Seu grande ativo, ele é o primeiro a evidenciá-lo, é ter sido “eleito” por Lula. Vejam ali o que informa o Estadão. Qual é a notícia? Qual é o lead? Este: “Haddad informa que Lula entra na sua campanha na terça-feira”.
(…)
Voltei
Sabem o que mais me impressiona nesse rapaz — além da comprovada incompetência demonstrada no Ministério da Educação? Ele não tem a menor independência e faz questão de demonstrar isso. Seu grande ativo, ele é o primeiro a evidenciá-lo, é ter sido “eleito” por Lula. Vejam ali o que informa o Estadão. Qual é a notícia? Qual é o lead? Este: “Haddad informa que Lula entra na sua campanha na terça-feira”.
Não é impressionante?
Isso quer
dizer o que quer dizer: não tem apoio ainda no PT, não tem apoio do
eleitorado, não tem apoio de outros partidos. Tudo depende de Lula usar
seu prestígio e influência para mobilizar todos esses grupos. Parece
brincadeira. Se Lula não existisse, então, nem pudesse entrar na sua
campanha, não haveria candidatura. É um político que tem existência
apenas derivada.
Convenham: é
um troço patético! É isso o que alguns analistas isentos (mas petistas
de alma ou de serviço) chamam de “novidade” no processo eleitoral de São
Paulo, entenderam? A novidade consiste em haver um candidato ignorado
pelo grande eleitorado e até pelo eleitorado do próprio PT. A novidade é
haver um nome eleito por um homem só: o coronel Lula.
E Haddad não disfarça essa condição. Ainda que quisesse, que alternativa teria?
REV VEJA
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