O cabo Benevenuto Daciolo comandou a invasão do Quartel-General dos Bombeiros em 2011, e apoiou o movimento grevista baiano
Daciolo chegou a ir para a Bahia na época em que policiais e bombeiros cruzaram os braços e pegaram em armas para pedir aumento salarial. Em conversa interceptada pela Justiça, ele apareceu confabulando a greve fluminense com a deputada estadual Janira Rocha do PSOL. No diálogo, ela orientava Daciolo a estimular a greve baiana para dar impulso ao movimento do Rio.
O Boletim Interno do Corpo de Bombeiros do Rio informou que os 13 foram considerados “culpados por articulação em manifestações de caráter político-partidário, nas quais incitaram ostensivamente a tropa à prática de ilícitos de natureza disciplinar e penal militar, além da adoção de conduta incompatível com a missão de bombeiro-militar”. O secretário estadual de Defesa Civil e também Comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, dará detalhes da expulsão na manhã de terça-feira.
Rito sumário - O governo do estado do Rio tomou medidas drásticas desde o início do movimento dos policiais e bombeiros. Em 10 de fevereiro, dia seguinte à decretação da greve, 14 militares foram presos, e foi instituído rito sumário para o julgamento dos grevistas. O decreto 43.462 foi publicado em edição extraordinária do Diário Oficial, modificando o decreto 2.155, de 13 de outubro de 1978. O decreto regula o Conselho de Disciplina da PM e dos bombeiros do Rio – órgão que julga infrações administrativamente e tem poder de exonerar os servidores.
O decreto de 1978 instituía prazo de 30 dias para conclusão dos trabalhos do conselho. O texto publicado hoje reduz este prazo à metade: 15 dias. O prazo para originalmente estabelecido para a decisão era de 20 dias e caiu para 5. Foram encurtados os tempos de recurso e seus julgamentos, de 20 para 7 dias.
FONTE: REVISTA VEJA
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