segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A presença de Eleonora Menecucci no ministério ofende a dignidade humana

O governo petista já teve ministros favoráveis ao aborto. Um deles era José Gomes Temporão, da Saúde, que teve a delicadeza de fazer proselitismo em favor da prática quando o papa estava no Brasil. Também já teve Nilcéia Freire, na própria pasta das Mulheres. Ambos são médicos. Já entrevistei os dois e fiz a pergunta óbvia: como profissionais da saúde praticaram ou praticariam aborto? A resposta “não” e “não”. A Temporão, no programa Roda Viva, propus o paradoxo moral dos filhotes de tartaruga, devidamente protegidos por leis severíssimas. Ele não tinha resposta porque ninguém tem.
Não é só isso, não! Em 2010, uma página da Secretaria das Mulheres, ainda sob o comando de Nilcéia Freire, exaltava os deputados da bancada petista que mantiveram firme a sua posição em favor da descriminação do aborto. Reproduzo trecho:
“Reunido ontem (10/7), em Brasília, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) deliberou, na segunda reunião ordinária do novo pleno, sobre moção de aplauso e reconhecimento à posição favorável dos deputados federais José Genoíno (PT/SP), José Eduardo Cardoso (PT/SP), Eduardo Valverde (PT/RO), Regis de Oliveira (PSC-SP) e Paulo Rubens (PDT/PE) à retirada do Artigo 124 do Código Penal que criminaliza o aborto, durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados ocorrida na quarta-feira (9/7).
Aqui
Viram ali o nome que vai em destaque? É o atual ministro da Justiça. Muito bem! Haver ministros no governo favoráveis à descriminação do aborto é uma coisa — já detestável, segundo os meus valores. Haver, no entanto, uma senhora que se deslocou até a Colômbia para, SEM SER NEM MESMO MÉDICA, aprender a fazer aborto “por aspiração”, aí já estamos no terreno da abjeção. Mais: Eleonora Menicucci pertencia a uma ONG que defende o “faça você mesmo” nessa matéria. Sua entidade quer transformar o aborto numa prática quase doméstica, feita por não-médicos.
O post que publiquei nesta madrugada evidencia que o seu proselitismo agressivo em favor da causa não é recente. Dilma Rousseff não nomeou apenas uma abortista; nomeou também uma aborteira confessa, que se orgulha, como diz, de ser “avó do aborto”. Essas suas palavras asquerosas mereciam ser confrontadas com o produto de seus atos, para que a sua carniçaria moral pudesse ser devidamente retratada por sua carniçaria de fato.
A imprensa “progressista” há de ignorar os aspectos escabrosos da biografia desta mártir. E não faltará ainda quem a considere uma mulher muito corajosa. Eu considero que sua presença no ministério ofende a dignidade humana.
E só para encerrar: não me surpreende que uma de suas referências intelectuais, morais e existenciais seja Frei Betto, que teve o desplante, no passado, de lhe arrumar uma vaguinha justamente na Comissão de Direitos Humanos da Arquidiocese de João Pessoa. Anos depois ela saiu de lá para empunhar uma seringa e se especializar na aspiração de fetos.
Por Reinaldo Azevedo

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