quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

VAI PIORAR. Ainda falta estourar a "Bôia" do Pinguça.

 ANÁLISE ECONOMIA
PIB ainda vai sofrer mais com crise externa
Produção brasileira foi até agora mais afetada por medidas de contenção do gasto do governo e do crédito
A Europa viverá pelo menos uma recessão breve. Ainda não se sabe o tamanho da freada chinesa, mas ela começou
VINICIUS TORRES FREIRE - COLUNISTA DA FOLHA

A economia brasileira esfria desde o início do ano.
Esfriou tanto mais quanto mais Banco Central e governo tomaram medidas de contenção de crédito e de gasto.
O efeito de tais providências jamais é imediato, como se sabe. A julgar pelas estatísticas passadas, era previsível que tivessem maior impacto por volta de outubro.
Foi o que se viu -um pouco antes, decerto: o PIB não cresceu no terceiro trimestre.
A economia reagiu de modo normal ao freio imposto por juros mais altos (até agosto), restrições administrativas ao crédito (medidas "macroprudenciais") e pela contenção de gastos federais.
Vale lembrar que, até agosto, a Selic, o juro básico da economia, era 12,5% (está em 11% e deve cair a 9,5% no ano que vem). O gasto federal este ano deve crescer apenas a um terço do ritmo de 2010. Coisa rara, é possível que o aumento da despesa pública seja parecido com o do PIB.
Não houve, claro, um desastre. Nos últimos quatro trimestres, o PIB cresceu 3,7% (a média de crescimento do governo Lula foi de 4%).
Ainda assim, houve surpresas ruins, além do feio e previsível tombo industrial.
O consumo privado ("das famílias") sofreu uma queda rara neste trimestre. Nos anos PT, se vira tal coisa apenas na crise de 2003, num trimestre do fraco 2005 e nos meses seguintes à explosão de 2008.
Dependesse apenas da "demanda doméstica" (consumo privado, gastos do governo e despesas de investimento), o resultado do PIB seria ainda pior. Não o foi porque o Brasil teve superávit nas transações de bens e serviços com o exterior.
Como a crise mundial deve prejudicar o balanço externo do país, o resultado do PIB do último trimestre tende a ser fraco, o que deve frustrar a previsão oficial para 2011.
Para o ano fechar com crescimento de 3,2%, o desejo do governo, seria necessário um aumento de 1,6% do PIB no quarto trimestre. As estimativas mais certeiras giram em torno de 0,3%. Se for este o caso, o PIB do ano terá avançado apenas 2,8%.
CRISE EXTERNA
O grosso dos efeitos da baixa do crescimento mundial e o susto causado pela crise europeia ainda tendem a talhar ainda mais o crescimento brasileiro até meados de 2012.

Algum efeito "externo", difícil de medir, já houve. Pesquisas de confiança do empresariado e evidências anedóticas ("histórias") indicam que algum investimento foi adiado ou desacelerado, dada a incerteza provocada pela crise na eurozona.
Os efeitos financeiros fortes mais diretos desse tumulto, porém, começaram a ser sentidos apenas em outubro: crédito externo mais escasso e juros mais elevados.
Mas o tempo vai continuar ruim na economia mundial.
Na melhor das hipóteses, sem explosões financeiras, a Europa viverá ao menos uma recessão breve em 2012. Ainda não se sabe o tamanho da freada chinesa, que começou.
REAÇÃO BRASILEIRA
Desde agosto, o BC reduz a Selic. Mas seu efeito positivo tende a ser mais retardado que o negativo. Vai compensar os maus ventos da economia internacional? Quando?

Aparentemente, o governo vai retomar suas despesas de investimento diretas e por meio de estatais. No ano, o governo reduziu seu gasto "em obras" em quase 9%.
Mas essa retomada não é também imediata, nem desencadeia reações de pronto no restante da economia.
Em suma, parece difícil esperar reação firme da atividade econômica antes do meado de 2012, "tudo mais constante". Isto é, se a situação mundial não piorar além do até agora previsto.

 KARAKA: Mantega descobriu a economia de esgoto.

INCOMPETENTE!

Essa qualificação cai como luva no amateigado Ministro Da Fazenda da quadrilha.
Tenho quase certeza que o tesoureiro da lojinha de R$ 1.99 da terrorista era ele.
O amanteigado finalmente descobriu que o Brasil-Petista está em sentido de ladeira abaixo.

SEGUREM-SE PASSAGEIROS DO EXPRESSO PETISTA: A NAU DOS INCOMPETENTES ESTÁ À DERIVA.

Mantega: Brasil crescerá menos em 2011
Ministro da Fazenda comentou dados do PIB divulgados pelo IBGE, que mostram que o Brasil não cresceu no terceiro trimestre do ano. Segundo Mantega, crescimento baixo em 2011 não vai afetar a economia em 2012

REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA BRASIL

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu nesta terça-feira (6) que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil não chegará a 3,8% em 2011, como previa o governo. Mantega comentou o anúncio desta manhã do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, o PIB brasileiro não cresceu no terceiro trimestre do ano, se comparado com o trimestre anterior.
O IBGE também reviu, para baixo, as taxas de crescimento dos dois primeiros trimestres do ano. O crescimento do primeiro trimestre, que havia sido anunciado como 1,2%, foi rebaixado para 0,8%, e o do segundo trimestre passou der 0,8% para 0,7%. Com a mudança, o Brasil não deve alcançar um crescimento de 3,8% no ano, que era a expectativa do Planalto.
"Com esse resultado, é difícil que tenhamos um crescimento de 3,8% como vínhamos projetando", disse Mantega. "Mas esse resultado do PIB não muda as expectativas para 2012, quando teremos um crescimento maior. Vamos trabalhar para que haja um crescimento maior. O único instrumento que não mudará é a política fiscal", completou.
O ministro ressaltou que o governo tem o controle da situação e reiterou que o Brasil está em situação bem diferente dos outros países ante a crise econômica internacional. Segundo Mantega, enquanto os outros países têm uma série de dificuldades, como a queda no consumo interno, o Brasil pode enfrentar os problemas com instrumentos para estimular o crédito e o consumo, como os anunciados na semana passada.

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