quinta-feira, 30 de junho de 2011

Hacker violou mensagens de Dilma na campanha de 2010. Mandem o rapaz procurar Mercadante para arrumar um emprego. O ministro prometeu!

A caixa de e-mails da presidente Dilma Rousseff foi invadida por um hacker, que agora tenta vender informações. Abaixo, segue trecho de reportagem de Matheus Leitão e Rubens Valente na Folha de hoje. Muito bem! Aloizio Mercadante, hoje na Ciência e Tecnologia, parece ter certa dificuldade para distinguir o ilegal do legal. Já era assim quando senador. Na segunda-feira, numa entrevista, ele elogiou a competência desses rapazes, sugeriu que eles poderiam ajudar o governo e até propôs um hacker’s Day. O  autor da proeza, que tenta vender parte dos e-mails de Dilma, está desempregado. Com esse currículo, está pronto para ser assessor de Mercadante! Segue trecho da reportagem.
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Um hacker invadiu o correio eletrônico pessoal da presidente Dilma Rousseff e copiou e-mails que ela recebeu durante sua vitoriosa campanha à Presidência da República, no ano passado. O rapaz tentou vender os arquivos a políticos de dois partidos de oposição, o DEM e o PSDB, mas disse que não teve sucesso. A Folha encontrou-se com o hacker segunda-feira, num shopping de Taguatinga (DF), a 20 km de Brasília. Ele não quis se identificar. Disse que se chama “Douglas”, está desempregado, mora na cidade e tem 21 anos.
Ele afirmou que fez um ataque ao computador pessoal da então candidata em duas etapas e copiou cerca de 600 mensagens da sua caixa de entrada. Um dos e-mails que Dilma usava na época era do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha. Ele disse que primeiro invadiu o site do diretório nacional do PT na internet e se aproveitou de uma vulnerabilidade da página para copiar e-mails pessoais de petistas e outros dados. Depois, “Douglas” disse que despejou no computador de Dilma um programa capaz de armazenar tudo o que ela digitasse em sua máquina.
O hacker disse que decidiu vender as informações por estar “preocupado” com o nascimento do primeiro filho, previsto para breve. “Douglas” também pediu dinheiro à Folha em troca das mensagens. A Folha não paga pelas informações que publica e recusou a proposta. O rapaz foi com os repórteres a uma lan-house onde mostrou, de relance, o conteúdo de 30 e-mails armazenados num disco rígido externo. Ele não permitiu que a Folha fotografasse ou copiasse as mensagens.
A amostra que ele exibiu continha resultados de exames de saúde que Dilma teria feito em Porto Alegre (RS), instruções para a campanha eleitoral do segundo turno e uma agenda telefônica com dados de parentes e assessores da presidente. O pacote também incluía cópia do pedido feito pela Folha para ter acesso a arquivos de Dilma no Superior Tribunal Militar, mantidos em sigilo na época, depoimentos ligados ao escândalo que levou à queda da ex-ministra Erenice Guerra, comentários sobre acusações feitas contra Dilma pela ex-diretora da Receita Federal Lina Vieira, e mensagens de boa sorte na campanha.
A Presidência disse ter dificuldades para confirmar se os e-mails de fato foram extraídos ilegalmente do correio eletrônico de Dilma. Assessores que acompanhavam a presidente em 2010 foram acionados para tentar localizar as mensagens, mas o grupo não chegou a uma conclusão. “O que importa é que, verdadeiros ou falsos, esses e-mails são frutos de um ato criminoso”, declarou a ministra da Comunicação Social, Helena Chagas. Dois remetentes, no entanto, identificaram no lote de “Douglas” mensagens que realmente haviam enviado para Dilma em 2010. Aqui
Por Reinaldo Azevedo

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