Blog de Augusto Nunes
Depois de resolver que a obra mais importante de um presidente da República é eleger o sucessor, Lula dispensou-se de questões administrativas, abandonou o local de trabalho e passou seis meses fazendo um comício por dia. Ou dois.
De 1° de julho a 31 de dezembro de 2010, o palanqueiro ambulante acampou nas cercanias de quadras esportivas já em funcionamento, creches inacabadas e buracos de pedras fundamentais, para induzir a plateia a acreditar que contemplava mais uma etapa da construção do Brasil Maravilha.
Muito barulho por nada, avisa o balanço dos últimos seis meses do governo Lula. Além da eleição de Dilma Rousseff, não foi concluída nenhuma obra efetivamente importante. Administrativamente, foi um semestre perdido.
Tão perdido quanto o primeiro semestre do governo Dilma. Mãe do PAC e Madrinha do Pré-Sal, a candidata apresentou-se durante a campanha eleitoral como parteira do país mais que perfeito que Lula concebeu. Tinha tanta intimidade com a máquina administrativa que os retoques finais no Brasil Maravilha começariam já no dia da posse.
Pura tapeação. Passados seis meses, continuam nos palanques de 2010 as 500 Unidades de Pronto Atendimento, as 8 mil Unidades Básicas de Saúde, as 800 Praças do PAC, os 2.800 postos de polícia comunitária e as escolas de educação infantil, fora o resto.
DO B. MEU ARARIPE
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