Mas a previsão é de um rombo ainda maior no caixa público. Em troca de poder e cargos, porém também jogando para plateia, aliados ameaçam aprovar pelo menos dois projetos que podem custar R$ 50 bilhões. Os “medinhos” da burocracia econômica recaem sobre a Emenda 29 (que injetaria mais recursos para a saúde, ministério cujas compras são controladas pelo feudo do PMDB) e sobre a PEC 300 (que aumenta o piso salarial de policiais militares e bombeiros nos estados).
O governo petralha vive seu momento de grande perigo. Além do permanente toma-lá-dá-cá com a base “aliada”, que no fundo é mais inimiga que os oposicionistas, Dilma tem duas estacas enfiadas em seu peito político. Primeiro, a ainda imprevisível evolução do escândalo de Campinas (que envolve diretamente a cúpula petista, incluindo José Dirceu e até o ex Luiz Inácio Lula da Silva). Segundo, a evolução da tática (até agora bem sucedida) de abafar o caso Palocci (que continua operando os negócios petistas com o governo, por fora).
Se as operações abafa falharem – e surgirem novas denúncias em outros pontos críticos para o governo -, Dilma ficará completamente refém do PMDB, que tem o vice-Presidente da República Michel Temer pronto para tomar para si o governo, caso ocorra qualquer “emergência”. Ontem, Dilma comprovou que pouco adiantou nomear a amiga Ideli Salvatti para a coordenação política do governo. Ideli não tem condições de controlar a permanente ferocidade e gula da base aliada.
DO BLOG ALERTA TOTAL
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