sexta-feira, 27 de maio de 2011

A torre de marfim tem rachaduras

“O ministro Palocci está dando todas as explicações para os órgãos de controle, as explicações necessárias. Espero que esta seja uma questão que não seja politizada, como foi o caso do que aconteceu ontem, o caso lastimável, que é aquela questão da devolução dos impostos da empresa WTorre. Não se trata, de maneira alguma, de nenhuma manipulação. Lamento que um caso desse tipo esteja sendo politizado.” (Presidente Dilma Rousseff, sobre a restituição de quase R$ 10 milhões paga à WTorre, cliente da consultoria do hoje ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, em Brasília, 26/05/2011.)

A VERDADE
Lastimável é Rousseff mais uma vez tentar desviar o foco do que realmente interessa. Não há politização alguma nos pedidos de informação sobre o enriquecimento súbito, meteórico, vertiginoso, de Palocci, muito menos sobre a suspeita de que o ministro teria se valido dos contatos no governo do PT para aumentar seu patrimônio e obter benesses para os clientes de seus serviços como consultor.
No caso da WTorre, os sinais de tráfico de influência são, no mínimo, cada dia mais evidentes. Ontem, Palocci confirmou que recebia pagamento por trabalhos realizados com sucesso. No português da padaria, recebia quando atendia os interesses de quem o contratava. E recebeu bastante. Existem indícios, não desmentidos, que seu trabalho para a WTorre fez com que a empresa recebesse mais de R$ 9 milhões em restituição do imposto de renda pessoa jurídica logo após o primeiro turno das eleições do ano passado, e doado R$ 2 milhões para a campanha de Rousseff.
Em entrevista ao Jornal Nacional, Fernando Francischini, do PSDB, derrubou a defesa petista de que a restituição milionária foi feita por ordem judicial . A decisão judicial não determinava qualquer pagamento, mas sim que a Receita proferisse uma decisão de pagar ou não. “E ela decidiu pagar, em 44 dias, quase R$ 10 milhões. E esses R$ 10 milhões significaram 17% do total das 3 mil empresas que receberam restituição no mês de outubro, o mês eleitoral. Tem que ter uma bela consultoria por trás”, afirmou Francischini.
Rousseff ainda não mostrou a que veio na Presidência, mas aprendeu rapidinho a usar a tática petista de desinformar. Na defesa do indefensável, tentou transferir a culpa para quem denunciou mais um escândalo das hostes petistas, sem dar as respostas que o país espera sobre o caso do de seu ministro-caipira dos ovos de ouro.
DO BLOG GENTE QUE MENTE

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