sexta-feira, 27 de maio de 2011

Hora do PMDB assumir posições próprias, limpar a cara suja e livrar o país do PT.


O PMDB deu uma prova de força ao aprovar o Código Florestal na Câmara. Sim, porque o PMDB votou em peso a favor da medida. O mesmo não pode ser dito, por exemplo, do PSDB, que teve o boi corneta chamado Ricardo Trípoli(PSDB-SP) votando contra e um protegido de Aécio Neves (PSDB-MG), Rodrigo de Castro (PSDB-MG) que é secretário-geral do partido, se abstendo.

Em função disso, o PMDB foi desrespeitado e ofendido, como circula desde ontem à noite, de forma atravessada no Blog do Noblat, esclarecida pela cristalina coluna publicada hoje, por Dora Kramer, no Estadão. Um pato manco chamado Palocci, sem voto e sem moral devido as acusações que sofre, foi o interlocutor de uma presidente fraca, manipulada e mal informada, para fazer ameaças contra Michel Temer, o vice-presidente eleito e, portanto, parte do governo. Ameaças infantis e espalhafatosas de demitir todos os ministros peemedebistas, como se pudesse governar sem o partido.

O PMDB está tendo a chance de limpar a sua ficha. De recuperar a sua imagem. De voltar a ser respeitado como partido político e não mais como um antro de corrupção e fisiologismo, de deputados e senadores que se vendem por cargos, de parlamentares que fazem a política mais suja e nojenta do país, dando respaldo para esta quadrilha que se instalou no Brasil e que, sempre, o tempo inteiro, instala ladrões na posição mais poderosa do governo.

O PT não tem nem 20% da bancada da Câmara. O PT não tem nem 20% da bancada do Senado. O PT não é nada sem o PMDB e os demais partidos. A hora de confrontar o partido da trambicagem é agora. Agora ou nunca mais.

Abaixo, parte da coluna de Dora Kramer que enfoca a "fissura" entre o PMDB e o PT:

Conflitos entre PT e PMDB não são novidade e de certa forma fazem parte dessa aliança entre parceiros de naturezas tão diferentes. Colisões, portanto, são normais. Mas o entrevero entre o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e o vice-presidente da República, Michel Temer, na última terça-feira, ultrapassou o limite do habitual. Quando Palocci telefonou para Temer transmitindo o recado da presidente Dilma Rousseff de que os ministros do PMDB seriam todos demitidos se o partido insistisse em contrariá-la na votação, Temer confrontou. 

“Não precisa demitir, porque amanhã cedo mesmo todos entregarão os cargos”, disse o vice-presidente.

Palocci insistiu, referindo-se especificamente ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, indicação pessoal de Temer, o que foi interpretado pelo vice como ameaça. Disse isso ao ministro e terminou assim o telefonema. Palocci voltou a ligar desculpando-se, mas Michel Temer continuou perplexo. Com a rudeza da abordagem e também com o fato de ter sido tratado como subordinado de Palocci e não como o vice-presidente a quem deveria ser conferida a prerrogativa de falar diretamente com a presidente. 

A taxa de sucesso que salvou Palocci até agora passa a ser uma prova contra ele.

Com a insistência em declarar que recebia uma "taxa de sucesso", Antônio Palocci terá que revelar ao MP, que começa a investigar o seu súbito enriquecimento, qual foi o "sucesso" da sua consultoria prestada para dezena de clientes. Foi um empréstimo público obtido? Uma multa perdoada? A vitória em uma concorrência? Vejam o que os nossos leitores acham, na enquete ao lado.  E, especialmente, terá que explicar porque os pagamentos se concentraram em dois meses depois da eleição de Dilma Rousseff. A "taxa de sucesso" que era a saída para explicar o inexplicável terá que ser detalhada, mostrando quanto custou o "sucesso" para o cliente. Abaixo, matéria da Folha sobre as respostas de Palocci aos companheiros do partido do Mensalão e da trambicagem:

O ministro Antonio Palocci (Casa Civil) disse ontem, em almoço com senadores do PT, que sua empresa de consultoria recebia taxa de sucesso nos negócios de clientes que ajudasse a viabilizar. Palocci explicou que a Projeto tinha três nichos de atuação: palestras e seminários, análise econômica e de risco e, por fim, o aconselhamento em negócios como investimentos e fusões. Era nessa terceira modalidade que a empresa recebia taxa de sucesso.

Palocci disse que, quando a Comissão de Ética Pública o orientou a transformar a empresa de consultoria em administração imobiliária, encerrou contratos que estavam em andamento, o que levou ao pagamento de pro rata -percentual pelo serviço realizado até ali. Isso explicaria o aumento de faturamento no fim do ano eleitoral de 2010. O ministro, segundo participantes, foi enfático ao afirmar que não revelará os clientes para os quais trabalhou, ainda que isso traga "consequências". Disse que a divulgação dos nomes tornaria as empresas vulneráveis a perseguição política. O ministro afirmou ainda que nunca usou sua posição política para fazer lobby. Numa demonstração de que não pretende deixar o governo, disse que vai cuidar da nomeação dos cargos de segundo escalão.

Abaixa o dedinho, Dilma. MP abre investigação contra Palocci.

Ontem, Dilma Rousseff levantou aquele dedinho prepotente e externou toda a sua fúria com as acusações contra Antônio Palocci, o ministro mágico, o midas petista, aquele que tudo em que toca vira taxa de sucesso. Defendeu-o publicamente. Hoje, segundo a Folha de São Paulo, o MP começa a investigar Palocci. Pronto, caiu. É uma investigação que não dura mais de uma semana. É simples demais. Todo o povo brasileiro sabe o que verificar. Exatamente aquilo que Palocci se recusa a fornecer: os clientes, os motivos da consultoria, os motivos da taxa de sucesso e os valores cobrados.

O Ministério Público Federal abriu investigação para apurar se o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) enriqueceu ilicitamente. A Folha revelou que o ministro multiplicou seu patrimônio por 20 em quatro anos (2006-2010), período em que ele acumulou as funções de deputado e consultor. Palocci comprou um apartamento de R$ 6,6 milhões e um escritório de R$ 882 mil. No ano passado, a empresa do ministro, a Projeto, teve um faturamento bruto de R$ 20 milhões, mais da metade obtido após a eleição da presidente Dilma Rousseff, quando Palocci coordenava a transição do governo.

O foco da ação é apurar se a evolução patrimonial do ministro é compatível com os ganhos de sua empresa.
Caso contrário, Palocci pode responder por improbidade administrativa, o que significa "auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo" ocupado. O Ministério Público do Distrito Federal pediu ontem à Receita Federal cópia da declaração do Imposto de Renda da empresa. A Projeto terá que informar a relação de seus clientes e serviços prestados, como cópia de pareceres e registros de reuniões.A Receita e a empresa têm 15 dias para se manifestar.

Palocci tem se recusado a informar qual foi o faturamento da Projeto e quem são seus clientes. O ministro alega que os contratos têm cláusula de confidencialidade. O procurador da República José Rocha Júnior justifica a abertura da investigação dizendo que "não foram apresentados publicamente justificativas que permitam aferir a compatibilidade dos serviços prestados com os vultosos valores recebidos".

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, também pediu informações a Palocci para decidir se abre investigação contra o ministro na área criminal. O procurador avalia, por exemplo, se houve tráfico de influência. Até ontem, Palocci não havia enviado explicações à Procuradoria-Geral. Por ser ministro, Palocci tem foro privilegiado para responder ao Supremo Tribunal Federal na área criminal. Mas, pela lei, os procuradores de primeira instância (caso da Procuradoria do Distrito Federal) têm competência para investigar denúncias de improbidade, que se referem à área cível, mesmo que envolvam autoridades com foro privilegiado. A Lei de Improbidade Administrativa prevê sanções como a demissão e a suspensão de direitos políticos e a perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente. 
DO BLOG DO CEL

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