MENTIRA
“A inflação está sob controle e não vai escapar da meta.” (Ministro da Fazenda Guido Mantega, em Brasília, 02/12/2010.)“Não vou permitir que a inflação volte no Brasil. Não permitirei que a inflação, sob qualquer circunstância, volte”. (Presidente Dilma Rousseff, ao jornal Valor Econômico, 17/03/2011.)
“O governo não titubeará em adotar medidas para ter a inflação sob controle.” (Ministro da Fazenda Guido Mantega, em São Paulo. 24/04/2011.)
A VERDADE
Alguém precisa avisar Rousseff e Mantega que a inflação já voltou e ultrapassou, e muito, o centro da meta de 4,5% do governo do PT. As medidas anunciadas pela equipe de econômica de Rousseff, como a alta da taxa Selic e aumento e criação de impostos, não têm surtido efeito. O próprio presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, admite uma inflação em torno de 7% para 2011.
Enquanto isso, os brasileiros já descobriram, no bolso, que discursos não bastam. E que, na ausência de uma política econômica séria e eficiente, o fantasma da inflação já se materializou.
Na cidade de São Paulo, o IPC medido pela Fipe dobrou de março para abril. Puxado pela alta dos combustíveis, bateu em 0,70%, contra 0,35% em março e 0,39% em abril do ano passado.
Mas a alta de preços tem mais componentes e afeta toda a cadeia produtiva. Preços, aliás, determinados pelo governo do PT.
Reina no Brasil a insegurança energética. Além do encarecimento da gasolina, diesel e combustíveis – o que significa transporte mais caro –, pesa no custo da indústria e do comércio o preço da energia elétrica, mais cara que nos países ricos – 70% maior do que na França e o dobro do que pagam os norte-americanos.
Com custos maiores, vários setores já têm a competitividade comprometida, e por isso exportam menos do que poderiam. O preço da energia afasta também os investimentos. Analistas já veem o risco de que empresas optem por instalar suas plantas em outros países, onde a tarifa é mais barata.
Caos e carestia instalados, Rousseff agora promete desonerar a conta de luz. Conta aliás que só ficou mais cara por decisão do governo do ex, quando a presidente era ministra de Minas e Energia e mudou o método da incidência do PIS/Cofins, aumentando a cobrança de 3,65% para 9,25% no total da conta.
Mas dá mais para acreditar nas promessas de Rousseff. Os fatos mostram que enquanto ela diz uma coisa, acontece exatamente o contrário. Tome-se como exemplo o último aumento autorizado pelo governo do PT. As distribuidoras de eletricidade de vários estados pediram autorização para subir seus preços. O governo Rousseff não só atendeu a reivindicação, como, em muitos casos, autorizou aumentos maiores do que tinham pedido as próprias empresas.
No final, sobram apenas as promessas, que postergam para 2012 o controle dos preços e da inflação. Mas será que os brasileiros aguentam até lá?
DO B. GENTE QUE MENTE
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