segunda-feira, 11 de abril de 2011

A banalização dos símbolos


Prof.ª Aileda de Mattos Oliveira
(Membro da Academia Brasileira de Defesa)


O ministro da Defesa, num dos seus desastrados discursos, pretendeu que o passado seja esquecido, embora a reciprocidade não ocorra, pois sua colega de outra pasta deseja, como a Rainha de Copas, cortar as cabeças de quem não admite rezar pelas contas de seu rosário, na ladainha da tal Comissão punitiva.

Não há como esquecer o passado ao ver a senhora Rousseff em função presidencial, pondo em prática a arte da dissimulação em benefício de seus objetivos políticos, que não se modificaram, apesar do tempo. Há que se admitir, no entanto, que os seus artifícios de captação de simpatia pode ter surtido efeito a alguns, como ao Tríplice Comando. O ministro que deseja que se pense somente no futuro deve se sentir recompensado com o comportamento servil do trio que esqueceu o passado.

As notícias desagradáveis se sucedem e dão ciência de que os atos executados pelos que deveriam resguardar a aura dos símbolos de suas respectivas Instituições, a fim de estimularem a sua conquista com o respeito de quem os recebe, respondem, agora, pela perda do caráter místico que os envolvia, esvaziando-os de seu valor histórico e afetivo, pela banalidade de sua distribuição.
DO MOV.ORDEM.VIG.CONTRA CORRUPÇÃO

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