segunda-feira, 11 de abril de 2011

Militares fazem abaixo-assinado pedindo cancelamento de "Amor e Revolução"



Uma conclusão tendenciosa:  O novelista Tiago Santiago disse: "enfim, achei uma iniciativa despropositada, que interessa apenas aos criminosos, torturadores e assassinos, que violaram as Convenções de Genebra, nos chamados ’anos de chumbo’ da ditadura militar". Movcc/Gabriela

Da redação - uol.com
A novela "Amor e Revolução" vem rendendo na internet, apesar de a audiência ainda estar aquém do esperado na TV.

Desta vez, um portal militar resolveu fazer um abaixo-assinado contra a novela de Tiago Santiago, que aborda o período da ditadura militar no Brasil.

Os donos do site querem que a trama seja proibida de ir ao ar no SBT.
No texto, os autores dizem que "é óbvio que o governo federal através da comissão da verdade, recém criada, está participando do acordo em exibir a novela Amor e Revolução no SBT. Parece-nos que se trata de um acordo firmado com o empresário Silvio Santos, visando o saneamento do Banco Panamericano do próprio empresário. As forças armadas não devem permitir, dentro da legalidade, que tal novela seja exibida, pelos motivos óbvios abaixo declarados. Convém salientar que as forças armadas já se manifestaram negativamente a respeito da novela Amor e Revolução".

E completam: "sendo assim, o efetivo da forças armadas, tanto da ativa como inativos e pensionistas, vêm respeitosamente através desse abaixo assinado, como um instrumento democrático, solicitar do digno Ministério Público Federal, representado acima, providências em defesa da normalidade constitucional, vista o cumprimento da lei de anistia existente, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal. Nestes termos pede deferimento em caráter urgentíssimo".

Procurado pelo NaTelinha, o novelista Tiago Santiago falou sobre o protesto: "Achei despropositado, porque a novela é respeitosa com as Forças Armadas, mostrando herói militar e oficiais democratas, a favor da legalidade. Em diversos trechos da novela, há menções favoráveis a militares, evidenciando que nem todos participaram do golpe e da violenta repressão à oposição".

Santiago também comentou sobre a ideia de que a novela foi feita após o saneamento do banco Panamericano: "o argumento de que a novela teria qualquer coisa a ver com o saneamento do Banco Panamericano também não procede. A proposta partiu de mim para o SBT e não vice-versa. Comecei os trabalhos antes de saber que havia qualquer problema com o Banco e antes de saber também que a Dilma seria eleita presidente".

E concluiu: "enfim, achei uma iniciativa despropositada, que interessa apenas aos criminosos, torturadores e assassinos, que violaram as Convenções de Genebra, nos chamados ’anos de chumbo’ da ditadura militar".

A colaboradora de Tiago Santiago em "Amor e Revolução", Renata Dias Gomes, também falou com o NaTelinha. Ela comentou que "felizmente a ditadura e a censura acabaram e hoje a gente pode contar uma história sem medo. Ou deveria poder".
DO BLOG MOV.ORDEM VIG.CONTRA CORRUPÇÃO

Nenhum comentário:

Postar um comentário