terça-feira, 3 de julho de 2012

“Lula não tem caráter”, diz o sociólogo Chico Oliveira

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o professor emérito da USP e um dos fundadores do PT fala sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua união com o deputado federal Paulo Maluf nas eleições municipais de São Paulo. “Lula é muito mais esperto do que vocês pensam. O Lula não tem caráter, ele é um oportunista”. O sociólogo diz que Lula não liderou greves dos metalúrgicos. “Se ele quiser, que me processe. ”
Veja o trecho que o sociólogo fala de Lula:
DO OBSERVADOR POLITICO

É dever dos juízes fazer valer a Lei da Ficha Limpa, diz presidente do TSE


Cármen Lúcia informou que o Rio de Janeiro e outros quatro Estados pediram a presença do Exército para garantir a segurança dos juízes.
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia Rocha, afirmou que é dever dos juízes fazer valer a Lei da Ficha Limpa, que barra das eleições políticos que tenham sido condenados em segunda instância. A ministra destacou que a lei é resultado de uma iniciativa popular. "É preciso que nós, juízes, tenhamos uma conduta exatamente coerente com a demanda da sociedade", afirmou.
A ministra participou de encontro hoje com o presidente do TRE-RJ, desembargador Luiz Zveiter; juízes eleitorais; e chefes de cartório das 249 zonas eleitorais fluminenses, durante o Seminário de Direito Eleitoral, na sede do tribunal de Justiça, no centro do Rio.
A ministra afirmou ainda que o tribunal está se esforçando para que haja a presença de pelo menos um juiz em cada zona eleitoral e que a segurança de cada juiz esteja assegurada. Segundo ela, cinco Estados pediram a presença do exército em alguns municípios. Um deles é o Estado do Rio. Até o fim do mês, o TSE decidirá se aprovará ou não.
Nestas eleições, segundo a ministra, serão mais de 350 mil candidatos a prefeitos e vereadores. Cármen Lúcia destacou também o papel do cidadão ao defender e lutar pelos seus direitos. "As leis não fazem milagre. O que faz milagre é o cidadão quando exige a aplicação da lei", disse a ministra.
Durante seu discurso de 30 minutos para uma plateia lotada no auditório da escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, a ministra pediu que todos os presentes trabalhem com o rigor da lei durante estas eleições. "O TSE está 100% a disposição ao que for necessário", disse Cármen Lúcia.
DO CARA NOVA NO CONGRESSO

ELLES SÃO IDIOTAS.

Nada como um dia atrás do outro para que se possa descobrir o grau de idiotice que grassa livre, leve e solto pela cabeça dos pulhas que hoje comandam o falido MERCOSUL. Põe, no bolo também, a tal de UNASUL.
Um bando de cretinos babacas que acreditam que são mais espertos que todo mundo.
Expulsaram o Paraguai da confraria dos bandidos para por em seu lugar a Venezuela do seboso canceroso de Caracas.
O que fez o Paraguai?
Já está se acertando com USAMERICANU numa negociação de LIVRE COMÉRCIO.
Sabem o que isso significa para o tal de MERCOSUL?
UM CACHO DE BANANAS NAS FUÇAS DOS DESTRAMBELHADOS VAGABUNDOS e aí se inclui, a diplomacia de merda praticada pelo governo petralha.
Significa também um racha poderoso entre economias que, não demora muito, estarão pedindo esmolas AOSAMERICANU.
Essa gentalha é de uma imbecilidade de dar dó.
Agora estão todos preocupadinhos com as consequências, pois isso significa, à grosso modo, um rombo de proporções inimagináveis no casco do Titanic quase naufragado dos pôrra-loucas do Mercosul.
E aí Vovó Petralha?
Contentinha com a lambança que fez? 


 Não se assustem.

 Pensaram que a encrenca com o Paraguai pode causar um rombo espetacular só na relação comercial entre os pôrra-loucas?
Enganaram-se.
Existe no Paraguay um contigente militar americano que, por enquanto, é classificado como humanitário.
Foi a forma encontrada pelos USAMERICANU para vigiar de perto as estrepolias dos vagabundos do Mercosul.
Não se assustem senhores, se de repente, não mais que de repente, for criada uma base militar americana na terra dos "chicos".
É um velho sonho do império para se contrapor à dinheirama que rola da China em direção aos vagabundos e a influência dos PING-PONGs sobre o seboso de Caracas.
Me faz lembrar um velho e surrado dito popular:
QUEM RI POR ÚLTIMO, RI MELHOR.
Parabéns aos Paraguaios.

DO GENTE DECENTE

A Comissão da Verdade tropeçou num terrorista aposentado que acaba de se transformar em assassino confesso de um companheiro de luta contra a ditadura

                                        Por Augusto Nunes
Márcio Leite de Toledo tinha 19 anos quando foi enviado a Cuba pela Aliança Libertadora Nacional, para fazer um curso de guerrilha.
De volta ao Brasil em 1970, tinha 20 quando se tornou e um dos cinco integrantes da Coordenação Nacional da ALN, organização de extrema-esquerda fundada pelo terrorista Carlos Marighela.

O justiçamento do guerrilheiro Márcio Leite de Toledo
                      Márcio Leite de Toledo
Então com 19 anos, fazia parte do quinteto o militante comunista Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz, o “Clemente”.
Da mesma forma que o Paz da certidão de nascimento, o codinome contrastava com o temperamento e o prontuário de um devoto da violência.
Em outubro de 1970, durante uma reunião clandestina, os componentes da Coordenação Nacional debateram as circunstâncias do assassinato de Joaquim Câmara Ferreira, que havia 11 meses substituíra o chefe supremo Marighela, fuzilado numa rua de São Paulo por uma milícia liderada pelo delegado Sérgio Fleury.

Sob o argumento de que estavam percorrendo o caminho mais curto para a eliminação física dos engajados na luta armada, Márcio propôs aos demais dirigentes uma pausa na guerra desigual.
Não era a primeira vez que aquele companheiro desafinava do restante da direção, desconfiou Clemente.
Demorou duas horas para concluir que Márcio era um dissidente prestes a traí-los, entregar-se à polícia da ditadura e contar o muito que sabia.
Demorou dois dias para convencer o restante da cúpula a avalizar seu parecer.
Demorou um pouco mais para, com o endosso dos parceiros, montar o tribunal revolucionário, propor a pena capital e aprovar a sentença que, já com 20 anos, ajudou a executar numa rua de São Paulo.
Convocado para uma reunião de rotina do alto comando, Márcio foi para o encontro com a morte no fim da tarde de 23 de março de 1971.
Antes de sair do apartamento que lhe servia de esconderijo, o condenado que não tivera o direito de defender-se e sequer suspeitava da tocaia deixou um registro manuscrito: “Nada me impedirá de continuar combatendo”, prometeu-se.
Não imaginava que fora proibido de continuar vivendo.
Assim que chegou ao ponto combinado na região dos Jardins, foi abatido a tiros.
Alguns foram disparados por Clemente, acaba de admitir o terrorista aposentado ao jornalista Geneton Moraes Neto, que o entrevistou para o programa Dossiê, exibido pela Globo News neste 30 de junho.
O vídeo abaixo reproduz o trecho da entrevista em que o depoente se transforma oficialmente em assassino confesso. “Então nós fomos lá e cumprimos a tarefa”, diz Clemente depois de resumir a decisão do tribunal revolucionário composto por três juízes com pouco mais de 20 anos de idade.
“Cumprir a tarefa” é bem menos chocante que “executar um companheiro de luta contra a ditadura”.
Entrevistador competente, Geneton vai direto ao ponto: “Você participou diretamente da execução, então?”
Com a placidez de quem recita uma receita de bolo, Clemente enfim assume a autoria do crime. “Essa é uma informação que até hoje eu não dei”, avisa.
“E, na verdade verdadeira, eu não dei também porque ninguém teve essa atitude de chegar e me perguntar diretamente. Participei, sim, da ação. A tiros… a tiros…”
A expressão sem culpas e o olhar de quem não perde o sono por pouca coisa informam que, para o declarante, tirar ou não a vida de um ser humano é algo que merece tanta reflexão quanto ir à praia ou ficar na piscina do prédio.
Alguns integrantes da Comissão da Verdade dividem o universo que resolveram devassar em torturadores a serviço da ditadura e heróis da resistência.
Uns merecem o fogo do inferno, outros só merecem a gratidão do país (e desfrutar de uma Bolsa Ditadura de bom tamanho).
Em qual dessas categorias devem ser enquadrados Carlos Engênio Coelho Sarmento da Paz e Márcio Leite de Toledo?
O algoz pode alegar que a execução de um dissidente que também combatia a ditadura militar foi um acidente de percurso?

Essa espécie de homicídio foi engavetada pela anistia?
A família da vítima de um crime que o Estado não cometeu pode figurar na relação dos indenizados?
Como reparar a memória do jovem executado?
A Comissão da Verdade está convidada a oferecer respostas convincentes para tais interrogações.
Bem menos complicado é responder à pergunta feita por Clemente em novembro de 2008, quando voltei a tratar do episódio infame: “O que quer o jornalista Augusto Nunes quando publica um artigo como este?”.
Simples: quero deixar claro que não há nenhuma diferença entre o torturador que matou Vladimir Herzog e o terrorista que executou Márcio Leite de Toledo.
Um servindo à ditadura militar, outro perseguindo a ditadura comunista, ambos se tornaram assassinos sem direito ao perdão

 




DO R.DEMOCRATICA

segunda-feira, 2 de julho de 2012

VERGONHA ! A entrada da Venezuela, concretizada após a suspensão do Paraguai, foi tomada pela intervenção "decisiva" da presidente do Brasil, Dilma Rousseff


Cristina Kirchner (à esq.), presidente Dilma Rousseff e José Mujica, presidente do Uruguai, durante cúpula
Atualizado às 12h21.
O governo do Uruguai afirmou nesta segunda-feira que seu país não esteve de acordo com a forma como foi decidida a entrada da Venezuela no Mercosul na cúpula realizada na sexta-feira passada em Mendoza, na Argentina, e que não "foi dada a última palavra" sobre esse processo, que será revisado "judicialmente".
"Nada é definitivo", e "se todo mundo tivesse tido certeza, a Venezuela teria entrado na sexta-feira em Mendoza. Por alguma razão os países definiram o prazo até 31 de julho", afirmou o ministro das Relações Exteriores uruguaio, Luis Almagro.
Em uma entrevista à rádio uruguaia "El Espectador", Almagro revelou também que a entrada da Venezuela, concretizada após a suspensão do Paraguai, foi tomada pela intervenção "decisiva" da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, secundada pela da Argentina, Cristina Kirchner, na reunião de chefes de governo.
A decisão de apresentar o ingresso da Venezuela começou com "um pedido da presidente Dilma Rousseff e dessa reunião saiu o acordo. A iniciativa foi mais do Brasil, e o posicionamento brasileiro foi decisivo nessa história", disse Almagro. Leia mais aqui
DO MOVC

E quem salvou o Brasil? USAMERICANU.

Ora vejam que coisa.
O fiasco da balança comercial brasileira só não foi vexaminoso, por que USAMERICANU decidiram nos salvar.
Mesmo que estes vagabundos usem o MAIOR EXEMPLO DE DEMOCRACIA NOS DIAS ATUAIS, como bode expiatório de suas maluquices.
Eu já fiz um pacto com Deus. E Ele topou.
Eu só morro depois que for ao enterro do Bebum.
Assim que todos forem embora e deixarem para trás o buraco do defunto, vou lá, arreio as calças e dou uma bela barrigada na cara do filho de uma égua.
É minha fétida vingança contra essa corja de vagabundos que vivem metendo o malho nos gringos e defendendo safados da laia de Chaves e da Rainha do Botox de farmácia argentina.
É do pinguça a virtuosíssima frase que diz que "na venezuela do desgraçado moribundo de Caracas, tem democracia demais."
Quando este miserável baixar a sepultura, ele vai ver o que terá demais em cima de suas fuças.
Essa vem do Blog do Josias.
Crise traz luz amarela ao painel de exportações
Josias de Souza

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou os dados da balança comercial do mês de junho. Moída pela crise, a média diária das exportações brasileiras (US$ 967,7 milhões) caiu 14,2% na comparação com o mesmo mês de 2011. A soma diária das importações (US$ 927,4 milhões) teve crescimento médio diário de 1,1%.
Numa conta que inclui todo o mês de junho, as exportações do Brasil somaram US$ 19,354 bilhões. Menos que os US$ 23,689 bilhões anotados no mesmo mês do ano passado. Na comparação com maio, quando o país faturou com vendas no estrangeiro US$ 23,215 bilhões, a queda de junho foi de 8,3%.
Analisando-se todo o primeiro semestre, verifica-se que o Brasil obteve um superávit na balança comercial de US$ 7,073 bilhões. Vem a ser o pior resultado em dez anos. As exportações do país para os países da União Europeia, epicentro da crise financeira global, recuaram 7% em relação aos seis primeiros meses de 2011.
Caíram também as vendas para os países do Mercosul (-14,7%), para o Oriente Médio (-10,4%), e para os parceiros comerciais da américa Latina e Caribe (-4%). A coisa só não foi pior porque as exportações para os EUA subiram 16,5%.
Cresceram também as exportações para a Ásia. Coisa mixuruca, contudo: apenas 5%, graças ao freio de mão puxado pela China. Para a África, o Brasil exportou 4% a mais do que vendera no primeiro semestre de 2011.
DO GENTE DECENTE

Barbeiragem diplomática

Atuação desencontrada do Itamaraty no Paraguai coloca a cúpula da diplomacia brasileira em xeque.
O chanceler Antonio Patriota e o assessor internacional da Presi dência, Marco Aurélio Garcia, se desgastam no governo Claudio Dantas Sequeira e Michel Alecrim

IstoÉ
DESENCONTRO
Ação do chanceler Antonio Patriota durante a crise paraguaia foi questionada por setores do governo
A crise deflagrada pela queda do presidente Fernando Lugo extrapolou as fronteiras do Paraguai, ganhou contornos de conflito regional e ameaça se transformar numa grande dor de cabeça para o governo Dilma Rousseff. Não bastassem todos os questionamentos sobre um impeach-ment com ares de golpe branco, a ação atrapalhada do Itamaraty pôs o Brasil numa situação delicada com um vizinho estratégico e desgastou a cúpula da diplomacia. Setores do governo pressionam a presidenta Dilma Rousseff pela demissão do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Os grupos contrários à permanência de Patriota espalharam nos últimos dias que Dilma até já teria cogitado nomear uma mulher para o lugar do chanceler: a embaixadora Maria Luiza Viotti, chefe da missão do Brasil na ONU, em Nova York. O primeiro a ser atingido pela crise diplomática foi o embaixador aposentado Samuel Pinheiro Guimarães, obrigado a renunciar ao cargo de alto representante do Mercosul – uma espécie de chanceler do bloco regional. Foi ele um dos responsáveis por influenciar de forma equivocada o Palácio do Planalto a apoiar medidas drásticas de retaliação ao novo governo paraguaio, como a suspensão do País do Mercosul até as eleições de 2013. Embora a sanção política tenha sido respaldada por Dilma, a presidenta impediu que as punições se estendessem às relações econômicas e comerciais. A ideia de Samuel Guimarães era isolar totalmente o parceiro comercial. Esse radicalismo fragilizou ainda mais a situação de Guimarães e tornou inviável sua permanência no cargo. Oficialmente, o diplomata deu diferentes versões para a saída, falou primeiro em “falta de apoio” e depois em “motivos pessoais”.
Conhecido por suas posições favoráveis aos governos chamados de bolivarianos, Guimarães havia sido indicado para o posto por sugestão do ex-chanceler Celso Amorim, hoje ministro da Defesa, de quem é amigo e cossogro – a filha de um é casada com o filho do outro. Ele também teve o apoio do assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, com quem Dilma não andaria muito satisfeita, segundo assessores do Planalto. Garcia foi outro que propagou a tese de interdição do Paraguai tanto no Mercosul como na Unasul. Ele e Guimarães alimentaram também a ideia de aproveitar a suspensão do Paraguai para aprovar a entrada da Venezuela no Mercosul, uma tese controversa, sem base jurídica nos acordos regionais e desconsiderando o fato de que Assunção é depositária de todos os acordos do bloco.
As articulações atabalhoadas da cúpula da diplomacia irritaram a presidenta, que foi pega de surpresa com o anúncio do impeachment de Fernando Lugo durante a Rio+20. O embaixador brasileiro no Paraguai, Eduardo dos Santos, enviou, nos últimos seis meses, inúmeros informes alertando o Itamaraty do risco de deterioração da governabilidade no Paraguai, mas essas informações não sensibilizaram a cúpula. Nem Patriota nem Marco Aurélio Garcia acharam que o problema era sério. Pressionado por Dilma, o assessor internacional argumentou que já havia recebido 23 alertas de intenção de impeachment contra Lugo, desde sua posse em 2008. Em sua opinião, não havia razão para suspeitar que o último prosperaria. Garcia e Patriota sugeriram a Dilma atuar por meio da Unasul, para compartilhar a responsabilidade na crise. Até aí, tudo bem. O problema é que a missão de chanceleres sul-americanos que desembarcou em Assunção na sexta-feira 22, dia em que o Congresso iniciou o julgamento político, teve efeito inverso ao esperado.
Com medo de que a interferência de outros países acabasse por inviabilizar o impeachment, deputados e senadores paraguaios aceleraram o processo. Na quinta-feira 21, dia em que souberam da ida de representantes da Unasul para o País, os parlamentares paraguaios decidiram não acatar o pedido de Lugo de abrir um prazo de três dias para apresentar sua defesa. Ficou estipulado o prazo de 24 horas. Ou seja, a ação precipitou o julgamento de Lugo, que teve resultado acachapante: foram 39 votos a favor e apenas quatro contra sua saída. Entre a abertura do impeachment e a homologação da decisão do Congresso pela Suprema Corte decorreram 30 horas. O vice-presidente Federico Franco, do Partido Liberal, assumiu rapidamente com a justificativa de “evitar uma guerra civil”. Nas ruas, com exceção de pequenos grupos, não houve reação popular. Muito menos as Forças Armadas reagiram. Mesmo assim, Lugo se disse vítima de um “golpe de Estado parlamentar”.
EQUÍVOCO
Marco Aurélio Garcia (abaixo) argumentou que já havia recebido 23 alertas de intenção de impeachment contra Fernando Lugo (acima), desde 2008.
E não haveria razão para suspeitar que o último prosperaria
Golpe, propriamente, não houve. Mas a forma como se deu o processo indica uma ruptura democrática no país vizinho. Embora o julgamento político tenha observado as normas constitucionais, não há lei paraguaia que regulamente o tempo que o presidente teria para sua defesa. A própria peça de acusação deixa evidente que Lugo estava condenado de antemão, ao dizer que “todas as causas para o impeachment são de notoriedade pública, motivo pelo qual não precisam ser provadas, conforme o ordenamento jurídico vigente”.
A maneira como se deu o impeach-ment revelou também que Lugo se tornou um presidente solitário, sem o mínimo de apoio político. Ex-bispo de esquerda, adepto da Teologia da Libertação, Lugo alcançou o poder com o apoio popular ante o desgaste do tradicional Partido Colorado, que governou o país por quase cinco décadas. Mas sempre foi considerado um “outsider”, sem experiência política e apoio dentro do Congresso. Para governar, precisou fazer concessões, aliar-se ao direitista Partido Liberal, e negociar com os colorados. Em pouco mais de três anos de mandato, o agora ex-presidente decepcionou. A reforma agrária, sua grande bandeira de campanha, avançou timidamente. Pouco foi feito também em relação ao crime organizado, ao tráfico de drogas e de pessoas – questões que afetam diretamente o Brasil.
De acordo com setores do governo que pressionam pela saída de Patriota do cargo, a impaciência de Dilma com o ministro das Relações Exteriores não é de agora. Segundo essas fontes, desde abril, quando esteve nos Estados Unidos, a presidenta fez duras críticas à atuação de Patriota no governo. A presidenta evitou despachar com Patriota até a lista de laureados da comenda do Rio Branco, e desprestigiou a cerimônia. Já o problema de Marco Aurélio Garcia, para Dilma, é que ele falaria demais. Em março, ela o desautorizou publicamente depois que o assessor vazou que o Banco Central reduziria a taxa de juros. Na crise paraguaia, a presidenta mandou Garcia consertar suas declarações à imprensa e deixar claro que o impeachment de Lugo era um problema interno do Paraguai. Mas o estrago, mais uma vez, já estava feito.
“O Patriota fez o que deveria ter feito antes, quando viajou para o Paraguai. Talvez tenha ido tarde demais”, avalia o embaixador aposentado José Botafogo Gonçalves, vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). Além da reação lenta, Botafogo acha que a crise deveria ter sido discutida no âmbito do Mercosul, não da Unasul, organismo novo e ainda disperso. Essa ação permitiu a interferência dos bolivarianos Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia), fazendo coro com o discurso inflamado da presidenta argentina, Cristina Kirchner. Estrago feito, a estratégia de Dilma agora é tentar restringir a crise ao Mercosul. Ela também colocou em campo o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, que passou a falar com a imprensa e foi enviado como representante do governo à 13ª Cúpula Social do Mercosul, evento paralelo à cúpula presidencial do bloco, em Mendoza, na Argentina.
Foto: Eraldo Peres/AP Photo
DO R.DEMOCRATICA

Divulgação de vídeo de Cachoeira causa pânico no Congresso


A divulgação de apenas um vídeo do bicheiro Carlinhos Cachoeira ontem à noite gerou um clima de pânico entre parlamentares de vários partidos no Congresso Nacional
Por Gerson Camarotti
CPI do Cachoeira
A constatação é de que Cachoeira gravou e armazenou muitos vídeos de suas negociações com políticos. E que o surgimento de novas imagens pode complicar a situação de muitos caciques das principais legendas.
Parlamentares ouvidos hoje pelo Blog ressaltam que a metodologia de Cachoeira sempre foi de gravar as conversas com políticos e autoridades. Os vídeos eram usados depois para pressionar e chantagear os próprios políticos. Mesma estratégia usada por Durval Barbosa, no escândalo que ficou conhecido como “Mensalão do DEM”, e que derrubou o ex-governador José Roberto Arruda (DF).
A dúvida entre os parlamentares é saber o que está com a Polícia Federal e quais vídeos ainda estão em poder do grupo de Cachoeira. Os petistas estão especialmente preocupados porque temem que o vazamento desse lote de vídeos possa atingir políticos filiados ao partido.
Ontem à noite, reportagem do Fantástico da TV Globo mostrou um vídeo encontrado pela Polícia Federal no dia da Operação Monte Carlo, na casa do ex-cunhado de Carlinhos Cachoeira, em que o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT) negocia financiamento de campanha com o grupo de Cachoeira.
O vídeo é de 2004 e foi gravado durante a campanha que elegeu, pela primeira vez, o prefeito da capital do Tocantins.
Essa não é a primeira vez que políticos e autoridades são flagrados em negociações com Cachoeira. Recentemente, também foi divulgado um vídeo em que o deputado Rubens Otoni (PT-GO) acertava contribuição de campanha com o contraventor.
O primeiro escândalo do governo Lula surgiu de um vídeo em que o ex-assessor parlamentar do Palácio do Planalto, Waldomiro Diniz, aparecia pedindo propina ao bicheiro quando presidia a Loterj.
Outra autoridade atingida por Cachoeira foi o subprocurador da República, José Roberto Santoro, que deixou o cargo depois que foi divulgado um áudio de um depoimento prestado pelo contraventor em seu gabinete
02/07/12 
DO R.DEMOCRATICA

domingo, 1 de julho de 2012

Um vídeo hediondo: A PSICOPATA não sabe diferenciar princípios morais.




DO MOVCC

Vídeo mostra prefeito de Palmas negociando com Cachoeira


 
Vídeo foi encontrado pela Polícia Federal no dia da Operação Monte Carlo.
Material é de 2004 e foi gravado durante campanha que elegeu prefeito.
Do G1
com informações do Fantástico
Um vídeo encontrado pela Polícia Federal no dia da Operação Monte Carlo, na casa do ex-cunhado de Carlinhos Cachoeira e conseguido com exclusividade pelo Fantástico, mostra o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT) negociando com o grupo de Cachoeira. O vídeo é de 2004 e foi gravado durante a campanha que elegeu, pela primeira vez, o atual prefeito de Palmas, Raul Filho. Cachoeira e Raul entram na sala com assessores para uma reunião. Cachoeira está de camisa branca, de costas para a câmera. Raul Filho, por sua vez, está do lado direito do sofá, em frente a Cachoeira.
Raul Filho diz: "Viu Carlinhos, o que a gente busca é o seguinte. Nós temos um projeto político, um projeto de poder no Tocantins. Palmas é um estágio".
E Carlinhos Cachoeira, que parece interessado em participar do projeto, pergunta: "Mas Raul, o que você está precisando lá hein?". Depois, Cachoeira oferece ajuda para a campanha: "Você acha que um grande show seria bom pra você lá na reta final?". E ouve a resposta de Raul Filho: "Ah, com certeza".
Raul Filho e Cachoeira conversam por quase uma hora e o futuro prefeito fala sobre as oportunidades que poderiam ser exploradas pelo grupo de Cachoeira.
Raul Filho diz: "Lá é tudo na base mesmo da (...)". Uma pessoa não identificada completa a resposta: "truculência".
Em seguida, o futuro prefeito afirma: "Do arranjo sabe. Palmas tem uma série de oportunidades a serem exploradas, no campo imobiliário, transporte. Lá tem uma questão que nós vamos rever ela mesma, a concessão da água".
Ao final da reunião, Carlinhos Cachoeira deixa claro como vai ajudar e o que espera em troca. "Eu posso falar que dou uma posição para você no show. E tem como disponibilizar uma verba aí. Aí você vê com o Alexandre aí. Qual o nicho que a gente pode participar posteriormente".
Segundo a Polícia Federal, semanas depois, às vésperas da eleição, Cachoeira se reúne novamente com um suposto assessor de Raul Filho, identificado pelos investigadores como Silvio ou Ciro. E, desta vez, eles citam valores. Falam até em conseguir uma aposentadoria para o futuro prefeito.
"Comprometer esses 150 e o show com coisas palpáveis. Vai acontecer o seguinte, nós vamos tentar fazer isso, certo? Mas é o seguinte. Porque? Se eu puder ter uma aposentadoria e o Raul ter uma, tudo bem", diz o suposto assessor de Raul Filho.
A partir daí, a conversa passa a ser como levar os R$ 150 mil para Tocantins.
Cachoeira: "Você trabalha com cheque?".
Suposto assessor: "Cheque. Dinheiro não".
Cachoeira: "Você não pode passar com esse dinheiro... no raio-X, você vai de avião né?".
Suposto assessor: "Eu não mexo com dinheiro de jeito nenhum".
Cachoeira: "É pra pagar quem? É um só?".
Suposto assessor: "Lá é o seguinte. Sabe o que fazer: Eu passo pro Alexandre amanhã um fax assim de umas cinco contas pulverizadas, que não têm nada a ver com a campanha e pulveriza assim pequenininho. De pessoas que não têm nada a ver com campanha".
A prefeitura de Palmas afirmou que não conseguiu localizar Raul Filho para que ele comentasse a denúncia.

01/07/2012
DO R.DEMOCRATICA

Delta pagou R$ 93 milhões a sete empresas de fachada

Corrupção
Dados do Coaf publicados na edição de VEJA deste sábado mostram que as empresas receberam os valores por serviços nunca prestados.
Registradas em nomes de laranjas, todas são controladas pelo empresário Adir Assad - que Cavendish afirma atender a todas as grandes empreiteiras do país
Fachada da sede da Soterra Terraplanagem, em Santana do Parnaíba
(Fernando Cavalcanti)
A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz novos dados sobre as transações clandestinas da Delta Construções, do empresário Fernando Cavendish.
Um relatório recente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda que monitora transações financeiras suspeitas, mostra que sete empresas de fachada receberam, entre janeiro de 2010 e julho de 2011, 93 milhões de reais pagos pela Delta Construções.
Fernando Cavalcanti
O empresário Adir Assad: “Não procede”
Registradas no nome de laranjas, todas as sete empresas foram abertas nos anos eleitorais de 2008 e 2010 e são controladas por um personagem já conhecido, Adir Assad, um empresário de São Paulo que fez carreira no ramo do entretenimento.
No início de junho, ao revelar a primeira parte do laranjal da Delta, VEJA mostrou que outras empresas de Assad também registradas em nome de laranjas tinham recebido 50 milhões de reais da Delta.
Essa dinheirama não foi usada para abonar serviços de engenharia.
Ela saiu do caixa da Delta principalmente para pagar propina a servidores públicos e abastecer caixa dois de campanhas eleitorais.

Foi a partir da revelação do esquema de Assad que Cavendish começou a falar nos bastidores.
Conforme divulgado por VEJA há duas semanas, ele disse a um parlamentar – que repassou o recado a colegas de vários partidos, fermentando a blindagem em curso na CPI – que empresas de fachada eram usadas pela Delta e por outras grandes construtoras do país para girar a roda da corrupção. 
O empresário repete, desde então, que todas as grandes empreiteiras do país eram clientes da rede de Assad – e com o mesmo propósito de pagar propinas e borrifar campanhas eleitorais.
Esquadrinhar as relações da Delta com o laranjal é cada vez mais fundamental.

A CPI tem uma oportunidade ouro de desvendar, finalmente, as relações espúrias, e seculares, entre políticos e financiadores de campanha, prestando assim um grande serviço – esse sim real – ao país.
Fernando Cavalcanti
A casa onde estão sediadas duas das empresas fantasmas: 43 milhões de reais da Delta 
DO R.DEMOCRATICA

PCC deu a ordem para matar 6 PMs entre os dias 12 e 23

Grampos da inteligência estadual indicam que ação criminosa pretende desestabilizar a tropa e o comando da segurança pública
Bruno Paes Manso/ Marcelo Godoy
Notícia
A análise de interceptações telefônicas feitas pela inteligência policial nos últimos dias já permite às autoridades afirmar que a ordem para os seis assassinatos de policiais ocorridos entre os dias 12 e 23 de junho partiu de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Grampos detectando a ordem foram interceptados pelo Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e pela Divisão Antissequestro (DAS) do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Em uma dessas escutas, revelada na terça pelo Estado, há o diálogo entre um traficante da zona leste e um homem não identificado. O criminoso dizia: "Libera os meninos para sentar o pau nos polícia".
De acordo com as investigações, o objetivo das ações é desestabilizar a tropa policial e a cúpula da segurança em São Paulo. Nas investigações, não apareceram indícios de que a facção tenha ordenado os incêndios a ônibus, que somaram 11 nesta semana.
Conforme o Estado mostrou no sábado, 30, moradores do Capão Redondo, na zona sul, afirmaram que os ataques a transporte público eram uma reação à violência policial.
Um dos autores do atentado a um ônibus queimado no bairro usava a camisa com os dizeres: "si continua matando, nós continua queimando". Ao contrário do que ocorreu em 2006, quando policiais militares foram mortos durante o serviço, a estratégia desta vez é matar os policiais quando eles estão de folga ou trabalhando em bicos.
As Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) são apontadas como o principal inimigo.
Integrantes das Polícias Civil e Militar, que atuam nos territórios do crime organizado, seriam tolerados por firmarem "acordos" de convivência pacífica com os traficantes, inclusive de pagamento de propina.
Mas a ação violenta de policiais da Rota desfaz esse equilíbrio e por isso provocou a reação mais recente dos bandidos.
A frieza e o planejamento dos homicidas já haviam chamado a atenção dos PMs que testemunharam a morte dos colegas. No dia 12 de junho, o soldado Valdir Inocêncio dos Santos foi assassinado na frente do filho, de 21 anos, e do sobrinho, que observou o crime da fachada.
No Instituto Médico-Legal (IML), a legista retirou 29 balas calibre 380 de seu corpo. Santos morreu nos braços da mãe.
O soldado estava dormindo no sofá da sala quando uma Saveiro bateu lentamente no portão de sua casa. Ele foi ver o que era. O motorista do carro saiu na direção de uma escola. O policial foi atrás, pedindo ao motorista para parar. Foi quando cinco homens saíram de trás dos muros e começaram os disparos.
"Foi premeditada, assim como ocorreu nos outros assassinatos de policiais. Isso mostra a ação do crime organizado por trás dos crimes.
O soldado Valdir (Santos) era um policial exemplar. Quando reformou a casa, passou a ajudar a mulher a vender bijuteria para complementar a renda.
Deixou três filhos e uma família em cacos, traumatizada com o episódio",
diz o soldado Márcio Ramos, que trabalhou com Santos na Força Tática do 7.º Batalhão entre os anos de 1998 e 2002.

R$ 20 milhões. A análise da contabilidade de integrantes do PCC, apreendida há pelo menos três meses pela Polícia Civil, aponta que o faturamento mensal com comércio de drogas em São Paulo rende à cúpula da facção criminosa R$ 20 milhões.
Segundo a inteligência policial, o tráfico lava o dinheiro arrecadado principalmente em agências de automóveis, postos de gasolina e lotações.
O Paraguai é o principal fornecedor de maconha do PCC.
O plantio de maconha no país movimenta US$ 160 milhões. Investigações da Polícia Federal obtidas pelo Estado mostram que os membros do PCC no Paraguai se fixam principalmente nas cidades de Pedro Juan Caballero, Capitán Bado e Salto de Guaira, coincidentemente as cidades de reconhecida produção e travessia de drogas, principalmente maconha e cocaína.
A facção conta com grandes fornecedores nesses locais, situação que permitiu ao grupo entrar no atacado das drogas em São Paulo.
 30 de junho de 2012 
DO R.DEMOCRATICA