Aeronave caiu 6 minutos após decolar neste domingo com destino a Nairobi, no Quênia. As causas da queda do avião ainda são desconhecidas.
Um avião da Ethiopian Airlines, que voava da capital da Etiópia, Adis
Abeba, para Nairobi, no Quênia, caiu neste domingo (10) com 157 pessoas a
bordo. Segundo informações do CEO da empresa, Tewolde G Medhin, que foi
até o local da queda, não há sobreviventes. O avião levava 149
passageiros e 8 tripulantes.
Não havia brasileiros no voo, segundo autoridades da companhia. Em
conferência, três representantes da empresa listaram as nacionalidades
das pessoas que estavam no avião. O Brasil não está incluso.
Em entrevista coletiva, o ministro dos transportes do Quênia disse que havia pessoas de pelo menos 35 nacionalidades no avião.
Dados da rede Flightradar24 ADS-B mostraram que a velocidade vertical
da aeronave ficou instável depois da decolagem. As causas do acidente,
porém, ainda não desconhecidas. A possibilidade de se tratar de um
ataque terrorista chegou a ser cogitada, mas foi descartada pelas
autoridades em seguida.
Por meio de nota, a Ethiopian Airlines afirmou que o voo ET 302 caiu
perto da cidade de Bishoftu, 62 km a sudeste da capital Adis Abeba, seis
minutos após decolar. Ainda segundo a empresa, o avião era um Boeing
737-800 MAX, número de registro ET-AVJ.
O piloto tinha mais de 8 mil horas de voo, disseram autoridades da companhia em conferência de imprensa.
Queda de avião na Etiópia — Foto: Juliane Monteiro/G1
O que se sabe até agora:
- O avião perdeu contato 6 minutos após decolar
- A aeronave decolou às 8h44 (horário local)
- 157 pessoas estavam a bordo do avião, sendo 149 passageiros e 8 tripulantes
- Segundo a empresa, não há sobreviventes
- Passageiros de mais de 30 países estavam a bordo; Brasil não estaria incluso, segundo a companhia
Em entrevista à Globonews, o engenheiro aeronáutico Jorge Leal
Medeiros, professor da Poli/USP, apontou que "é muito cedo para dizer
qualquer coisa sobre a causa do acidente". "Pode ter acontecido alguma
falha no motor, não se sabe", disse ele, mas destacou que o aeroporto do
qual o avião decolou "fica numa região muito envolvida por montanhas".
No aeroporto de Nairóbi, no Quênia, muitos parentes de passageiros
estavam esperando no portão, sem informações das autoridades
aeroportuárias.
"Estamos apenas esperando pela minha mãe. Só estamos esperando que ela
tenha pegado um voo diferente ou esteja atrasada. Ela não está atendendo
o telefone", disse Wendy Otieno à agência de notícias Reuters,
segurando o telefone e chorando.
Robert Mutanda, de 46 anos, esperava que seu cunhado viesse do Canadá.
"Não, nós não vimos ninguém da companhia aérea ou do aeroporto", disse
ele também à Reuters, mais de três horas após a perda de contato com o
voo. "Ninguém nos disse nada, estamos apenas aqui esperando o melhor."
O escritório do primeiro-ministro etíope, Aby Ahmed enviou condolências aos familiares em mensagem postada no Twitter.
A companhia aérea informou ainda que "estão em curso as operações de
busca e socorro". A Ethiopian Airlines é uma das maiores transportadoras
do continente em tamanho de frota. No ano passado, transportou 10,6
milhões de passageiros. A Boeing, empresa que construiu o avião, disse
no Twitter que está "monitorando a situação de perto".
A aeronave 737 Max-8 é um modelo relativamente novo, lançado em 2016.
Foi adicionado à frota da Ethiopian Airlines no ano passado. Outro avião
do mesmo modelo esteve envolvido em um acidente 5 meses atrás, quando um avião da Lion Air caiu no mar próximo à Indonésia com 189 pessoas a bordo.
A Ethiopian Airlines tem voos para muitos destinos na África, o que a
torna uma empresa popular em um continente onde muitas companhias fazem
voos apenas de seus países para destinos fora da África.
Ela tem um boa reputação em relação à segurança, apesar de um de seus
aviões ter caído em 2010 no Mar Mediterrâneo logo após deixar da cidade
de Beirute, no Líbano. O incidente matou as 90 que estavam a bordo.
Por G1 *
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