PAZ AMOR E VIDA NA TERRA
" De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver crescer as injustiças,
De tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus, o homem chega
a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
[Ruy Barbosa]
quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Facebook bane Claudia Wild
por Claudia Wild 6 de dezembro de 2018
Eu, banida do Facebook por ter escrito textos que desagradaram
Não é novidade no Brasil que as redes sociais têm censurado
fortemente a maioria daqueles que não é alinhada com a pauta da esquerda
e da extrema-esquerda.
Como relatei dezenas de vezes, sofro, reiteradamente, uma abusiva,
implacável e espúria perseguição por parte do Facebook, que,
arbitrariamente, usa da censura para me alijar de sua rede social. Tenho
duas contas: uma principal, que tem quase sete anos (e mais de 38 mil
seguidores e amigos). E outra reserva, aberta em 2017 (com 21 mil
seguidores), já que tinha atingido o número máximo de amigos permitidos,
e fiz outra conta para interagir com pessoas que pediam para fazer
parte do rol das discussões.
De janeiro a dezembro de 2018, em minha conta principal, fui
bloqueada pela rede social nada mais do que 7 vezes. Bloqueios
notoriamente injustos, absurdos, por simples compartilhamentos de
opiniões, ou de vídeos que correm jornais e sites da internet. Ou seja,
assuntos praticamente “públicos”. A maioria dos bloqueios se deu por
alguma informação estrangeira. O último deles, no perfil principal (no
dia 2/12), se deu menos de 12 horas após o último bloqueio de 30 dias. O
motivo? Ter postado um vídeo que estava na página de um conhecido
blogueiro de fama internacional (vide foto). Bloqueio motivado por compartilhar vídeo público
Na página reserva, o bloqueio veio 6 horas depois. Mais uma vez, uma
alegação esdrúxula de violação de suas regras: ter copiado um tuíte de
uma deputada alemã, em que ela cobrava coerência de uma instituição
alemã que fazia uso de suas redes sociais usando idioma árabe – meu post
era de janeiro de 2017. O tuíte da deputada federal Beatrix von Storch
correu o mundo, e quase dois anos depois, o Facebook resolveu me punir
por divulgar “discurso de ódio” (vide foto). Bloqueio por mencionar um tuíte de uma deputada alemã
Sucessivos bloqueios e agora uma perseguição ainda pior: o Facebook
me baniu. Excluíram minhas duas contas, alegando que “eu finjo ser quem
não sou”. Tal medida, segundo o Facebook, se dá após “denúncia de
amigos”. Conforme requerido, remeti inúmeras vezes o documento
comprovando ser quem eu sou. A empresa, após averiguar, restabelece a
conta e, minutos depois, exclui novamente, sob o mesmo argumento:
“perfil falso”. O “método vencer pelo cansaço” pode se repetir, pasmem,
até 22 vezes por dia e para cada conta. Daí a conclusão: ou minha conta
foi hackeada ou existe algo obscuro dentro da empresa. O procedimento
descrito começou há semanas, e não me permite mais acesso às contas,
senão mais que cinco ou dez minutos, depois de comprovar – via documento
– e novamente serem excluídas. As duas contas eram sincronizadas e de
pleno conhecimento da empresa. Contas com centenas de textos da minha
lavra e que apenas judicialmente poderão ser recuperados. Tive minhas contas excluídas pela plataforma, em circunstancias suspeitas – sob alegação de perfil falso – mesmo após comprovado.
Em outubro de 2017, minutos após ser mais uma vez injustamente
bloqueada em uma de minhas contas, entrou em contato comigo um senhor
dizendo ser “funcionário do Facebook, fã dos meus textos e militância em
prol no Brasil, e que queria me dar umas dicas para não ser bloqueada”.
Achei o procedimento deveras suspeito e curioso, pois o “suposto
funcionário” entrava em contato comigo imediatamente após cada bloqueio.
Fato é: depois que Daniel Z. (não passarei seu nome completo, pois tudo
será levado aos tribunais pertinentes), um brasileiro que disse
trabalhar no escritório do Facebook em Berlim, me propor uma nova forma
de escrever e dar a minha opinião, a perseguição foi multiplicada por
mil. Na época, desconfiada da postura do indivíduo, apenas bloqueei seu
acesso às minhas páginas e mais nada. Não reportei o curioso e não
convencional ocorrido – absolutamente fora do padrão – ao Facebook.
Em conversa recente com o responsável pelas violações da liberdade de
expressão no meio virtual, Ailton Benedito, do Ministério Público
Federal de Goiás, relatando a perseguição e a censura sofrida, ficou
definido que os fatos aqui descritos serão objeto de averiguação por
meio do procedimento específico, pois trata-se de uma descarada censura,
esta vedada pela nossa Constituição Federal.
São muito estranhas a “coincidente aparição” de um “suposto”
funcionário da empresa, que me pedia silêncio a todo momento sobre sua
condição, pois, caso a empresa soubesse, “seria despedido”, e a
reiterada censura sofrida.
O evidente é que algo muito suspeito está acontecendo. Não é normal
um perfil ser “de repente”, após sete anos, deletado com a fundamento de
“falsidade ideológica”. Tenho inúmeros textos publicados em sites,
jornais e que correm outras redes sociais. O Facebook sabe perfeitamente
que não me passo por outra pessoa. Usando deste ardil, a empresa mostra
sua verdadeira face autoritária, e que perseguir e censurar faz parte
de sua política para aqueles que desafiam sua ideologia.
Em conversa com meu advogado, em breve, o aqui relatado estará na
justiça. Até lá, impera a censura inconstitucional, arbitrária e,
talvez, criminosa, posto que, pelo que sabemos, não é praxe de uma
empresa que se “orgulha” de suas políticas transparentes mandar um
funcionário pautar minha opinião e estilo literário. O que por si só já
merece uma averiguação em apartado, ainda que tal situação constitua
mero concurso inofensivo de fatos. “Notificações sobre as exclusões das contas”. Em menos de um mês, foram mais de 50.
Somente após os procedimentos investigatórios e judiciais, saberemos o
motivo de tantas denúncias. Muito embora o Facebook seja uma empresa
privada, com normas próprias, ele não está dispensado do cumprimento lei
ou da Constituição Federativa do Brasil. Deve, portanto, respeitar o
contrato que foi feito e, não simplesmente censurar quem não partilha de
sua sabida ideologia – que protege socialistas, e que tem mostrado
verdadeira obsessão pelo discurso único. Circunstância antidemocrática e
que merece todo o nosso repúdio, por configurar um tratamento abusivo,
um verdadeiro assédio moral feito pelo Facebook – empresa que já lucrou
muito com a visibilidade de minhas páginas pessoais. Notificação enviada para comunicar o uso de perfil falsoNotificação acerca do restabelecimento da conta, que era 15 minutos depois excluída segundo o argumento de sua falsidade.
Ademais, já estamos articulando para que na próxima legislatura haja
uma CPI das redes sociais. Farei questão de apresentar todo o meu
histórico de perseguição.
Tudo merece ser investigado. Hoje, é a minha liberdade de expressão, amanhã será a de todos vocês. Daniel Z diz que sabe a origem dos meus bloqueiosDaniel Z. pede sigilo sob “pena de perder o emprego“.
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