terça-feira, 14 de agosto de 2018

Lava Jato tem mais arsenal contra Lula e Dilma

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Enquanto a mídia se concentra na candidatura-fake de Lula (que será impedida pela simples aplicação da Lei da Ficha Limpa), a espinha dorsal do esquema de corrupção do PT sofre seu mais contundente ataque. Finalmente, a Lava Jato transformou em réu o poderoso Guido Mantega (ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras). Agora, as broncas se aproximam, perigosamente, da Presidenta impichada Dilma Roussef – que também presidiu o Conselho de Administração da Petrobras na Era Lula.
Foi a primeira vez que Mantega virou réu na Lava Jato. O juiz Sérgio Moro aceitou que ele seja processado por ter liderado o esquema para aprovação das Medidas Provisórias 470 e 472 que beneficiaram o grupo Odebrecht. Mantega é acusado de solicitar e usar uma propina de R$ 50 milhões – grande parte repassada aos marketeiros João Santana, Mônica Moura e André Santana. O dinheiro foi usado na campanha presidencial de 2014 – reelegendo Dilma Rousseff e seu vice Michel Temer, com Lula operando por trás...
O juiz Moro rejeitou a denúncia contra Antônio Palocci - ex-ministro da Fazenda (e também ex-conselheiro de administração da Petrobrás). Moro avaliou que Palocci participou dos fatos corruptos, porém foi Mantega quem liderou tudo. A denúncia contra Mantega tem base em provas fornecidas pela Odebrecht e Braskem. O pagamento da propina foi registrado nas planilhas do famoso “Departamento de Operações Estruturadas” da Odebrecht. Em suma, Mantega foi detonado por Marcelo Odebrecht e pelo casal baiano de marketeiros.
Agora que Mantega virou réu, fica escancarado o caminho para que a Força Tarefa da Lava Jato também apure, com profundidade, todas as evidências de crimes societários cometidos pela quadrilha petista. A corrupção montada para beneficiar o partido seqüestrou a Petrobras, causando prejuízos para milhares de investidores minoritários e milhões de pagadores de impostos no Brasil.
Aprofundar investigações sobre Mantega pode derrubar a tese da “vitimização da Petrobrás” – freqüentemente evocada por alguns membros da Força Tarefa da Lava Jato. A Petrobrás não é vítima. Na verdade, é algoz dela mesma para atender interesses diversos do objetivo social da companhia de economia mista. O dolo é tão explicito que a Petrobrás pagou US$ 2.950.000.000,00 (dois bilhões novecentos e cinquenta milhões de dólares) na Class Action perante a Corte de Nova York como devedora solidária de seus diretores, gerentes, conselheiros, incluindo bancos e corretoras.
Um fato é escandaloso: decorridos quatro anos e meio, desde o dia 20/03/2014 – data da prisão de Paulo Roberto Costa, nenhum conselheiro ou diretor da Petrobras foi processado pela companhia, embora tenham faltado flagrantemente com seu dever diligência como administradores da companhia. O que justifica tamanha omissão da suposta “vítima”? Desde 23 de setembro do ano passado, a Petrobrás enfrenta contra ela uma Ação de Arbitragem na B3 (a Bolsa de Valores)...
Resumindo: É inevitável que uma apuração série dos crimes societários indique que a Petrobrás foi, no mínimo, conivente com os autores do “seqüestro” da empresa. Assim, muita bronca ainda pode sobrar para o chefão Lula, Dilma Rousseff, José Dirceu, Guido Mantega, Antônio Palocci e muitos outros dirigentes e conselheiros indicados pelo PT e seus comparsas.
Com o indiciamento de Mantega, parece que a Lava Jato está apenas começando... A bronca também pode sobrar para dirigentes de órgãos de fiscalização (como a Comissão de Valores Mobiliários – CVM) e as empresas gigantes de auditoria que não flagraram tantos crimes evidentes contra uma empresa que já foi “orgulho nacional”...

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