quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Invulnerabilidade de Lula revelou-se uma fantasia



 
 
Desde que a Lava Jato chegou aos calcanhares de vidro de Lula, o PT cultiva a fantasia da invulnerabilidade do seu grande líder. O partido perdeu todas as apostas. Lula não seria denunciado. Foi. Nove vezes. As denúncias não virariam ação penal. Viraram. Por ora, meia dúzia. A Justiça não ousaria condenar Lula. Ousou. Na primeira e na segunda instância. Lula não será preso, eis a penúltima aposta que o PT está prestes a perder. Terminou nesta terça-feira o prazo para a defesa de Lula apresentar recurso contra a condenação do TRF-4.
O recurso se chama embargo de declaração. Não muda a sentença. Serve apenas para esclarecer pontos que a defesa considere obscuros na decisão dos desembargadores de Porto Alegre. A condenação de Lula a 12 anos e 1 mês de cadeia será mantida no TRF-4. É certo como o nascer do Sol a cada manhã.
O tribunal costuma levar menos de 40 para deliberar sobre esse tipo de recurso. Ou seja: até o final de março, o TRF-4 pode liberar Sergio Moro para expedir o mandado de prisão contra Lula. A defesa pressiona o STF para pautar o julgamento de um pedido de habeas corpus, cuja liminar já foi negada. Por ora, nada.
Inelegível e sem agenda, Lula aprisionou-se no discurso da perseguição. Nos próximos dias, vai retomar o velho hábito de fazer pose de vítima diante de plateias amigas, cada vez menores. A voz das ruas clamando por seu retorno revelou-se mais uma aposta errada do PT. Vem aí um espetáculo novo. Ele pode ser encenado atrás das grades.
Josias de Souza

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