Investigadores da Operação Lava Jato descobriram
a origem dos R$ 51 milhões localizados pela Polícia Federal em um
apartamento do ex-ministro Geddel Vieira Lima, no bairro da Graça, em
Salvador.
A suspeita é que a quantia encontrada no
“bunker” seja a soma de propinas oriundas do PMDB, da construtora
Odecrecht e do operador Lúcio Funaro, segundo informações divulgadas
pela TV Globo. A investigação aponta que há indícios do crime de lavagem
de dinheiro.
Fontes do dinheiro
As investigações apontam para quatro fontes do
dinheiro. A primeira foi confirmada pelo próprio operador de propinas do
PMDB, Lúcio Funaro, que afirmou em delação premiada ter repassado R$ 20
milhões para Geddel. Em seu depoimento, ele revelou que entregou o
dinheiro pessoalmente ao ex-ministro, no aerporto de Salvador.
A segunda fonte seria de desvios realizados por
políticos do PMDB investigados no inquérito conhecido como quadrilhão,
que investiga Geddel, o presidente Michel Temer e outros integrantes do
partido.
Já a quantia oriunda da Odebrecht foi confirmada
pelo ex-assessor Job Ribeiro, que trabalhava para o deputado
Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel. Ele afirmou ainda que pegou dinheiro
cerca de seis vezes, a mando de Lúcio, com uma pessoa chamada
Lúcia. Investigadores confirmaram que se trata de Maria Lúcia Tavares,
secretária da Odebrecht, que, em fevereiro deste ano, revelou a
existência de um departamento de propina dentro da construtora.
Parte do dinheiro também teria origem nas
remunerações de assessores, entre eles Job Ribeiro. Ele afirmou que
repassava mensalmente R$ 8 mil do que recebia para a família Vieira
Lima. Além dele, o motorista e uma secretária de Lúcio Vieira Lima
também devolviam parte de suas remunerações. O dinheiro ficava
guardado na casa da mãe de Geddel, que mora no mesmo prédio onde foram
achados os R$ 51 milhões.
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