Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Embora não
seja uma unanimidade entre cozinheiros, alguns acham que “panela velha é que
faz comida boa”. Fazendo um trocadilho infame, enquanto o Brasil tenta digerir
o que o Crime Institucionalizado produziu de pior no Rio de Janeiro, pode-se
garantir que a “Cadeia Velha” (a operação da Polícia Federal que prendeu a
quadrilha chefiada pela cúpula do legislativo do RJ) consagrou uma impunidade
nada boa, temperada por uma espécie de interpretação “suprema à cubana” da
Constituição vilã de 1988 - que as pessoas honestas não conseguiram engolir até
agora.
A libertação
dos deputados Jorge Picciani, Paulo Mello e Edson Albertassi – decidida por
seus pares da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – tem tudo
para ser revertida. Certamente, o Supremo Tribunal Federal será acionado, e
pode produzir mais uma polêmica interpretação. A tese que se desenha agora é
que a regra sobre prisão ou soltura de parlamentares só vale para a Câmara dos
Deputados e o Senado. A prerrogativa não pode beneficiar deputados estatuais ou
vereadores. Assim que for acionado, é isto que o STF tende a proclamar.
Demorou um
pouquinho e precisou que os deputados do esfrangalhado Estado do Rio de Janeiro
dessem o mau exemplo que gerou repercussão negativa, para que, finalmente, a cúpula
do Judiciário constatasse os efeitos desastrosos da suprema “interpretação” que
atribuiu ao Poder Legislativo a decisão final sobre medidas cautelares contra
parlamentares. Na onda da decisão que salvou Aécio Neves, assembléias legislativas
e câmaras de vereadores correram para mandar soltar ou reintegrar os mandatos
de seus corruptos parlamentares.
Aguardemos,
então, por uma nova “interpretação” suprema da Constituição que precisa ser
mudada e trocada por outra urgentemente. Enquanto o STF cozinha o galo,
seguimos no enxugamento de gelo contra a corrupção brasileira – que não vai
acabar tão cedo porque nossos bandidos sabem muito bem empregar o aparato legal
para manter a Ditadura do Crime Institucionalizado. Agüentemos, até quando der,
a indigesta impunidade.
Intervenção Bolsonaro
Do Jurista
Antônio José Ribas Paiva, um comentário certeiro sobre o presidenciável Jair
Bolsonaro:
“O Bolsonaro poderia usar sua liderança para conseguirmos a INTERVENÇÃO
INSTITUCIONAL. Mesmo se fosse eleito, que poderia ele fazer sozinho
contra o sistema político criminoso, que nos massacra? Nada!!! Ou intervimos e
afastamos o crime do Poder do Estado ou tudo continuará como sempre foi. Com ou
sem Bolsonaro”.
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