sexta-feira, 19 de maio de 2017

JBS teria operado R$ 7,9 milhões em propina com Temer desde 2010

BRASÍLIA  -  O conglomerado JBS operou R$ 7,9 milhões em propina com o presidente Michel Temer de 2010 até 2016, conforme relatou um dos sócios da empresa, Joesley Batista, em seu acordo de delação premiada.
Em anexo da delação obtido pelo site “O Antagonista”, Joesley narra os pedidos de pagamentos irregulares feitos pelo pemedebista. O primeiro deles é ainda em 2010, ano em que se conheceram: Temer pediu, no total, R$ 3,24 milhões em propina para a campanha da chapa que compunha com Dilma Rousseff pela Presidência - que acabou vencedora. Parte foi paga pelo frigorífico como doação oficial e outra para empresas de comunicação, por meio de notas fiscais.
Os dois se encontraram pelo menos 20 vezes desde então, segundo o delator, seja em escritórios de advocacia, na casa de Temer ou no Palácio do Jaburu.
Em um desses encontros (o anexo não precisa a data ou o ano), o pemedebista solicita ao empresário "mensalinho" de R$ 100 mil. Um pagamento de R$ 20 mil por mês também foi solicitado para o então secretário executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan. Esses "salários" duraram um ano, relata o delator.
Em 2012, Temer voltou a pedir propina à JBS. Foram pedidos R$ 3 milhões via caixa 2 para a campanha do candidato Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo.
O último pagamento indevido feito pela JBS a Temer foi durante o processo de impeachment de Dilma, ano passado. O então vice-presidente pediu R$ 300 mil para pagar despesas de marketing político na internet, pois estava sendo "duramente atacado" nas redes sociais. O pagamento foi feito, em espécie, a um marqueteiro da confiança de Temer, de nome Elcinho, conta o delator. DO VALOR

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