Por Armando Soares
A ordem do dia, de cada
dia, dos vereadores, dos deputados federais, dos deputados estaduais, dos
senadores, dos juízes, dos advogados, dos políticos, dos governantes e dos
prefeitos é fingir, ocultar, inventar, fantasiar a verdade. É dissimular com
astúcia a verdade. É fingir e fantasiar a verdade para os milhões de
brasileiros. Entra dia e sai dia e o Brasil continua o mesmo, sem as reformas
necessárias, com os mesmos vícios, sem ordem, sem segurança, com juros e
impostos estratosféricos, sem oportunidade de novos empregos e outros males
sociais, econômicos e institucionais. O brasileiro assiste a todo esse
fingimento, a toda essa enganação teatral hipócrita e tem esperança que as
coisas ainda podem melhorar com esse time de políticos e servidores públicos
(os que exercem oficialmente cargo ou função pública). O povo brasileiro é do
tipo ‘me engana que eu gosto’.
Será que o brasileiro ainda acha que os políticos e
governantes que conhecemos vão, num gesto de total arrependimento, mudar de
repente seu comportamento e maneira de ser? Iriam acabar com a obrigatoriedade
do voto? Acabariam com a obrigação do povo de bancar campanhas milionárias e
desonestas? Acabariam com a contribuição
sindical que sustenta vagabundos e atrapalha a vida dos brasileiros?
Atualizariam a constituição retirando dela o viés socialista? Aceitariam ser
político apenas como encargo, como uma obrigação de prestar serviço a grandeza
do Brasil abandonando o critério de profissionalização? Qual o político que
iria honestamente representar a vontade popular como um encargo passageiro? Por
que o povo tem que pagar altos salários a vereadores, deputados e senadores,
prefeitos, governadores e presidente da república, por pessoas que não se
responsabilizam pelos seus atos, quebram o país e fica tudo por isso? O povo
está sendo obrigado a pagar altos salários a políticos para que eles roubem e
quebrem o país? A política verdadeira é um trabalho voluntário, não é uma
profissão para enriquecer ninguém.
Estamos, todos os brasileiros fartos de assistir
tanto fingimento diariamente na TV, nos rádios, jornais e internet. Nos
tribunais fingem-se que decidem, mas os ladrões continuam soltos sustentando
advogados e mídia com o dinheiro roubado; na Câmara e Senado fingem-se mais e descaradamente,
mas as verdadeiras e necessárias reformas não são apresentadas e votadas, pois
iriam de encontro aos interesses mesquinhos dos partidos coloridos, dos
sindicatos e do corporativismo malandros. A Suíça bloqueia R$ 3 bilhões em
conta de suspeitos na Lava Jato, quantos bilhões roubados mais estão alimentando
os bancos de outros países. Alguém ainda no Brasil tem dúvida onde está o
dinheiro que falta para a resolver a crise brasileira?
O fingimento no Brasil é endêmico e doentio. A
presidente do STF afirma que apesar de tudo as instituições estão funcionando,
mas ela sabe que isso não é verdade. Como a justiça pode estar funcionando com
milhões de processos parados nos gabinetes de juízes? Funciona uma justiça que
leva 30 anos para resolver uma questão de inventário? Em 30 anos toda uma
família morre e o Estado engole o patrimônio, isso é normal? Há explicação para
essa anomalia? Como considerar que a instituição esteja funcionando a contento
e com responsabilidade quando resolve entregar toda a Amazônia a índios
dominados por ONGs estrangeiras permitindo assim que as fronteiras brasileiras
fiquem sem fiscalização e proteção facilitando o comércio de drogas e
contrabando generalizado? Como considerar que a instituição esteja funcionando
a contento quando permite que a soberania brasileira seja destruída?
Por sua vez os militares fingem que existe democracia
e ordem na república. Que democracia e república é essa? A brasileira, com certeza
não é, pois, uma democracia que elege políticos e governantes com dinheiro
roubado, não é uma democracia e muito menos uma república, é um prostíbulo.
Os empresários, sejam de qualquer tamanho, fingem que
é normal viver num país em que os impostos e as suas regras inviabilizam os
negócios obrigando os empresários a viverem no ‘jeitinho brasileiro’, o que
alimenta a corrupção e emperra o desenvolvimento.
Os trabalhadores, instrumento dos socialistas,
comunistas e pelegos, fingem que têm vantagens sobre os ‘patrões’, quando na
verdade estão construindo a sua própria sepultura, destruindo a fonte geradora
do emprego processo que alimenta uma instituição cancerosa que serve a
advogados e juízes corporativos e estratificados, processo social que leva à
formação de “camadas hierárquicas”.
Os pobres, na sua ignorância, fingem que os ricos são
os culpados pela sua pobreza, quando são eles mesmos os verdadeiros
responsáveis, atitude que os tornam presas fáceis nas mãos de piratas sociais
que alimentam os sonhos dos pobres com ideologias que os transformam em
escravos como prova exaustivamente a história.
Fingem as famílias brasileiras achando que seus
filhos estão recebendo boa educação nas escolas e universidades, quando na
verdade estão sendo enganados por professores e escolas medíocres contaminadas
por ideologias criminosas que transmitem o ódio e a discriminação que ensinam
as crianças e jovens a desrespeitarem seus pais.
Fingem irresponsavelmente os brasileiros que acham
que nunca serão vítimas de bandidos assassinos que pululam em todas as ruas
brasileiras, entrincheirados em favelas com armas compradas com o tráfico de
drogas. Os brasileiros, apesar de alguns espasmos de resistência a viver com
passeatas, preferem continuar a viver sobressaltado do que buscar num grande
movimento nacional continuo a implantação de reformas políticas e de outras
naturezas que lhes traga segurança permanente, moralidade e competência
política e administrativa.
Fingem os produtores rurais que podem continuar a
produzir alimentos e matérias-primas perseguidos constantemente por políticas
públicas nocivas como é o caso da política ambientalista-indigenista, que
confisca propriedades através de decisões impatrióticas judiciais e pelo
mecanismo de reserva legal que atinge 80% da propriedade, custo econômico que
não é levado em consideração pelos produtores e que autofagicamente destrói a
atividade e o patrimônio, ao que se soma a constante invasão da propriedade
pelos bandidos que não querem reforma agrária, querem terras trabalhadas e seus
animais, tudo sob a vista de governos irresponsáveis e covardes incapazes de
cumprir as integrações de posse da justiça, que por sua vez cruza os braços e
ainda nomeia juízes comunistas para acompanhar e apoiar os bandidos.
Fingem os governadores estaduais e municipais que
podem governar estados e municípios sem sustentação econômica e somente através
de repasses da União, recursos originados de estados e municípios
superavitários e de impostos federais, o que mostra a total irresponsabilidade
brasileira em criar municípios sem a mínima condição de sustentação econômica. O
mais grave desse cenário é que ele se presta para o enriquecimento ilícito de
administradores imorais, e para empregar amigos e parentes, anomalia que vem
sendo mantida para a felicidade dos corruptos e políticos viciados. Um peso
enorme e estúpido que os brasileiros carregam nas costas através da cobrança
criminosa de impostos, taxas e outras porcarias estatais.
Os deputados fingidos e comprometidos com esquemas
corporativos acabaram de mostrar toda sua inutilidade e nocividade mais uma
vez, legisla contra o cidadão. Reduz a liberdade de escolha da sociedade e
prejudica todos os consumidores e os trabalhadores da empresa.
Fica difícil viver num país onde impera o fingimento,
a hipocrisia e a malandragem. DO LIBERTATUM
Armando Soares –
economista
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