O governo avalia que, sem conseguir fazer uma grande mobilização, as centrais optaram por criar tumulto para dar visibilidade aos protestos.
“O que estamos vendo são bolsões de intolerância. Um grupo quer resolver pela violência o que não consegue resolver pela palavra. Mas não vão conseguir trazer o bolivarianismo para cá. O vandalismo não tem espaço no Brasil. A população não aceita isso”, disse Moreira Franco em entrevista ao Blog.
O ministro também afirmou que “há uma debilidade política enorme no discurso das centrais sindicais”. Segundo ele, sem obter convencimento por meio desse discurso, as lideranças “fazem um esforço de agitação para manipular” os liderados.
“Temos que fazer a reforma da Previdência. Isso não é questão de governo. É uma necessidade do país. Não podemos transformar o Brasil no Rio de Janeiro”, completou Moreira Franco, numa referência à crise fiscal que enfrenta o estado do Rio de Janeiro.
Para o ministro Antônio Imbassahy, os protestos violentos não devem prejudicar a mobilização pela aprovação da reforma da Previdência.
“Se tivesse sentimento nacional contra reformas, haveria mobilização da sociedade. Isso não aconteceu. O que se viu hoje foram movimentos violentos induzidos pelos sindicatos”, criticou Imbassahy.
Ele ressalta que ficou estarrecido com as imagens de violência em alguns protestos. “Estão tirando o direito de ir e vir da população. Isso não é democrático. Usaram métodos não convencionais para impedir saída de ônibus das garagens e queimaram pneus nas vias para paralisar algumas cidades”, disse Imbassahy.
“As cenas de agressão no aeroporto Santos Dumont lembraram cenas da Venezuela. A democracia brasileira não aceita isso”, enfatizou o ministro. DO G.CAMAROTTI.G1
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