Um vídeo do deputado Paulo Pimenta
(PT/RS) vem causando polêmica nas redes e, convenhamos, não sem razão. O
conteúdo é forte. Ele diz, por exemplo, que Sergio Moro é insano,
irresponsável, e que o Poder Judiciário é o mais podre do país.
Veja:
Pois bem. Diante disso, a AJURIS
(Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul) pretende ingressar com
reclamação junto ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Isso
porque, tratando-se de um parlamentar com mandato vigente, a ele não são
cabíveis as medidas regulares de reparação de danos e outros que tais.
A seguir, a íntegra da nota divulgada pela entidade:
“A Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) ingressará com representação contra o deputado Paulo Pimenta (PT/RS) no Conselho de Ética da Câmara Federal em razão de graves acusações feitas por ele ao Poder Judiciário, aos juízes em geral e ao juiz federal Sergio Moro, em particular, de forma leviana e irresponsável. A manifestação, que atinge a independência de qualquer juiz brasileiro, foi gravada em vídeo pelo parlamentar e postada nas redes sociaisSem qualquer preocupação com o decoro e demonstrando desequilíbrio, o deputado diz que o Judiciário “é o poder mais podre deste país”, que Moro é um “irresponsável”, “um insano” e que ele, Pimenta, não tem medo “de bandido, de bandido de toga, de bandido procurador, promotor”.Revelando desconhecimento sobre as prerrogativas de um juiz na condução de uma ação penal, Pimenta diz que Moro “está forçando uma ida de Lula” a Curitiba, aludindo ao interrogatório marcado para maio, o qual foi agendado originalmente no início de março.A Ajuris identifica nesse tipo de manifestação a intenção que está por trás do projeto de abuso de autoridade, que pretende cercear a atuação de magistrados e promotores no combate à corrupção no país e que está prestes a ser votado no Senado.‘Não podemos aceitar que um deputado, membro do Congresso Nacional, do Poder Legislativo, perca totalmente a razão e assaque contra outro poder, no caso o Judiciário, com tamanha ferocidade e irresponsabilidade. Por isso, vamos acionar o deputado no Conselho de Ética’, diz o presidente da Ajuris, Gilberto Schäfer.”
O texto é do site Implicante. DO J.LIVRE
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