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Lula e Delcído Amaral, amigos de fé e camaradas... |
Para
medir o grau de pavor que tomou conta do Palácio do Planalto com a
prisão do líder do PT no Senado, Delcídio Amaral e do banqueiro do
lulismo, André Esteves, basta ler o site da Folha de S. Paulo, por
razões que a própria razão conhece. Fica-se sabendo também que por
conselho de uma numeróloga Delídio decidiu alterar o próprio nome
passando a assinar Delcídio “do” Amaral. Numerologias à parte, isto nos
faz lembrar das missas negras nos porões da Casa da Dinda de Collor,
onde animais eram sacrificados em rituais esotéricos, conforme foi
noticiado à época que precedeu o impeachment.
E para se ter uma ideia do que está rolando no submundo petista, transcrevo um artigo de Igor Gielow,
diretor da sucursal da Folha em Brasília, num texto típico desse jornal
esquerdista e de alinhamento ao PT e de todas as iniciativas
bundalelês. O título original do artigo é: Dano potencial de prisão de senador petista ao governo não é só de imagem. Leiam:
A
prisão do senador Delcídio do Amaral (PTMS) caiu como uma bomba no
Palácio do Planalto. Os temores são múltiplos, não apenas pelo desastre
de imagem de ver o líder do governo no Senado preso acusado de bolar um
plano para tirar um suspeito de crime do país.
O
líder do governo no Senado foi preso nesta quartafeira (25) no âmbito
da Operação Lava Jato por tentar conturbar as investigações. Ele teria
oferecido uma mesada de R$ 50 mil ao exdiretor da Petrobras Nestor
Cerveró para que ele não fechasse acordo de delação premiada com os
investigadores. Além disso, queria que Cerveró fugisse do país.
Antes
de tudo, as condições da prisão do senador e do banqueiro André
Esteves. O governo avalia que o ministro Teori Zavascki, do Supremo
Tribunal Federal, não autorizaria operação de tal impacto se a
contrapartida não fosse forte o suficiente: não apenas o plano de fuga
oferecido a Nestor Cerveró, mas também a possibilidade de que a
revelação dele seja parte da negociação da delação premiada do
exdiretor da Área Internacional da Petrobras.
Especulada
e negada há meses, a delação de Cerveró, que agora foi fechada, é um
dos pesadelos do governismo e do petismo, mas não só, já que o
exdiretor era uma indicação sustentada pelo PMDB –mais especificamente,
apesar das negativas, do grupo do presidente do Senado, Renan Calheiros
(AL), que oficialmente nega isso.
E
há o senador preso. Delcídio, que adotou o "do" no sobrenome ano
passado por dica de uma numeróloga, é um dos políticos com melhor
trânsito na área de energia –foi rapidamente ministro do setor no
governo Itamar Franco e ocupou a diretoria de Gás da Petrobras. Mais que
isso, tinha pés em todas as canoas políticas relevantes.
Foi
tucano e deixou o partido em 2001, aliando-se ao grupo do
exgovernador Zeca do PT (MS). No Senado desde o início do governo Lula,
em 2003, Delcídio ganhou fama de habilidoso operador político.
Agora,
tudo isso pode voltarse contra ele. A ser confirmado tudo o que se diz
nos meios judiciais nesta manhã em Brasília, Delcídio poderá se ver sem
mandato e na cadeia por um bom tempo, o que levaria à questão da
delação premiada.
Em
um exercício de especulação, Delcídio poderia então falar sobre os
meandros de diversas negociações potencialmente danosas ao governo e ao
PT.
Ele
foi, por exemplo, presidente da CPI dos Correios (2005), que investigou
o mensalão –abundam insinuações, na oposição, de que ele ajudou a
evitar a citação ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva no texto
final do relator Osmar Serraglio (PMDBPR). Ele sempre negou.
Além
disso, Delcídio tinha a área internacional da Petrobras como uma de
seus campos de influência na estatal, sendo copatrocinador da indicação
de Cerveró para a diretoria.
É
sob esta área que ocorreu a obscura compra da refinaria de Pasadena
(EUA), sob investigação na Lava Jato e que esbarra em decisões do
Conselho de Administração da estatal, presidido então por Dilma
Rousseff. DO ALUIZILAMORIM