Já
comentei aqui, brevemente, a pesquisa da CNT sobre a queda da confiança
popular nas várias instituições e a do Datafolha que mostra o abismo de
diferenças entre a opinião popular e a dos políticos. (V. o meu artigo http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/16126-2015-10-15-22-00-41.html e as fontes: http://imguol.com/blogs/52/files/2015/07/pesquisa-cntmda-128-relatorio-sintese.pdf ehttp://epoca.globo.com/tempo/filtro/noticia/2015/10/politicos-brasileiros-sao-mais-liberais-do-que-o-eleitorado-diz-pesquisa.html.)
O
confronto dos resultados leva a uma conclusão inexorável: no sistema
representativo brasileiro, os representantes não representam a vontade
dos representados.
Tampouco
a representam o poder executivo, os juízes, os comandantes militares e
outras excelências cujas opiniões majoritárias seguem as dos políticos,
não as do povo, o qual por isso mesmo, como se vê na pesquisa da CNT,
não confia em nenhuma dessas criaturas nem vê nelas os porta-vozes dos
seus interesses.
Pura e
simplesmente, não há um sistema representativo no Brasil. Há um sistema
de coleta de votos para candidatos pré-selecionados segundo os
interesses do grupo dominante e uma máquina de drenagem de impostos para
sustentar nos seus cargos os antagonistas diretos e cínicos do povo
brasileiro.
Por
isso mesmo, todo discurso anticorrupção que se baseie na defesa das
“nossas instituições” é uma fraude que tem de ser denunciada tanto
quanto a corrupção mesma.
Essas
instituições, cujo conjunto forma a “Nova República”, foram concebidas
justamente para isolar e proteger a elite governante, tornando-a
inacessível ao clamor popular.
Quem,
senão as belas “instituições”, deu ao executivo os meios de aparelhar o
Estado inteiro e fazer dele o instrumento dócil dos interesses
partidários mais sórdidos e criminosos?
Quem,
senão as “instituições”, permitiu que se elegesse uma presidente numa
eleição secreta e opaca, blindada antecipadamente contra qualquer
possibilidade de auditagem?
Quem,
senão as “instituições”, permitiu que o Estado se transformasse no
protetor de toda conduta marginal e criminosa, fazendo do Brasil o maior
consumidor de drogas do continente, o maior promotor de violência
contra os professores nas escolas e um dos recordistas mundiais de
assassinatos?
Quem,
senão as maravilhosas “instituições”, permitiu que um povo
majoritariamente conservador e apegado a valores cristãos fosse
representado na Câmara e no Senado por esquerdistas empenhados em fazer
tudo ao contrário do que esse povo quer?
Quem,
senão as sacrossantas “instituições”, permitiu que as escolas
infanto-juvenis se transformassem em academias de sexo grupal, quando
não em matadouros de professores, reduzindo as nossas crianças à
condição de imbecis violentos, prepotentes e hiper-erotizados que
anualmente tiram os últimos lugares nos testes internacionais mas
tirariam os primeiros se fosse concurso para ator pornô ou
cafajeste-modelo?
Quem,
senão as “instituições”, desarmou a população brasileira ao mesmo tempo
que, paparicando as Farc tão queridinhas do PT, permitia que os bandos
de criminosos se equipassem de armas melhores e mais potentes que as da
polícia?
Quem,
senão as “instituições”, deu aos criminosos que nos governam o poder de
burlar o quanto queiram o processo legislativo, legislando através de
decretos administrativos, portarias ministeriais e até regulamentos
departamentais?
Quem,
senão as “instituições”, permitiu que ONGs de quadrilheiros armados
fossem não só financiadas com gordas verbas federais mas se
beneficiassem de toda sorte de privilégios ao ponto de tornar-se
integrantes extra-oficiais do aparelho de Estado?
Quem,
senão as “instituições”, permitiu que o Parlamento se superlotasse de
pseudo-representantes eleitos sem votos, pela mágica dos acordos
interpartidários – um artifício que, por si, já basta para fazer do
sistema representativo inteiro uma palhaçada?
Releiam
a Constituição de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a
legislação eleitoral, etc. etc. e digam se o descalabro dos governos
petistas já não estava todo lá em germe, apenas aguardando a
oportunidade macabra de saltar do papel para a realidade.
Sob
qualquer aspecto que se examine, as instituições que pesam sobre nós são
indefensáveis. Fazer de conta que a roubalheira comunopetista atenta
contra elas, ou constitui um risco para elas, é inverter a realidade das
coisas. A roubalheira tudo deve a essas instituições. Elas são as mães e
protetoras do crime institucionalizado.
Por isso é que todo movimento soi-disant de oposição que se concentre exclusivamente num pedido deimpeachment
da Sra Dilma Rousseff, em vez de exigir a imediata destituição de todos
os astros e estrelas do sistema, é um erro na melhor das hipóteses; na
pior, um engodo proposital.
Depois
de quarenta anos de monopólio esquerdista da mídia, das universidades,
dos movimentos de rua, das verbas oficiais, dos cargos públicos e de
tudo quanto existe; depois de políticas insanas que levaram o Brasil a
tornar-se o país mais assassino e o maior consumidor de drogas do
continente; depois da completa destruição da alta cultura e do sistema
educacional no país; depois dos maiores episódios de corrupção da
história universal; depois do desmantelamento da agricultura nacional
por grupos de invasores financiados pelo Estado; depois da expulsão de
milhares de brasileiros das suas terras, para dá-las a ONGs
indigenistas, depois de tudo isso o "resgate da nacionalidade" há de
constituir-se da simples remoção da sra. Dilma Rousseff da presidência
da República? Será que os oposicionistas se uniram ao PT no empenho de
gozar da nossa cara? DO ALUIZIOAMORIM
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