Uma empresa cuida da sua imagem. Os
seus símbolos são a sua identidade para os consumidores, de modo que são
protegidos com muita seriedade para que possam ter o seu valor
simbólico preservado. A Apple, hoje, é a marca mais valiosa do mundo.
Quando olhamos para aquela maçã, somos levados a pensar em qualidade,
bom gosto, modernidade, inventividade, liderança. Ou seja, há valores
que ela expressa que são relevantíssimos e que fazem com que as pessoas cada vez mais adiram a ela, sejam inspiradas por ela.
Ora, se com os símbolos comerciais essa realidade se impõe, com os
religiosos avultam em gravidade e importância. É que os símbolos
religiosos tocam o sagrado, o divino, o sobre-humano. Quando o católico
olha para a hóstia consagrada, ele está ali vendo um símbolo da sua fé, o
corpo místico de Cristo, que é presentação d'Ele na transubstanciação
do pão em carne.
O que identifica os cristãos, porém, universalmente é a Cruz. O que
seria o símbolo mais eloquente da derrota e da morte passou a ser a
marca da redenção e da ressurreição. Ela representa o sentido vicário e
salvífico da missão de Cristo, que ao ser imolado, cumpre todas as
profecias, sela a nova aliança com Deus, e nos abre as portas para
ressurreição e o Reino.
Não se brinca com os símbolos sagrados. Ou não seriam eles... sagrados! A
sua sacralidade decorre justamente da sua intocabilidade, da sua
dimensão transcendental. O sentimento do sagrado é a vivência do divino,
do amálgama entre o dado real e o dado de fé que se expressa por meio
dele.
A foto do Papa Francisco recebendo de Evo Morales a imagem de Cristo
crucificado em um símbolo comunista é a degradação de um símbolo sagrado
e um desrespeito à nossa fé. Pouco importa tenha sido produzida por um
porralouca jesuíta da teologia da libertação; torna aquela imagem ainda
mais uma grave ofensa, "per fas et nefas".
Francisco demonstra uma permissividade preocupante. Um Papa relativista,
com uma formação teológica limitada, sem a estatura intelectual para os
desafios da Igreja do Século XXI. E o que deveria fazer ele, diante do
presente do presidente cocaleiro? Gentilmente, não recebê-lo e, depois,
como líder religioso da Igreja de Deus admoestar os que fizeram a peça.
Nada mais anticristão do que o marxismo; nada mais anticristão do que o
materialismo dialético. Mas o nosso Papa é pop e com isso não poupa os
católicos de assistirem essa degradação relativista dos nossos símbolos
religiosos.
Depois de dois gigantes como São João Paulo II e Bento XVI, dá uma dor
profunda que o primeiro Papa latinoamericano seja um homem com estreita
visão da fé, do mundo e do seu papel para os católicos em uma época tão
complexa como a nossa. Quem quer ser aprovado e elogiado pelo mundo, não
poderá anunciar com força a palavra de Deus. Porque é ela "loucura para
os gregos e escândalo para os gentios".
*Adriano Soares da Costa, via Facebook - https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1626840004257175&set=a.1389855141288997.1073741828.100007935727197&type=1&theater DO MARIOFORTES
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