sexta-feira, 17 de abril de 2015

AOS AMIGOS DO ZÉ DIRCEU QUE O AJUDARAM NA 'VAQUINHA' DO MENSALÃO


José Dirceu fez vaquinha pra pagar a multa de mensaleiro, enquanto gastava R$ 320 mil para monitorar as redes sociais. Não faltou burrinho pra ajudar.
 
( Folha) A quebra do sigilo fiscal de José Dirceu (PT-SP), decretada pelo juiz federal de Curitiba (PR) Sergio Moro na Operação Lava Jato, revelou que o ex-ministro pagou R$ 320 mil a uma empresa de São Paulo para monitoramento de redes sociais na internet. 
Dirceu informou os gastos à Receita Federal na declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física. Em entrevista à Folha, o dono da empresa contratada, a Interagentes Comunicação Digital, Sergio Amadeu da Silveira – que no primeiro governo Lula presidiu o ITI (Institucional Nacional de Tecnologia de Informação), vinculado à Casa Civi l–, afirmou que o trabalho consistiu em relatórios sobre o que as pessoas falavam a respeito de Dirceu, principalmente no Twitter. 
"Ele nos contratou para fazer análise de rede social. [...] Comentários sobre ele. Faz tempo isso, não sei direito [agora], mas eram comentários sobre ele", disse Silveira. Falando sobre os serviços que presta em geral, e não sobre o contrato com Dirceu, Silveira afirmou que as informações ajudam "a saber o humor da rede em relação a uma pessoa ou a uma marca". 
Os pagamentos ocorreram nos anos de 2011 e 2012, em duas vezes de R$ 160 mil. Dirceu foi julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a partir de 2012 no processo do mensalão, pelo qual foi condenado. 
Em seu site na internet, a Interagentes informa que também trabalha com "a potencialização de presença em rede", incluindo campanhas para ampliar o alcance do perfil, blog ou site do cliente. No caso de Dirceu, Amadeu afirmou que o trabalho não envolveu interagir com internautas ou publicar mensagens – apenas levantamentos sobre o que era escrito em perfis abertos. 
Procurado pela Folha, Dirceu informou por meio de sua assessoria que não iria se manifestar sobre o assunto. Ele também não explicou por que preferiu fazer os pagamentos pela pessoa física, e não pela sua empresa de consultoria JD. Em nota, a assessoria afirmou que o serviço não tem qualquer relação com a Operação Lava Jato.
DO ESTENIO

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