quinta-feira, 30 de abril de 2015

O MOVIMENTO BRASIL LIVRE EM MOVIMENTO: “MARCHA PELA LIBERDADE” COMPLETA HOJE UMA SEMANA

Vejam esta foto.
Marcha Pela Liberdade
Integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) deram início, há uma semana, a uma marcha rumo a Brasília. A pauta dos caminhantes conta com dez reivindicações. A primeira é o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Clique aqui para ler a íntegra do manifesto da “Marcha Pela Liberdade”.
O MBL e outros movimentos que apoiam a marcha marcaram para o dia 27 de maio, em Brasília, uma manifestação em favor do impeachment.
Kim Kataguiri, um dos coordenadores do MBL, enviou ao blog, na noite desta quarta, o seguinte relato.
*
Saímos da Praça Panamericana na sexta-feira passada, ao meio dia. Vinte e três pessoas se comprometeram a nos acompanhar de São Paulo a Brasília, numa caminhada de mais de mil quilômetros, que deve durar 33 dias. Estamos no fim do sexto dia. Andamos cerca de 160 km, e, apesar do cansaço, das dores e das doenças, o pessoal está muito animado.
Fomos recebidos muito bem nas mais de 10 cidades do interior de São Paulo pelas quais passamos. Em todas elas, ofereceram-nos lugar para dormir, café da manhã, almoço e jantar. Quando agradecemos a ajuda, as pessoas dizem que gostariam de colaborar ainda mais e se mostram gratas, com bastante convicção, pelo nosso esforço.
É notável também o apoio dos caminhoneiros. Quase todos que nos veem andando pelas rodovias buzinam e gritam palavras de apoio. Quando discursamos nas praças, as pessoas param para nos ouvir e nos aplaudem a cada frase.
Em todas as cidades nas quais paramos, convocamos a população a estar em Brasília no dia 27 de maio. Até agora, unidades do MBL país afora já confirmaram a ida à capital federal de 197 ônibus. Outros grupos, como o Revoltados Online e o Vem Pra Rua, já estão demonstrando seu apoio, seja dando suporte para a marcha, seja organizando caravanas para o grande ato do dia 27, em Brasília.
Entre bolhas, gripes e pés torcidos, encontramos motivação no apoio da população. Temos a certeza de que, se pudessem, muitos milhões estariam caminhando conosco.
Por Reinaldo Azevedo

Retrato da destruição

Dívida da Petrobras deve chegar a 400 bilhões
Por Lauro Jardim
O consultor Adriano Pires fez algumas contas tendo diante de si o balanço da Petrobras. Ei-las:
A estatal aumentou o seu endividamento de 60 bilhões de reais em 2009 para 350 bilhões de reais em 2014. Com os recentes empréstimos da China, de bancos ingleses, do BB, Caixa e Bradesco a dívida deve atingir este ano 400 bilhões de reais.
Desse total, cerca de 100 bilhões de reais foram gastos para segurar os preços da gasolina e do diesel e outros 50 bilhões de reais, como publicado no balanço de 2014, em corrupção e projetos inviáveis, os quais nunca vão gerar um único centavo para a empresa. Diz Pires:
- Esse é o retrato da destruição da Petrobras. 30.04.2015DO R.DEMOCRATICA

quarta-feira, 29 de abril de 2015

A Marcha pela Liberdade

Roteiro da Marcha pela LiberdadeDesde sexta-feira, 24 de abril, um grupo de cidadãos inconformados com nossa situação política está em marcha em defesa da nossa liberdade. Estão caminhando de São Paulo a Brasília, com um manifesto e uma pauta de exigências, das quais a primeira é o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Chegarão lá dia 27 de maio.
O pessoal do Movimento Brasil Livre merece todo o meu respeito e admiração. Estão percorrendo mais de 1000 km para que os políticos, a imprensa e a população em geral se dêem conta do surrealismo em que se transformou nossa República. O Le Monde e o The Guardian se interessaram pelo movimento. A Folha de S.Paulo também fez uma matéria. Com a honestidade intelectual que a caracteriza, compara a Marcha à Coluna Prestes! Mas eles não querem nem saber e estão a cada dia avançando e juntando gente por onde passam.
Saíram da Praça Panamericana, em 24 de abril. Chegaram a Jundiaí no dia 25 à tarde. Fizeram um evento na Praça da Matriz na manhã do dia 26 e seguiram até Vinhedo. Hoje, 27, houve um evento em Valinhos e eles caminharam até Campinas. Em cada lugar por onde passam, mais e mais pessoas se unem à Marcha pela Liberdade. A programação desta terça-feira, 28, é um evento às 13h, na Praça das Bandeiras, em Sumaré, e outro às 19h, na Praça do Trabalhador, em Americana.
A Reaçonaria acompanha e apóia esta iniciativa. Acompanhe e apóie você também. Curta a Marcha pela Liberdade no Facebook. Faça uma doação para a Marcha pela Liberdade. Se houver um evento em sua cidade, participe. O Brasil precisa de todos nós.
Trópico de CapricórnioJundiaíCampinas

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STF libera empreiteiros e restaura anormalidade

O brasileiro sempre foi um povo de pouquíssimos espantos. No país dos absurdos, o ponto de exclamação deixou de fazer parte dos hábitos nacionais. Quando se imaginava que o Brasil estava mesmo condenado à falta de estupefação, o juiz Sérgio Moro horrorizou todo mundo em novembro de 2014. O magistrado ressuscitou o assombro ao colocar o baronato da construção civil para dormir nos colchonetes da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Com seus mandados de prisão, Moro transformou a Operação Lava Jato num ponto fora da curva.
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Operação Lava Jato da PF141 fotos

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28.abr.2015 - Por 3 votos a 2, a segunda turma do STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu nessa terça-feira (28) liberdade ao empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, que foi preso pela Polícia Federal por suspeita de participação na operação Lava Jato. O Supremo também pode determinar que ele cumpra prisão domiciliar. Além dele, oito acusados de participação no esquema de corrupção na Petrobras, seis executivos e dois funcionários de empreteiras também poderão cumprir a pena em casa Leia mais Pedro Ladeira/Folhapresss
Antes que o pasmo fizesse aniversário de cinco meses, a 2ª turma do STF tratou de puxar o ponto de volta para perto da curva. Em decisão apertada —três votos contra dois— o Supremo transferiu nove empreiteiros dos colchonetes do PF’s Inn para os lençois de linho egípcio da prisão domiciliar. Restituiu-lhes o conforto às vésperas de prestarem depoimentos sobre o assalto aos cofres da Petrobras. Restaurou-se a anormalidade, tão normal no Brasil quanto as escamas no peixe.
A decisão do STF foi tomada numa sessão em que se julgou um pedido de habeas corpus formulado pela defesa de Ricardo Pessoa. Trata-se do dono da UTC, apontado pelos operadores da Lava Jato como coordenador do cartel que tomou de assalto a Petrobras. Como o mandado que levara Pessoa à cadeia incluía os nomes de outros oito empreiteiros, o STF decidiu estender o linho egípcio para os demais.
Relator do processo, o ministro Teori Zavascki anotou em seu voto que “a sociedade tem justificadas e sobradas razões para se indignar” com a petrorroubalheira. Acrescentou que as pessoas têm motivos para “esperar uma adequada resposta do Estado, no sentido de identificar e punir os responsáveis.”
Porém, prosseguiu Zavascki, “a sociedade saberá também compreender que a credibilidade das instituições, especialmente do Poder Judiciário, somente se fortalecerá na exata medida em que for capaz de manter o regime de estrito cumprimento da lei, seja na apuração e no julgamento desses graves delitos, seja na preservação dos princípios constitucionais da presunção de inocência, do direito a ampla defesa e do devido processo legal.”
Na opinião de Zavascki, avalizada pelos colegas Gilmar Mendes e Dias Toffoli, as razões invocadas por Sérgio Moro para ordenar as prisões dos empreiteiros perderam a razão de ser. Como os executivos afastaram-se formalmente dos postos que ocupavam nas empresas, não teriam como reincidir nos crimes.
A ministra Carmen Lúcia, vencida na ilustre companhia do colega Celso de Mello, decano do STF, contrapôs às teses de Zavaschi um argumento tão singelo quanto avassalador. “Testemunhas ainda podem ser reinquiridas. Como não existe mulher quase grávida, não existe instrução [de inquérito] quase acabada. Quando finalizar a instrução, esse quadro pode mudar.”
Ante o argumento de Zavascki de que os presos não estavam sendo soltos, mas transferidos para a prisão domiciliar, Carmen Lúcia recordou que, em casa, os empreiteiros terão acesso a telefone, internet e a outras formas de comunicação. Der resto, o fato de os executivos estarem formalmente afastados das respectivas empresas não impede que continuem mandando e, sobretudo, desmandando por baixo dos panos.
A lógica linear do raciocínio de Cármen Lúcia não foi capaz de reverter o placar. Natural. O brasileiro não resistiria a tanto espanto. Ele já está acostumado com o Brasil da anormalidade —um país em que sempre existiu a corrupção só de um lado.
A CPI dos Anões do Orçamento, por exemplo, identificou os parlamentares corruptos. Mas fechou os olhos para os corruptores. A consultoria fictícia de PC Farias atraiu para as arcas clandestinas de Fernando Collor o dinheiro de empresários graúdos. Alguns tiveram seus 15 segundos de má-fama. Mas nenhum teve de dar muitas explicações. Estava entendido que aquilo tudo era normal. Era a maneira de fazer negócios.
Só de raro em raro consegue prosperar no Brasil a ideia de que o corruptor é tão culpado quanto o corrupto. Agora mesmo, sob Dilma Rousseff, o governo se esforça para retirar as empreiteiras da fogueira. Alega-se que desonestas são as pessoas, não as empresas. Sustenta-se, de resto, que a ruína das empreiteiras atrapalha o desenvolvimento do país e o bom andamento das obras.
Nos autos da Lava Jato, a propina é pecado. Nos hábitos nacionais, trata-se de uma das mais normais anormalidades da história nacional. No papelório do processo, Ricardo Pessoa é o chefão do cartel que trocou contratos na Petrobras por propinas. Na defesa sustentada oralmente da tribuna do Supremo pelo advogado Alberto Toron, o todo-poderoso do cartel é apenas um bom marido, um bom pai, um ótimo avô. Uma pessoa cuja liberdade não oferece o mais remoto risco à sociedade. Sendo assim, nada mais normal do que restaurar a anormalidade. Os doutores soltam fogos. DO JOSIASDESOUZA-UOL

terça-feira, 28 de abril de 2015

Como queriam Lula, Dilma e o PT, o STF mandou soltar todo mundo preso em Curitiba. Adivinhe quem votou a favor da libertação ?


Teori Zavascki, o mais novo "herói do povo brasileiro". O PT e as empreiteiras já podem entronizar sua foto nas galerias de honra de cada um.  Ele já tinha libertado Renato Duque a pedido de Lula, mas agora resolveu afrontar a moralidade pública com mais libertações de bandidos do Petrolão. A votação foi apertada no STF. Surpresa, mesmo, foi o voto de Gilmar Mendes. De Teori e Toffoli não se esperava outra coisa. 

Por 3 votos a 2, a segunda turma do STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu nessa terça-feira liberdade ao empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, e mais oito empreiteiros que foram presos pela Polícia Federal por suspeita de participação na operação Lava Jato.
Teori, Toffoli e Mendes não respeitaram sequer os sucessivos habeas corpus negados por Sérgio Moro e pelo TRF de Porto Alegre.
O principal empreiteiro solto é o presidente do Clube do Bilhão, Quando ele ameaçou delatar todo mundo, recebeu de Lula, de Dilma e do PT, a promessa de que seria solto em seguida pelo STF.
Foi o que aconteceu hoje.
A decisão do STF é um escândalo e uma provocação. 
Os empresários devem usar tornozeleira após deixar a prisão e cumprirão prisão domiciliar. 
Os votos favoráveis à soltura foram dos ministros Teori Zavascki, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, e os contrários de Cármen Lúcia e Celso de Mello.
Os demais empresários que serão soltos são Agenor Franklin Medeiros, diretor-presidente da área internacional da OAS; Erton Medeiros Fonseca, diretor de negócios da Galvão Engenharia; João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa; José Ricardo Nogueira Breghirolli, apontado como contato do doleiro Alberto Youssef com a OAS, Mateus Coutinho Sá Oliveira, funcionário da OAS; Sérgio  Cunha Mendes, vice-presidente executivo da Mendes Júnior; Gerson  Almada, vice-presidente  da empreiteira Engevix; e José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS.
Ricardo Pessoa estava preso desde a deflagração da sétima fase da Lava Jato, em novembro do ano passado, e é apontado como o líder do "clube" de empreiteiras que se reuniram para a formação de cartel, segundo o Ministério Público. Também é acusado pelo Ministério Público de ter participado de um esquema de pagamento de propina a ex-diretores da estatal para auxiliar no fechamento de contratos.
A soltura representa uma derrota no STF do juiz Sergio Moro, que julga os casos da Lava Jato em primeira instância. Os pedidos de habeas corpus dos outros empreiteiros investigados na Lava Jato estavam sendo negados pelo Supremo até o momento. Os ministros do tribunal alegavam que os recursos ainda deveriam passar pela análise das instâncias inferiores como STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). O pedido julgado hoje já foi analisado e rejeitado por estas instâncias DO POLIBIOBRAGA

Tesoureiro de Dilma repassou R$ 16 milhões a gráfica fantasma de dois irmãos de Kennedy Alencar


Dilma e Edinho: tesoureiro foi promovido a ministro da Propaganda do governo
Felipe Moura Brasil
Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014, repassou mais de R$ 16 milhões a uma gráfica fantasma de Beckembauer Rivelino de Alencar e Muller de Alencar, irmãos do jornalista governista Kennedy Alencar.
A apuração é do site O Antagonista, em excelente trabalho investigativo movido pela denúncia da Operação Lava Jato contra a Gráfica Atitude, usada pelo tesoureiro do PT João Vaccari Neto para lavar dinheiro do Petrolão.
Ao checar as despesas com gráficas da campanha eleitoral de Dilma Rousseff através dos dados apresentados ao TSE pelo PT, chamou a atenção a quantia exorbitante de 16.677.616 reais recebida pela gráfica VTPB Ltda.
O dinheiro foi repassado diretamente por Edinho Silva, como se pode ver neste recibo de 1.401.187 reais:
“Transação efetuada com sucesso por Edson Antonio Edinho Silva”

A VTPB está registrada na rua Atílio Piffer, 29, Casa Verde, São Paulo, como se pode ler numa das notas fiscais apresentadas pelo PT ao TSE:
Neste endereço, no entanto, Mario Sabino encontrou apenas um pequeno galpão deserto.
Fotografia da fachada foi tirada nesta segunda-feira, às 13:06.
Sabino afirmou que “é uma portinha num prédio de dois andares. Nunca houve uma gráfica ali, segundo o vizinho, Cícero. A portinha está cerrada há anos”.
O Antagonista verificou então o histórico da gráfica VTPB na Junta Comercial de São Paulo.
“Ela foi aberta em 21 de julho de 2008, com sede na Avenida Ipiranga, 1071, conjunto 206, no centro de São Paulo. O objeto social era ‘Comércio varejista de jornais e revistas. Agenciamento de espaços para publicidade, exceto em veículos de comunicação.’ O nome popular para isso é banca de jornais.
Os titulares da empresa eram Beckembauer Rivelino de Alencar Braga (domiciliado em Campo Belo, Minas Gerais), e Muller de Alencar Castro Braga (domiciliado em São Paulo, Capital, na rua Dona Ana Barros, 320, Bloco A, apto. 73, Jardim Sônia).”
Repito: ambos os titulares - Muller e Beckembauer – são irmãos de Kennedy Alencar.
“O capital de 50.000 reais era dividido meio a meio.
“Em 4 de junho de 2009, Muller retira-se da sociedade e entra no seu lugar Wilker Correa Almeida – que, atenção, fornece o mesmíssimo endereço de domicílio de Muller.
Em 9 de novembro de 2011, houve uma redistribuição de capital. Beckembauer passa a contar com 49.500 reais. Ou seja, torna-se praticamente o único dono da VTPB.”

Agora é que vem a jogada:
“Pouco antes do início da segunda campanha de Dilma Rousseff, em 25 de julho de 2014, houve uma alteração da atividade econômica da empresa. No objeto social, a VTPB passou a incluir ‘Sede para impressão de material para uso publicitário, edição integrada à impressão de cadastros, listas e outros produtos gráficos.’ O nome popular disso é material de campanha eleitoral. A sede é mudada para a rua Atílio Piffer, 29, Casa Verde, São Paulo. Endereço, por assim dizer, mais adequado para uma gráfica do que a Avenida Ipiranga.”
Ou seja: o objeto social da VTPB foi mudado no período eleitoral, a fim de poder emitir notas fiscais de serviços de impressão de folhetos e afins.
“No dia 14 de agosto de 2014, apenas 19 dias depois da alteração do objeto social, a VTPB emitiu a primeira nota para a campanha de Dilma Rousseff, no valor de 148.000 reais. Só naquele mês, foram emitidas mais oito. No total, foram 2.104.931 reais.”
O Antagonista conclui:
“Em campanha eleitoral, lavar dinheiro com gráficas é fácil. Elas podem imprimir alguns milhares de panfletos (ou nem mesmo unzinho, se a gráfica for só um nome na junta comercial) e emitir notas fiscais registrando que foram impressos milhões. Quem vai controlar? É o Lava Gráfica.”
Eu questiono:
A imprensa não comprada vai questionar Edinho Silva, Beckembauer Rivelino e Dilma Rousseff
A oposição vai emparedar o PT
Lava Jato neles!

27/04/2015 - DO R.DEMOCRATICA

DANILI GENTILI SACANEIA LULA NA ACADEMIA


DO OSCARMUNDONGO

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Letícia Sabatella: bonita, “politizada”, e totalmente esquerda caviar!


Fonte: Estadão
A atriz Letícia Sabatella é quase tão conhecida pelo seu engajamento político como por sua atuação na Rede Globo, a mídia “capitalista” e “golpista” (sinônimos, segundo seus próprios companheiros da esquerda radical). Em entrevista ao Estadão hoje, mostrou como pretende fazer de tudo para permanecer na vanguarda… do atraso. É a típica esquerdista caviar, que vive em seu mundinho, em sua bolha, e posa de “consciente” contra os “alienados” – aqueles que aderiram ao “sistema”.
Após desprezar as manifestações populares que lotaram as ruas do Brasil em março e abril, que denotariam uma “sombra coletiva terrível, racista, fascista, homofóbica e egoísta”, a atriz enalteceu o MST e colocou a solução dos problemas nacionais na tal “reforma política”, leia-se: o projeto petista de substituir a democracia representativa pela direta, como aquela existente na Venezuela (país que deveria ser idolatrado pela atriz, mas que sem dúvida jamais seria escolhido como local para se viver, ao contrário da França ou mesmo os Estados Unidos, sempre odiados no discurso).
Não acho que Sabatella seja necessariamente hipócrita, ainda que claramente incoerente. Creio que seu perfil combina mais com o da alienação, ironicamente o que ela diagnostica na classe média trabalhadora hoje revoltada com o governo Dilma. Sem embasamento teórico adequado, a atriz deixa sua autoimagem de defensora dos oprimidos falar mais alto do que os fatos, e precisa crer, de forma romântica, numa “solução mágica”, numa utopia igualitária. Assim, ela ataca todo o “sistema”, os “egoístas” e “insensíveis” que só pensam em ganhar mais, enquanto fecha ótimos cachês com o próprio “capeta” capitalista.
Quando a atriz resolve dar pitaco sobre educação, sai de baixo! Para ela, informação se obtém na internet, o que torna as escolas obsoletas. Logo, o modelo de escolas conteudistas é ultrapassado, e o ideal seria transformar as escolas em espaço para “cidadania”, para a “formação do pensamento”. Em outras palavras: esqueça a função da escola de instruir e transmitir conteúdo objetivo, e vamos abraçar com vontade a estratégia de Paulo Freire e Gramsci para “reformar a humanidade”, o que, na prática, significa apenas doutrinação ideológica para produzir papagaios marxistas (alguns poderão até chegar ao estrelato na Globo).
Ninguém deveria levar a sério a opinião política ou ideológica de um ator ou uma atriz, pois não há absolutamente nada que garanta seu conhecimento ou sabedoria sobre tais tópicos. Infelizmente, não é assim que as coisas funcionam. A fama obtida como ator ou atriz permite uma ampla audiência para a divulgação de agendas políticas e ideológicas, quase sempre absurdas.
Por isso é preciso rebater as baboseiras desses famosos, pois elas influenciam a população, que mistura as bolas e presta atenção na mensagem só porque veio de alguém famoso. Não se ligam que para atuar não é preciso ter conhecimento político ou econômico algum. Algumas vezes basta ter um rosto bonito e saber mentir bem, metamorfoseando-se em diferentes personagens de acordo com o roteiro.
Rodrigo Constantino

sexta-feira, 24 de abril de 2015

PSDB pedirá o impeachment de Dilma Rousseff na próxima semana


Bancada do partido na Câmara é amplamente favorável à tese. Planalto estuda como reagir

129_1842-Dilma (2)Leiam os trechos da reportagem da Agência Estado:
A bancada do PSDB na Câmara pretende apresentar na próxima semana, “entre terça e quarta-feira”, o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade, com base nas chamadas pedaladas fiscais, e por suposta omissão da petista no esquema de corrupção da Petrobras. O líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP), disse que apresentará o parecer dos deputados ao presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG) mas entende que já há elementos suficientes para conseguir o impedimento da presidente.
O PSDB aguarda um parecer do professor Miguel Reali, antes de anunciar uma decisão sobre o tema. Tucanos como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se posicionaram contrários ao pedido de impeachment. No entanto, Sampaio afirma que o protagonismo da decisão é da bancada na Câmara. “Respeitamos a posição do ex-presidente Fernando Henrique e dos ex-senadores que discordam, mas a Casa que decide é a Câmara. A bancada tem clareza de que o momento enseja o impeachment. As motivações dadas tanto no petrolão com a omissão dela (presidente Dilma) como nas pedaladas fiscais, com o comportamento dela, são elementos necessários”, disse Sampaio que afirma ter apoio de 95% da bancada, embora não tenha apresentado um levantamento preciso.
Alguns notáveis juristas já crêem haver fundamentos legais para o impeachment, dentre eles Ives Gandra Martins (leiam aqui) e Modesto Carvalhosa (entrevista aqui).

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Lava Jato bloqueia R$ 1,4 milhão em contas de parentes de Cerveró no exterior


O Ministério Público Federal conseguiu bloquear aproximadamente R$ 1,4 milhão no exterior que estavam em contas de parentes de Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras acusado de envolvimento nos crimes investigados pela Operação Lava Jato.
O Blog obteve a informação de que um país estrangeiro confirmou nesta semana o bloqueio de 305,9 mil libras esterlinas, o que na cotação desta quarta-feira (22) era pouco menos de R$ 1,4 milhão. A suspeita é de que o dinheiro seja fruto de desvios da estatal.
Segundo um procurador ligado ao caso, o MP descobriu que a esposa de Cerveró fez transferências internacionais -- do Brasil para o exterior -- para uma conta no nome da irmã e de um cunhado.
A suspeita do investigador é de que a conta fosse encerrada em breve, motivando, assim, o pedido de bloqueio até que sejam dissipadas as dúvidas sobre a origem do dinheiro.
O Ministério Público Federal não dará outras informações sobre o caso até que as investigações sejam concluídas.
O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras é acusado de receber mais de US$ 40 milhões em propinas no esquema revelado pela Lava Jato.
Réu em duas ações penais, ele é também investigado pelo MPF do Rio de Janeiro no caso relacionado à compra da refinaria de Pasadena, no Texas.
Procurado pelo blog, o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, informou que ainda não tinha sido informado sobre o bloqueio e, por isso, não poderia comentá-lo. “Só quando for oficial”, diss DO Matheus Leitão-G1

O Exército de Lula

 
O Dr. Lula da Silva, considerado patrocinador e “figura carismática” da esquerda sul-americana, anda cada vez mais desarvorado. Não é para menos. O velho malandro já percebeu que o brasileiro não engole mais suas patranhas de provedor da luta de classes e “patrono da causas populares” – um mito que se esfrangalhou desde que a nação entendeu, pela exacerbação dos escândalos em evidência, que o finório politiqueiro não passa de um abastado burguês do tipo “novo rico”, aboletado em apartamento de luxo, com triplex em balneário da moda, a se fartar de taças de Romanée-Conti (vinho de banqueiros internacionais, US$ 12.500 a garrafa) e proteger amigas dispendiosas (ainda que mantidas com as rebarbas da grana pública).
De fato, mais que desarvorado o doutor Lula, diante da adversa realidade política e social que se lhe apresenta como irreversível, tornou-se um caso clássico de histeria, manifesta nas suas encenações de arroubos e gestos convulsivos e na contínua explosão da voz roufenha a proferir ameaças radicais – sintomas inequívocos do que o psiquiatra Charcot chamava de “simulação neurótica”. No resumo da opereta, fingindo não perceber a crescente escala de indignação que toma conta do país contra os seus atos criminosos, o manda-chuva do PT, na sua insensatez autista, parece repetir a fala do tirano Muammar Kaddafi antes de morrer a pauladas pelas mãos da população líbia enfurecida depois de anos de privações, mentiras e muita demagogia: “Mas vocês… Esperem!… Por que vocês querem me matar?”.
Recentemente, num ato público em que se apresentava como “defensor da Petrobras”, empresa falida pela ação fraudulenta do partido de sua propriedade, o PT, Lula, para intimidar os manifestantes contrários, ameaçou colocar o “Exército de Stédile” nas ruas, vale dizer, os milhares de militantes profissionais do MST, CUT e da famigerada UNE, além dos milhares de milicianos recrutados em Cuba, Venezuela, Haiti, Angola e Guiné Equatorial, todos a compor um exército armado de milicianos que se aloja no Brasil mantido pela grana bilionária saqueada dos cofres de empresas como a Petrobras.
(Aliás, a propósito dos milhares de milicianos do Haiti que entraram no Brasil pelas portas escancaradas do governo petista do Acre, muitos deles foram flagrados, de porrete em mãos, nas manifestações de rua em “defesa da Petrobras”, na frente da ABI, no Rio de Janeiro).
Mas, a verdade é que hoje, diante da decidida vontade da população brasileira, o “Exército de Stédile”, no fundo comandado por Lula, é um exército de merda, exército de merda, repito, e covarde. Tal qual o exército dos 127 guerrilheiros comandados por Guevara nas selvas do Congo, posto a correr, vergonhosamente, pelos 70 soldados do coronel irlandês Mike Hoare, em 1965.
De minha parte, penso que não há o que temer do aparato miliciano açulado por tipos como Stédile, um tigre de papel. Temível é a tropa de petistas e simpatizantes escalada para tomar conta do STF, nomeadamente Luís Roberto Barroso, Lewandowski, Dias Toffoli, Rosa Weber, Teori Zavascki e, na ante-sala da Suprema Corte, o advogado Luiz Edson Fachin, venerado pela CUT e o MST, uma gente capaz de livrar a cara de Zé Dirceu com menos de um ano de cadeia e defender Cesare Battisti, o terrorista condenado à prisão perpétua na Itália por matar quatro pessoas, entre elas duas crianças.
(*) Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos. DO R.DEMOCRATICA

Ruína da Petrobras tem nome(s): Lula e Dilma


Ao divulgar o balanço da Petrobras, Aldemir Bendini, presidente da companhia, pediu “desculpas em nome dos funcionários.” Disse que “há um sentimento de vergonha.” A maior injustiça que se pode cometer com a estatal é acomodar nos ombros do seu corpo funcional toda a responsabilidade pelo desastre escancarado na escrituração tardia. Essa ruína tem nome(s): Lula e Dilma Rousseff.
Por delegação de Lula, a Petrobras está sob a alçada de Dilma desde a chegada do PT ao poder federal, em janeiro de 2003. Primeiro, ela foi ministra de Minas e Energia, de cujo organograma pende a estatal. Depois, acumulou as atribuições de supergerente da Casa Civil com a presidência do Conselho de Administração da Petrobras. Em seguida, como presidente da República, centralizou todas as funções anteriores.
Lula e Dilma já disseram que não sabiam de nada sobre a pilhagem que pôs a Petrobras de joelhos. Agora, além da piada da cegueira, a dupla terá de arranjar uma lorota para justificar a incompetência. Os números oficiais informam que a corrupção não foi o maior problema da Petrobras. A inépcia gerencial foi sete vezes superior à roubalheira.
Os auditores lançaram na coluna do passivo perdas de R$ 50,8 bilhões. Desse total, R$ 6,194 bilhões referem-se ao câncer das propinas escarafunchadas na Operação Lava Jato. Os outros R$ 44,63 bilhões viraram fumaça por conta da incúria administrativa. Nessa conta, entram delírios nascidos da megalomania de Lula e do interesse em fazer uns dinheirinhos para saciar os apetites do conglomerado partidário que gravita na órbita do governo.
Cancelaram-se novas etapas da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Comperj, no Rio. Foram enviadas às calendas as refinarias companheiras do Ceará e do Maranhão, prometidas pelo morubixaba do PT aos clãs Gomes e Sarney, respectivamente.
Sob Lula, Dilma engolira todos esses empreendimentos sem esboçar contrariedade. Se discordasse, teria sido enviada ao olho da rua pelo chefe. Ou teria pedido o boné. Preferiu ficar. Mais que isso: sucedendo o criador, optou por manter o discurso triunfalista e as obras delirantes. Pior: escamoteou a movimentação dos representantes da bancada do dinheiro na diretoria da Petrobras.
Admita-se, para efeito de raciocínio, que o grosso do escândalo que carcome a administração Dilma foi jogado no colo dela pelo antecessor. A criatura teve uma chance de espantar a macumba do criador há pouco mais de um ano. Em março de 2014, numa resposta ao Estadão, Dilma informara em nota que, como presidente do Conselho Administrativo da Petrobras, aprovara a compra da refinaria texana de Pasadena com base em “informações incompletas'' deitadas sobre um “parecer técnica e juridicamente falho'' pelo então diretor Nestor Cerveró.
Dias depois, o juiz Sérgio Moro mandou a Polícia Federal prender Paulo Roberto Costa, um ex-diretor da Petrobras que deixara a empresa sob elogios da direção. Podendo associar-se a sério aos esforços para lancetar o tumor, Dilma se deixou enquadrar por Lula e pela banda do PT que traz um código de barras na lapela.
Criticada pelo “erro” do sincericídio da nota sobre Pasadena, a presidente recolheu a língua e liberou seus operadores para negociarem o silêncio de Cerveró e de Paulinho. Com isso, abriu mão de se tornar solução para continuar sendo parte do problema. Por azar, Paulinho decidiu lutar pela redução de suas penas com o suor do seu dedo. Foi imitado por outros 15 delatores.
Na noite passada, ao informar que a Petrobras registrou prejuízo de R$ 21,58 bilhões no ano de 2014, invertendo o lucro de R$ 23,6 bilhões que amealhara em 2013, Aldemir Bendini construiu uma analogia aérea: “Vejamos o caso de um desastre aéreo. É sempre através dele que se aperfeiçoam as medidas de segurança. Vamos dizer que a gente passou por um grande desastre. Isso servirá para que a gente invista cada vez mais em governança.”
A imagem, por infeliz, remete a plateia à tragédia aérea mais recente, aquela em que o copiloto Andreas Lubitz trancou o piloto do jato da companhia Germanwings do lado de fora da cabine e mergulhou o voo 4U9525 nas montanhas dos Alpes franceses, matando 150 pessoas. Se Dilma bobear, Lula ainda vai bater à sua porta para, num desespero simulado, assumir o papel do piloto inocente. DO JOSIASDESOUZA-UOL

No 6° aniversário, a coluna propõe um brinde à aproximação da alvorada


Nascida em 22 de abril de 2009, a coluna convida os leitores a incluir na celebração do 6° aniversário a leitura dos cinco versos finais de “A Morte do Leiteiro”, do grande Carlos Drummond de Andrade:
DUAS CORES SE PROCURAM,
SUAVEMENTE SE TOCAM,
AMOROSAMENTE SE ENLAÇAM,
FORMANDO UM  TERCEIRO TOM
A QUE CHAMAMOS AURORA.
O epílogo do poema é um resumo do Brasil deste singularíssimo 2015. Justificadamente indignados, aflitos ou perplexos com os estragos decorrentes das crises econômica, política, moral e institucional, numerosos leitores e comentaristas ainda não vislumbram a luz que há por trás das sombras: além de torná-la irreversível, a derrocada da economia apressou a agonia da seita lulopetista.
Desemprego e inflação tiram o sono e o sossego, mas fazem à vista. Acossados pela volta dos dois fantasmas, milhões de brasileiros enfim enxergaram a devastação produzida por 12 anos de inépcia, embuste e corrupção, fora o resto. Não será fácil pagar a conta da farra. Nâo deixa de ser um consolo testemunhar o encerramento da festa bilionária no grande clube dos cafajestes no poder.
Há seis anos, quando esta ilha se incorporou no Dia do Descobrimento ao diminuto arquipélago ocupado pelo jornalismo independente, os brasileiros decentes eram menos de 10% no universo das pesquisas de opinião. Mas não nos rendemos. Os liberticidas patológicos fizeram o diabo para exterminar a oposição real. Mas não capitulamos. “Vamos ganhar porque temos razão”, aqui se repetiu incontáveis vezes, sobretudo em momentos de compreensível pessimismo. E então se deu a brusca mudança da paisagem.
Semanas depois da reeleição de Dilma Rousseff, o imenso viveiro de abúlicos começou a despertar, milhões de conformados entenderam que o espetáculo do cinismo fora longe demais. Hoje, os que sonhavam com o poder absoluto e eterno só tapeiam 13%  de fanáticos e desinformados que acham “bom” ou “ótimo” o pior governo da história. Nas ruas, as manifestações promovidas pela companheirada reúnem menos gente que quermesse de lugarejo.
Nas pesquisas de opinião, Dilma coleciona recordes de impopularidade. É difícil acreditar que completará o mandato. Lula já aparece abaixo de Aécio Neves na disputa pela presidência. O bando para o qual os fins justificam os meios é uma espécie em extinção. O país que presta agora é muito maior que o outro. A noite que começou em 2003 vai chegando ao fim.
Brindemos ao aniversário da coluna e também à tenacidade da resistência democrática, amigos. Falta pouco para a consumação da derrota definitiva da tribo fora da lei. Como nos versos de Drummond, o horizonte claro/escuro anuncia a aproximação da aurora. DO A.NUNES

O DESASTRE DA PETROBRAS, A OBRA DOS COMPANHEIROS PETISTAS E O QUE DISSE DILMA EM 2009 PARA MATAR UMA CPI. OU: NO MÍNIMO, MERECIA UMA CADEIA MORAL!

Os números da Petrobras que vieram a público não derivam de uma tramoia urdida pela oposição. Também não decorrem de alguma armação orquestrada por adversários do estatismo. Aldemir Bendine, atual presidente da empresa, que acompanhou a confecção do balanço, é um petista com extensa folha de serviços prestados ao petismo. Foi posto na estatal para, vamos dizer, arranjar as coisas: nem poderia ser inconvincente a ponto de o mercado dar de ombros e considerar o balanço uma empulhação; nem poderia ser, vamos dizer, de um realismo cru.
E foi esse misto de realismo e prudência industriada que produziu, ainda assim, números espantosos: o prejuízo da Petrobras, no ano passado, foi R$ 21,587 bilhões. O custo-corrupção, por enquanto, está em R$ 6,194 bilhões. A revisão dos ativos levou a uma baixa de R$ 44,636 bilhões. O ano passado terminou com a empresa devendo R$ 351 bilhões.  O irrealismo, ou surrealismo, em que a empresa estava metida era de tal ordem que o mercado internacional até que reagiu bem aos números. Talvez aconteça o mesmo por aqui nesta quinta.
Atenção, meus caros! A admissão desses números não decorreu de uma iniciativa interna, dos comandantes da empresa, do governo, das autoridades públicas responsáveis pela área. Tratou-se de uma imposição da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) para continuar a auditar o balanço.
Eis aí o resultado de 12 anos de gestão petista. Como ignorar que o modelo de eficiência e gestão da Petrobras, cantado em prosa e verso, permitiu que a empresa se tornasse um covil, uma associação criminosa, um valhacouto, um abrigo de larápios? E sempre caberá a pergunta óbvia e obrigatória: onde mais?
E que se note: a empresa não exibe esses resultados desastrosos apenas por causa da corrupção. A ela se somam também a má gestão, as decisões equivocadas, a tacanhice ideológica e a vigarice intelectual. A Petrobras chega à pior situação de sua história — trata-se da petroleira mais endividada do planeta — porque o petismo usou o preço do combustível para compensar sua política econômica canhestra e caduca. Agora mesmo, enquanto escrevo, a estatal vende combustível com prejuízo em razão da questão cambial. Isso será corrigido?
É preciso ir além. Dados os números, a empresa terá de vender ativos e, por óbvio, não poderá arcar com as obrigações que lhe impõe o regime de partilha do pré-sal. Mas a estupidez e a ideologia barata continuarão a deitar a sua sombra sobre a racionalidade.
O passado da Petrobras, mesmo com um encontro de contas, que acabará sendo recebido até com boa-vontade pelo mercado, é esse que vemos, com tais números. Mas que futuro aguarda a empresa brasileira? Basta olhar para o mercado mundial de petróleo para constatar que o nacionalismo bocó, misturado com a ladroagem mais nefasta, conduz a Petrobras à inviabilidade.
Eu poderia deixar barato, mas não vou, não. Dilma é a chefona do setor energético — e também da Petrobras — há 12 anos. Está no 13º.  Esta senhora só admitiu que poderia haver algo de errado na empresa 15 dias antes da eleição — e ainda o fez de modo obliquo.  Em 2009, já pré-candidata à Presidência, a então chefe da Casa Civil foi a público para tentar implodir, e conseguiu, a CPI da Petrobras.
Vejam o vídeo abaixo. Eu transcrevo a sua fala em seguida.

“Eu acredito que a Petrobras é uma empresa tão importante do ponto de vista estratégico, no Brasil, mas também por ser a maior empresa, a maior empregadora, a maior contratadora de bens e serviços e a empresa que, hoje, vai ocupar cada vez mais, a partir do pré-sal, espaço muito grande, né?, ela é uma empresa que tem de ser preservada. Acho que você pode, todos os objetos, pelos menos os que eu vi da CPI, você pode investigar usando TCU e o Ministério Público. Essa história de falar que a Petrobras é uma caixa- preta… Ela pode ter sido uma caixa-preta em 97, em 98, em 99, em 2000. A Petrobras de hoje é uma empresa com um nível de contabilidade dos mais apurados do mundo. Porque, caso contrário, os investidores não a procurariam como sendo um dos grandes objetos de investimento. Investidor não investe em caixa-preta desse tipo. Agora, é espantoso que se refiram dessa forma a uma empresa do porte da Petrobras. Ninguém vai e abre ação na Bolsa de Nova York e é fiscalizado pela Sarbanes-Oxley e aprovado sem ter um nível de controle bastante razoável”.
Nota: Sarbanes-Oxley é o nome de uma lei dos EUA (formado a partir dos respectivos sobrenomes de um senador e de um deputado), de 2002, que estabelece mecanismos de transparência contábil para as empresas que operam na Bolsa dos EUA.
Enquanto Dilma dizia essas coisas, os ratos corroíam a Petrobras.
Convenham: quando menos, Dilma deveria ser enviada para uma cadeia moral, não é mesmo?
Por Reinaldo Azevedo-Rev Veja

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Com prejuízo de R$ 6,2 bilhões decorrente da corrupção, balanço da Petrobras é obra de ficção

petrobras_23Para inglês ver – Com cinco meses de atraso, a Petrobras divulgou nesta quarta-feira (22), após o fechamento do mercado acionário, o balanço auditado do terceiro trimestre de 2014. A demora se deveu ao fato de que a PricewaterhouseCoopers (PwC) se negou a assinar o balanço da estatal referente ao período.
De acordo com o documento, a companhia petrolífera teve prejuízo líquido de R$ 21,587 bilhões, resultado fruto das perdas provocadas pelos escândalos de corrupção que foram descobertos na Operação Lava-Jato deixaram prejuízo de R$ 6,2 bilhões, somente em 2014. Vale destacar que antes de deixar a presidência da Petrobras, Maria das Graças Foster afirmou, sem medo de errar, que a empresa acumulou prejuízo de R$ 88 bilhões com o Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história da humanidade.
O prejuízo anunciado nesta quarta-feira é o primeiro da Petrobras desde 1991, quando a estatal registrou prejuízo de R$ 92 mil, de acordo com dados da consultoria Economática, que ajustou os valores para o real. As perdas atingiram R$ 5,3 bilhões e R$ 26,6 bilhões no terceiro e quatro trimestres, respectivamente.
A direção da companhia explica, no relatório que acompanha as demonstrações financeiras, que o prejuízo de 2014 refletiu o impairment (desvalorização) dos ativos, principalmente os relacionados às atividades de refino, exploração e produção de petróleo e gás natural, além de petroquímica.
“O prejuízo de R$ 21,587 bilhões no exercício de 2014 é devido à perda de R$ 44,636 bilhões por desvalorização de ativos (impairment). O valor da baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente no ativo imobilizado oriundos do esquema de pagamentos indevidos descoberto pelas investigações da Operação Lava Jato (baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente) foi de R$ 6,194 bilhões”, enfatiza a petrolífera.
Rei posto
Não foi por acaso que Aldemir Bendine deixou a presidência do Banco do Brasil para assumir o comando da Petrobras. Bendine foi guindado ao cargo porque se submete às ordens da presidente Dilma Rousseff, a quem interesse jogar uma espessa cortina de fumaça sobre os números contábeis da estatal.
Dono de fala que deixa a desejar, Aldemir Bendine não convenceu ao anunciar o balanço da empresa, que deveria ter sido divulgado em novembro passado.
Considerando que, em meados de 2006, em meio à campanha presidencial daquele ano, petista afirmaram de forma leviana que uma vitória do PSDB nas urnas representaria a privatização da Petrobras. Para quem vaticinou essa bobagem, os números do balanço da Petrobras mostram que a privatização teria sido menos danosa ao País, tomando por base a extensão da roubalheira ocorrida na esfera do Petrolão.
Efeito dominó
A divulgação do balanço auditado, mesmo com atraso, reforçou a esperança da Petrobras de recuperar a confiança dos investidores, principalmente por causa da suposta transparência dos números. Apesar de a empresa viver envolta em um manto de mistérios, pelo menos um fato ficou claro na divulgação do balanço: a possibilidade de quebra da estatal foi definitivamente afastada.
Entre a bancarrota e a capacidade de recuperação há uma enorme e profunda distância, algo que o Palácio do Planalto e a diretoria da Petrobras jamais admitirão. Fora isso, é preciso considerar que o mercado financeiro global ainda quantificou o real valor da companhia, que sob o manto de Dilma Rousseff derreteu.
Por mais que os péssimos números do balanço da Petrobras sejam aparentemente bons, não se pode desconsiderar o fato de que a Operação Lava-Jato, que desmontou o esquema de corrupção que sangrou os cofres da empresa, ainda está em seus primeiros capítulos.
Com os delatores revelando a cada dia novas informações sobre o imbróglio, mais escândalos devem surgir em breve, comprometendo sobremaneira os números contábeis da empresa. O caso da empresa de táxi aéreo que presta serviços à Petrobras, noticiado com exclusividade pelo UCHO.INFO, é prova inconteste dos escândalos que estão por vir.
Ingerência desastrosa
Quando assumiu o poder central em janeiro de 2003, Luiz Inácio da Silva, o agora lobista de empreiteira, passou a tratar a Petrobras como uma empresa do criminoso governo petista, quando na verdade a companhia é propriedade do Estado brasileiro. Ao vencer a corrida presidencial de 2002, Lula tornou-se presidente da República, não dono do Brasil, como tentou agir durante seus dois mandatos.
As atabalhoadas incursões do Palácio do Planalto na gestão da Petrobras e o absurdo aparelhamento da companhia para acomodar a “companheirada”, levaram a petroleira à dificuldades financeiras graves, a ponto de fornecedores terem quebrado por atraso nos recebimentos.
No momento em que o governo do PT, após ter perdido o controle da economia, decidiu congelar os preços dos combustíveis, obrigando a Petrobras a importar gasolina e vender o produto de forma subsidiada no mercado interno, a empresa ingressou em um caminho sem volta.
Com essa medida desastrosa, que tinha por objetivo evitar a disparada da inflação oficial, os cofres da Petrobras sofreram uma sangria financeira sem precedentes, que durou pelo menos quatro anos, período que coincide com o primeiro mandato de Dilma Rousseff, a incompetente.
Prejuízos e prisão
Independentemente do fato de o prejuízo auferido pela Petrobras, na esteira da Operação Lava-Jato, ser menores daquele que se ergue a partir dos bastidores do Petrolão, a cúpula do Partido dos Trabalhadores, incluindo Lula e Dilma, deveria estar atrás das grades por ter saqueado a maior empresa brasileira e até recentemente uma das mais importantes do planeta no âmbito dos negócios de exploração de gás e petróleo.
Em qualquer país minimamente sério, e com autoridades responsáveis e corajosas, cumpridoras da legislação, Lula e sua matilha já estariam presos, pois é inadmissível que uma empresa do porte da Petrobras seja saqueada apenas para atender o projeto totalitarista de poder de um partido que tem o DNA de organização criminosa.DO UCHO.INFO

Pimentel, Lewandowski e Stedile são vaiados em Minas. É a voz das ruas…

Por Reinaldo Azevedo
O governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), resolveu usar o mandato para tentar desconstruir a imagem de antecessores. O tiro pode estar saindo pela culatra. Nesta terça, na solenidade de entrega da Medalha da Inconfidência, em Ouro Preto, o homem recebeu vaia de todo lado — e o mesmo aconteceu com alguns de seus agraciados. Já chego lá. Vestidos com camisetas pretas, professores se diziam de “luto pela educação”. Sim, a CUT e o Sind-UTE estavam lá. Mas havia grupos sem nenhuma vinculação com as esquerdas.
Muitos dos presentes protestavam mesmo era contra a lista de agraciados. Pimentel concedeu a medalha, entre outros, a Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo, e a João Pedro Stedile, o chefão do MST, que é um contumaz violador de leis.
Uma das faixas estampava: “A Inconfidência é dos brasileiros e não do PT”. Manifestantes repudiavam “apadrinhados do PT de reputação duvidosa”. Houve princípio de panelaço quando Pimentel e Lewandowski discursaram. “Estamos indignados com a corrupção, desvio de dinheiro, apropriação da riqueza do país”, afirmou, por exemplo, o comerciante André Brandão.
Ao se referir ao presidente do Supremo, o ministro predileto dos petistas, o governador de Minas viu nele um homem “fiel à sublime missão da magistratura”, dono de um “incomparável senso de Justiça”. Referindo-se, ainda que de modo oblíquo, ao petrolão, considerou Pimentel: “O sistema jurídico perfeito não é aquele que se alimenta do estardalhaço, mas aquele que se alimenta dos fatos e somente dos fatos”. Huuummm… Nem parece o governante que está há quase quatro meses demonizando os que o antecederam no cargo.
A solenidade se deu na Praça Tiradentes, mas não foi exatamente pública. Uma área foi cercada para o evento, e 600 pessoas foram selecionadas para desempenhar o papel de “povo feliz”.
Os que protestavam contra o governador, contra Lewandowski e contra Stedile — perto de três mil pessoas — não puderam passar a barreira. O PT, ultimamente, anda de mal com o povo…

Pimentel exaltou a figura de Tiradentes: “Estamos reunidos para celebrar a memória de um homem, um herói e um mito. Representa um ideal sublime e difuso”.
Pois é… Eu estou enganado, ou a Inconfidência Mineira foi liderada por personalidades que os petistas hoje não hesitariam em chamar de “coxinhas”?
Para encerrar: ornar o peito de Stedile com a medalha que remete a um homem que, a seu tempo, lutou contra a tirania é um acinte. Stedile, como resta evidente, é um homem que luta abertamente contra a democracia.
22/04/2015 DO R.DEMOCRATICA

domingo, 19 de abril de 2015

PEDIDO DE IMPEACHMENT DA DILMA PODERÁ SER APRESENTADO EM BREVE PELA OPOSIÇÃO E SE TRANSFORMA NO ÚLTIMO RECURSO PARA SALVAR O BRASIL. A CRISE NÃO DÁ TRÉGUA.

Foto ou fotomontagem que circula pelas redes sociais. Todavia é a forma como os brasileiros dão o seu recado pelo Facebook, Twitter e demais redes da internet numa onda que cresce dia a dia e já atingiu em cheio o Congresso Nacional sem que se possa prenunciar que irá amainar. Com razão, senadores e deputados já sentiram o cheiro de carne queimada.
O texto que segue é um editorial do jornal O Estado de S. Paulo que além de estar correto e bem escrito, coisa cada vez mais rara na grande mídia brasileira, vai diretamente ao ponto, ou seja, analisa a crise em que o PT mergulhou o Brasil e revela que um grupo de partidos da Oposição deverá apresentar, talvez dentro de poucos dias, o pedido de impeachment da Dilma.
Cumpre notar que o jornal O Estado de S. Paulo , embora contaminado pelo jornalismo chulé que domina a grande mídia brasileira, mantém uma reserva de jornalistas de boa cepa em sua equipe de editorialistas, talvez remanescentes de uma época em que a profissão de jornalista exigia muito mais do que um diplominha conferido por esses centros de lavagem cerebral comunista conhecidos como “cursos de jornalismo”. O título original do editorial é "A crise não dá trégua".Leiam:
Água morro abaixo e fogo morro acima, diz a sabedoria popular, ninguém segura. É o que se pode dizer também da crise política em que a soberba e o sentimento de impunidade do PT mergulharam o País ao longo de 12 anos em que a gestão da coisa pública foi colocada prioritariamente a serviço de um projeto de poder. Dia após dia, novas revelações sobre desmandos do governo e investigações criminais no âmbito público explicitam as razões pelas quais os índices de avaliação popular da administração petista e do desempenho pessoal da presidente Dilma Rousseff situam-se em níveis baixíssimos.
A gravidade da situação fica evidenciada, do ponto de vista político-institucional, pelo fato de que o efeito bola de neve da crise está levando ao fortalecimento da demanda popular pelo "fora Dilma", reiteradamente apoiada por pesquisas de opinião e pelas manifestações de rua. E a novidade é que essa reivindicação, até agora tratada com a indispensável cautela pela representação política institucional, começa a ser adotada como bandeira pelos partidos de oposição.
Isso significa que o debate sobre o impeachment passa a fazer parte da pauta política do Congresso Nacional e poderá resultar, talvez mais brevemente do que se possa imaginar, no pedido formal de afastamento da presidente da República.
IMPEACHMENT NÃO É GOLPE!
Conforme já foi mais de uma vez dito neste espaço, impeachment não é golpe, como deseja fazer crer o PT. Trata-se de recurso constitucional, remédio amargo para situações extremas, sempre com as cautelas legais e políticas necessárias para minimizar o inevitável impacto da deposição de um governante que tenha perdido a legitimidade com que foi eleito.
Estabelece a Constituição que o presidente da República pode ser acusado, no exercício de suas funções, tanto por infrações penais comuns quanto por crimes de responsabilidade. Em ambos os casos a acusação formal deve ser submetida à Câmara dos Deputados, que a aceitará ou recusará pela maioria qualificada de dois terços de seus integrantes. Aceita a acusação pelos deputados, quando se tratar de crimes comuns, o julgamento será feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Nos crimes de responsabilidade, a decisão cabe ao Senado, também com quórum qualificado de dois terços.
Os crimes de responsabilidade do presidente da República, previstos no artigo 85 da Constituição, são, entre outros, aqueles praticados contra a existência da União, o livre exercício dos Poderes da República, o exercício dos direitos políticos e a probidade na administração. Nesses casos, o julgamento assume caráter essencialmente político, pelo simples fato de a decisão caber não a magistrados, mas aos senadores da República. Essa certamente é uma condição que será levada em conta pelos partidos de oposição ao propor à Câmara um pedido de impeachment de Dilma Rousseff.
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ENTENDA O QUE SÃO 'PEDALADAS'
Para que os leitores entendam de forma fácil o que são as pedaladas, coloco aqui no meio do texto do Estadão, um vídeo em que Diogo Mainardi e Mario Sabino, do site O Antagonista, trocam em miúdos esta questão. A explicação de Sabino de forma simples, revela o tamanho da enrascada em que Dilma e seus sequazes se meteram para fabricar falso superavit nas contas governamentais. 

Até agora as investigações da Operação Lava Jato não levantaram nenhuma prova direta do envolvimento de Dilma Rousseff no escândalo da Petrobrás. Mas, como afirmou o procurador-geral, Rodrigo Janot, as investigações que envolvem políticos serão necessariamente demoradas. No mesmo dia o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, por unanimidade, que as manobras que foram realizadas pelo Tesouro com dinheiro de bancos públicos para maquiar as contas públicas constituem crime de responsabilidade. Essa decisão não atinge Dilma, mas envolve 17 ministros, ex-ministros ou altos executivos de seu governo, como Guido Mantega, Luciano Coutinho, Nelson Barbosa, Alexandre Tombini e Aldemir Bendine, este hoje presidente da Petrobrás. Todos têm 30 dias para se explicar junto do TCU.
Na mesma quarta-feira, estimulados pelos últimos acontecimentos, os partidos de oposição - PSDB, PPS, DEM, PSB, SD e PV - reuniram-se em Brasília e decidiram que apresentarão à Câmara, em conjunto e em breve, pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente. Pelo jeito, depois de mais de 12 anos os tucanos, no embalo da água que desce e do fogo que sobe, parecem ter descoberto que formam o principal partido da oposição e só serão levados a sério se seus atos tiverem alguma contundência.DO ALUIZIOAMORIM

O homem do impeachment

O ministro Augusto Nardes, do TCU, disse ontem à tarde que Dilma Rousseff deve ser responsabilizada legalmente pelas pedaladas fiscais:
"Existem várias situações de ilegalidade em relação às pedaladas. Já no ano passado havíamos encontrado uma situação muito crítica pelo fato de o Ministério da Fazenda não ter contabilizado algumas operações. E agora constatamos que houve uma série de empréstimos feitos pela CEF e outras instituições que somam mais de 40 bilhões de reais sem uma sustentação legal".
Augusto Nardes é do PP, que corre o risco de ser extinto pela Lava Jato. Cassar o mandato de Dilma Rousseff por causa de suas tramóias fiscais é o melhor caminho para tentar esfriar o inquérito e garantir a sobrevivência de meia-dúzia de parlamentares de seu partido. DO OANTAGONISTA

Gravação obtida pela Folha mostra que engavetamento da denúncia da SBM contra Petrobrás foi tramóia para beneficiar Dilma

Ao lado, arte também da Folha, explicando com cronograma toda a tramóia.Clique em cima da imagem para ver melhor. 
Nesta reportagem de enorme repercussão pública e política, intitulada "Gravação contradiz versão da CGU sobre investigação", o repórter Leandro Colon denuncia neste domingo no jornal Folha de São Paulo que a CGU realmente fez uma tramóia para preservar Dilma Roussef durante a campanha eleitoral, ao contrário do que diz a CGU e confirma o governo. A CGU e o governo mentem. A contribuição do executivo britânico Jonathan Taylor para as investigações sobre os negócios da empresa holandesa SBM Offshore com a Petrobras no Brasil foi mais decisiva do que as autoridades brasileiras reconheceram nos últimos dias.
Como a Folha revelou na terça-feira, Taylor, um ex-diretor da SBM, entregou a três funcionários da CGU (Controladoria-Geral da União) um dossiê completo sobre a relação entre as duas empresas durante a campanha eleitoral do ano passado. O órgão de controle interno do governo só abriu processo contra a SBM em novembro, após a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Ao justificar a demora, a Controladoria afirmou que precisava de tempo para analisar todas as informações e minimizou a contribuição de Taylor.
Foi umas tramóia.
Leia toda a reportagem, com a transcrição de trechos da gravação da conversa de Taylor com a CGU, feita antes da campanha.
Mas uma gravação que registra o encontro do executivo com a CGU, obtida pela Folha, mostra que a Controladoria teve dificuldade para obter ajuda na Holanda e ainda não tinha nenhuma prova de corrupção vinda da Europa quando foi procurada por Taylor.
A CGU abriu uma investigação sobre os negócios da SBM em abril. Taylor ofereceu seu dossiê ao governo em agosto e recebeu os funcionários brasileiros no Reino Unido no dia 3 de outubro, véspera do primeiro turno da eleição presidencial no Brasil.
O executivo informou aos visitantes que o Ministério Público holandês achara havia quatro meses provas de que a SBM pagara propina para garantir contratos com a Petrobras. Os funcionários da Controladoria não tinham recebido a informação daquele país.
"Os holandeses me disseram pessoalmente que propinas foram pagas pela SBM para funcionários da Petrobras. Eles não falaram isso para vocês?", perguntou o executivo. Um dos funcionários da CGU respondeu: "Não, ainda não".
Os brasileiros pareciam achar que as autoridades holandesas desconfiavam da CGU: "São promotores, mas são holandeses", explicou um dos funcionários. "A SBM é uma grande empresa holandesa. Acho que, como holandês, há uma preocupação com o que pode acontecer."
De acordo com a gravação, o governo brasileiro também não tinha obtido nenhum tipo de colaboração da SBM até então. "Fomos para a Holanda, não foi uma conversa profunda, não saiu nada novo", disse um funcionário da CGU.
Na sexta (17), a Controladoria admitiu à Folha que até hoje não recebeu da SBM ou das autoridades da Holanda nenhuma informação oficial sobre o assunto, e reconheceu que o dossiê fornecido por Taylor foi a única coisa que conseguiu da Europa.
Em entrevista à Folha, o executivo britânico acusou o governo brasileiro de esperar a reeleição da presidente Dilma para abrir processo contra a SBM, evitando danos políticos que novas revelações sobre corrupção na Petrobras poderiam causar a Dilma.
A CGU negou que tivesse agido por motivação política e afirmou que nenhum dos documentos fornecidos por Taylor foi usado para "embasar conclusões dos trabalhos" antes da abertura do processo contra a empresa holandesa.
PROVIDÊNCIAS
Na terça-feira, o chefe da CGU, Valdir Simão, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deram uma entrevista para rebater as acusações feitas por Taylor ao governo na entrevista à Folha.
Ambos ressaltaram o fato de que a investigação da CGU foi aberta meses antes de Taylor aparecer e citaram os contatos feitos com o Ministério Público da Holanda e a SBM como exemplos de seu empenho para investigar o caso.
"Fizemos várias reuniões entre a CGU e o MP da Holanda", disse Simão. "As providências no plano internacional foram inteiramente tomadas em junho de 2014, e já estávamos em pleno debate eleitoral", afirmou Cardozo.
Taylor trabalhou por mais de oito anos para a SBM na Europa e é apontado pela empresa como responsável pelo vazamento de informações sobre o caso publicadas na Wikipedia em outubro de 2013.
O vazamento lançou suspeitas sobre a atuação da SBM no Brasil e na África. Os documentos indicam que a empresa pagou US$ 139 milhões ao lobista brasileiro Julio Faerman para que ele a ajudasse a obter contratos na Petrobras.
O dossiê entregue por Taylor às autoridades brasileiras inclui contratos e mensagens eletrônicas do lobista, apontado como o operador que distribuiu a propina a políticos e funcionários da estatal.
Em 12 de novembro, o Ministério Público da Holanda confirmou que encontrara provas de corrupção nos negócios da SBM no Brasil e anunciou um acordo com a empresa, pelo qual ela aceitou pagar multa de US$ 240 milhões para encerrar o caso.
Horas depois, a CGU anunciou que decidira abrir processo contra a empresa. No encontro em que tomaram o depoimento de Taylor, em outubro, os funcionários brasileiros disseram ao executivo que levariam mais três ou quatro meses para fazer isso.
A CGU afirmou na semana passada que Taylor pediu uma recompensa financeira em troca de sua colaboração. A gravação do encontro mostra que, antes de perguntar se isso seria possível, o executivo disse que continuaria colaborando "inteiramente", independentemente da resposta.
Delator revela que Procuradoria da Holanda confirmou propina
JONATHAN TAYLOR: The Dutch told me in person that the bribes were paid by SBM to Petrobras officials.
(Os holandeses me disseram pessoalmente que propinas foram pagas pela SBM para servidores da Petrobras.)
JONATHAN TAYLOR: In the meantime, they are publicly getting away.
(Enquanto isso, eles estão se livrando.)
Servidor da CGU: I do understand. The public press release (from SBM) does not reflect what is being investigated.
(Eu entendo. O press release (da SBM) não reflete o que está sendo investigado).
-CGU não havia recebido informação
SERVIDOR DA CGU: The people from prosecutors in Netherlands, they told you that they (SBM) admitted to them that they paid bribes to Petrobras officials, right?
(As pessoas da procuradoria da Holanda, eles te disseram que eles (SBM) admitiram para eles que pagou propina para funcionários da Petrobras, certo?)
JONATHAN TAYLOR: Where did you hear that from? Just me? (...) The Dutch did not tell you that?
(De onde você ouviu, só de mim? Eles não falaram isso para vocês?)
SERVIDOR DA CGU: No, no, or not yet.
(Não, não, ainda não)
OUTRO SERVIDOR DA CGU: That's the point, because from the moment we start to publish our evidences, to publish the results of our work, I believe things will gonna change, SBM and Openbar Ministerie will change the speech about this case.
(Esse é o ponto, porque a partir do momento que começarmos a publicar nossas evidências, publicar o resultado do nosso trabalho, acredito que as coisas vão mudar. SBM e Openbar Ministerie (Ministério Público da Holanda) mudarão seu discurso nesse caso.)
TERCEIRO SERVIDOR DA CGU: The only press release we published was the very first one, I can forward it to you. We expressly mentioned this investigation, but they just didn't catch in the English press. I can send it to you. Since that moment, we are not talking about this issue publicly.
(O único press release que publicamos foi o primeiro, posso te mandar. Nós expressamente mencionamos essa investigação, mas elas não chegaram à imprensa inglesa. Eu posso mandar para você. Desde aquele momento, nós não estamos falando sobre isso publicamente.)
JONATHAN TAYLOR: Why do you think the Duth are not telling you?
(Por que você acha que os holandeses não estão contando para vocês?)
Servidor da CGU: I think they don't have idea, as SBM, what is our task, that we could debar, because we met them personally, almost in the same way that we had meeting with SBM in Netherlands. So, that time, they didn't know exactly what CGU came through, what are you doing, what would be the results, they were very surprised when we told them (...) They are prosecutors, but they are dutch. SBM is a big dutch company. I think they also concern about what could happen, as a dutch person.
(Eu acho que eles não têm ideia, assim como a SBM, de nossa função, que nós podemos excluir, porque nos encontramos pessoalmente, quase no mesmo tempo que tivemos reunião com a SBM na Holanda. Naquele momento, eles não sabiam exatamente o que a CGU veio fazer, o que você está fazendo, quais seriam os resultados. Eles estavam surpresos quando falamos para eles. São promotores, mas são holandeses. SBM é uma grande empresa holandesa. Eu acho que, como holandês, há uma preocupação sobre o que pode acontecer. DO POLIBIOBRAGA