Três em cada 5 brasileiros já concordam que Dilma deveria deixar a presidência do Brasil a exemplo de Collor em 1992. Quatro em cada 5 brasileiros reprovam sua atuação como presidente.
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Pesquisa CNT/MDA divulgada na tarde de
hoje traz um importante dado para a crise política vivida no Brasil: o
número de brasileiros favoráveis ao impeachment de Dilma Roussef já é
maioria. Realizada entre os dias 16 e 19 de março, portanto, após os
protestos do dia 15, o levantamento aponta que 59,7% dos entrevistados concordam que o a chefe do executivo deveria ser legalmente impedida de seguir comandando o país. Mais ainda: que 77,7% não aprova seu desempenho.
Há mais alguns dados
levantados resumindo bem a situação atual. Se o segundo turno fosse
hoje, 55,7% dos entrevistados dizem que votariam no candidato da
oposição, Aécio Neves, contra apenas 16,6% que repetiriam o voto
depositado em favor de Dilma Roussef. Em votos válidos, isso representa
uma surra de 77% a 23% para o candidato tucano. Para cada brasileiro que
pensa que com Aécio “estaria pior” (17,4%), ao menos dois brasileiros
acreditam que com ele estaria melhor (38%).
Preocupa, no entanto, a falta de fé do
brasileiro na justiça. Para 65,7% das respostas, ninguém será punido ao
final de todo esse processo de investigação na Petrobras. Talvez resida
aí parte da explicação para o fato de 40,3% dos brasileiros ainda
negarem apoio à abertura de um processo de impeachment aos moldes do que
derrubou Collor em 1992.
Crise hídrica x Crise energética
Por mais que a mídia bata muito mais na
primeira tecla, os brasileiros, de uma forma geral, se mostram mais
preocupados com a segunda. Enquanto 53,7% assumem já ter tomado alguma
atitude para economizar o consumo de água, nada menos que 59,7% dizem
ter feito algo semelhante pela economia de energia. A diferença, no
entanto, deve refletir a abrangência de cada drama. Enquanto a seca se
concentrou no sudeste brasileiro, o rigoroso ajuste recente nas contas
de energia abrangeu toda a nação.
É preciso saber separar o que é verdade
do que é versão. Durante a campanha, o PT vendeu ao brasileiro uma
enorme e vergonhosa mentira. Quando o ditado diz que esta tem perna
curta, tenta explicar que versões que se distanciam dos fatos não se
sustentam por muito tempo. No caso, o trabalho do marketing petista não
chegou inteiro ao final do terceiro mês. E o brasileiro quer atitudes,
mesmo que drásticas, como um complexo pedido de impeachment de Dilma
Rousseff.
Cabe ao cidadão mais ativo, justamente o
que se dispõe a participar de protestos em casa ou nas ruas, cobrar
agora essas atitudes, seja dos demais poderes, seja da oposição. Apoio
popular, os números apontam, já há. Uma parcela de especialistas já
enxerga uma meia dúzia de caminhos jurídicos para que se chegue ao
resultado desejado. Falta vontade, ou até mesmo coragem, política. Que
ela venha.
DO IMPLICANTE
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