Agora veremos um vídeo gravado pouco após o meio-dia desta sexta-feira, 3/10, mostrando as evidências do gravíssimo crime eleitoral cometido pelo PT a partir do uso dos Correios para envio de material da candidata Dilma sem chancela ou comprovante de que houve postagem oficial. A cortesia vem da candidata a deputada federal Denise Abreu (PEN) por São Paulo.
Aqui está o vídeo:
Belíssimo trabalho! Isso é o que se chama “pegar com a boca na botija”. E por favor, viralizem esse vídeo.
Para que você entenda toda a gravidade da situação, leia a matéria da Época Negócios, que explica mais este crime eleitoral do PT de forma claríssima:
Os Correios abriram uma exceção para o PT e distribuíram em São Paulo panfletos da presidente Dilma Rousseff sem chancela ou comprovante de que houve postagem oficial. A estampa, prevista em norma da própria estatal, serve para demonstrar que houve pagamento para o envio, de forma regular, da propaganda eleitoral. Sem ela, é difícil atestar que a quantidade de material distribuído corresponde ao que foi contratado pelo partido. O número declarado de panfletos distribuídos sem chancela dos Correios foi de 4,8 milhões.Agora, não há mais o que negar. Nenhum partido chegou tão baixo na história do Brasil em termos do uso desonesto da máquina a seu favor. E olhem que ainda estamos aguardando a delação do doleiro Alberto Youssef, que promete ser ainda mais devastadora que a de Paulo Roberto Costa.
A exceção para os petistas foi aberta a partir de um comunicado interno dos Correios em São Paulo, no qual a empresa autoriza, em caráter “excepcional”, a postagem dos folders na modalidade de mala postal domiciliária (MPD). A Diretoria Regional Metropolitana, responsável pelo aval, atribui a medida a um problema na impressão dos quase 5 milhões de peças. O órgão é chefiado por Wilson Abadio de Oliveira, afilhado político do vice-presidente da República, o peemedebista Michel Temer.
“Está autorizada, em caráter excepcional, na AGF (agência franqueada) Santa Cruz, a postagem de 4.812.787 folders da candidata às eleições 2014 Dilma Vana Rousseff”, diz o documento “Correios Informa” do dia 3 de setembro. “Devido a erro de produção gráfica, não foi confeccionada a respectiva chancela”, acrescenta o comunicado. Documento dos próprios Correios determina, como “requisito mínimo”, que cada santinho enviado pela mala direta domiciliária deve ter a chancela, com a descrição do nome e do CNPJ do candidato. Também deve constar o ano das eleições e a origem da postagem, entre outras inscrições.
Os santinhos foram remetidos para a Grande São Paulo e cidades do interior até o dia 12 de setembro, com mensagens regionalizadas. “Ela já faz mais por Campinas”, dizem os folhetos distribuídos na cidade, apresentando uma sorridente Dilma, ao lado de Temer e Lula. O impresso destaca realizações em programas federais como o Mais Médicos e o Brasil Sorridente. “Mais cuidados, mais investimentos, mais futuro. Campinas pode sempre contar comigo”, diz Dilma na propaganda.
A presidente aparece em desvantagem nas pesquisas de intenção de voto em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, o que levou o PT a determinar um reforço da campanha no Estado.
Justiça Eleitoral
A distribuição dos panfletos regionalizados sem estampa oficial fez parte dos carteiros se rebelar, ameaçando não entregá-los. Além disso, motivou denúncia das entidades que os representam à Justiça Eleitoral, que cobrou explicações à estatal.
Carteiros informaram que, ao questionarem seus chefes sobre os panfletos de Dilma, enviados em caixas aos setores dos Correios, foram orientados pelos gestores dos centros de distribuição a entregá-los como estavam.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Sintect-ACS) em Campinas enviou carta ao diretor regional dos Correios no interior paulista, Divinomar Oliveira da Silva, filiado ao PT, cobrando esclarecimentos e providências urgentes quanto à distribuição.
“Ao contrário do que acontece com outros candidatos nas campanhas eleitorais, esse material da candidata Dilma está sendo distribuído aos carteiros sem qualquer chancela ou anotação que demonstre o pagamento por sua postagem, levando-nos a crer numa irregularidade eleitoral”, reclamaram os carteiros por escrito, ameaçando enviar representação ao Tribunal Superior Eleitoral.
“No mínimo, é estranho o que ocorreu, por se tratar de uma candidata e do volume de material enviado. Os carteiros estão acostumados a fazer a entrega de material com chancela. Como você vai ter controle de que estão entregando 4 milhões ou dez milhões. É como entregar uma carta sem o selo”, disse o coordenador-geral da entidade, Luís Aparecido de Moraes. A estatal disse que o pagamento foi à vista, com a emissão de recibos, e que a autorização “excepcional” está prevista em suas normas.
Os Correios são controlados pelo PT desde dezembro de 2010, com a nomeação por Dilma do sindicalista Wagner Pinheiro para a presidência da empresa. Ex-presidente da Petros, o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, Pinheiro é filiado ao PT do Rio De Janeiro. O partido assumiu o controle da empresa após a crise postal daquele ano, tirando a cadeira do PMDB. Com Pinheiro no comando, a empresa virou feudo do PT.
Resposta
Os Correios afirmam que o envio de material de campanha de Dilma Rousseff sem registros necessários ocorreu após pedido do PT para que o material de campanha não fosse perdido. “Excepcionalmente, quando, erroneamente, o material é impresso pela gráfica sem a chancela, para que a mala direta postal domiciliária não seja inutilizada, os Correios, após análise e pedido do cliente, autorizam em caráter extraordinário a postagem”, justificou em nota. O pagamento para o envio do material foi feito à vista e a empresa enviou as notas que comprovam.
Em comunicado enviado um dia após a publicação da matéria, a empresa afirmou que a entrega de material sem chancela está prevista no item 2.2.3, e seus subitens, do Manual de Comercialização e Atendimento, assim como no 3.1.1, alíneas “f” e “g” do Guia Comercial Eleições publicado pela empresa.
“A postagem de objetos nas condições citadas pela matéria ocorreu em várias situações no processo eleitoral de 2014, para candidatos de vários partidos, e, em todos os casos, os serviços foram prestados conforme previsto nas normas da empresa. Levantamento parcial demonstra que a entrega de material eleitoral nessas condições foi realizada para candidatos dos seguintes partidos: PSDB, PMDB, PT, PR, PROS, PTN, PP, PV, DEM, PT do B, PDT, PTN”, diz a nota dos Correios.
O controle das remessas é realizado na entrada, com “supervisão da quantidade e do valor pago”, informou a empresa. No transporte, afirma, são usadas malas e contêineres com identificação. Na entrega, haveria vistoria do recebimento da carga e de sua saída. “E as unidades de distribuição são informadas sobre a situação de exceção dos objetos.”
“Os Correios foram pagos pelo serviço de distribuição do material de campanha. Por tratar-se de serviço não continuado, não cabe a celebração de contrato, sendo realizados pagamentos a cada remessa”, informou, em nota, o comitê petista.
Belíssimo o trabalho de Denise Abreu, tendo a proatividade de coletar a evidência de uma fraude inaceitável. E mais importante ainda é o diálogo da candidata com o carteiro, mostrando que muitos deles são vítimas do aparelhamento, obrigados a se rebaixarem fazendo algo que não é de sua atribuição. Uma dica aos carteiros que não estão fechados com o partido: rebelem-se.
DO CETICISMOPOLITICO
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